Tensão total
O Figueirense fez 1 x 0 com um golaço de Pablo e parecia que iria tomar conta do jogo, mas o nervosismo da equipe ficou nítido durante os 90 minutos. O time sabe que vacilou em momentos importantes do torneio e temia mais um vacilo na noite de ontem, contra o ASA. O primeiro tempo não foi fácil, o segundo também não. O alívio veio aos 38 do segundo tempo, com o gol de Éverton Santos. O time não jogou bem, mas essa não é a exigência do momento. Agora é vencer, era vencer. E o que fica é uma enorme pressão para os adversários diretos. O Figueira fez a parte dele. A tensão agora estará em Juazeiro do Norte, em Campo Grande e em Varginha, nos jogos do Icasa, do Ceará e do Sport.
O dia D
Hoje pode ser o Dia D para o Criciúma. Vencendo o difícil jogo contra o Vitória, o Tigre praticamente carimba a permanência na Série A para o ano que vem. Mas é preciso estar atento ao adversário, que faz uma campanha espetacular e cresceu muito sob o comando de Ney Franco. A entrada de Elton no meio no lugar de João Vitor não preocupa, mas a ausência de Ricardinho, sim. É dia para jogar uma final de campeonato, encher o estádio e atuar no ritmo da torcida. Se ganhar, o Criciúma soma a quarta vitória seguida e consolida a arrancada final, saindo de 33 pontos e Z-4 para 45 pontos e posição intermediária. Portanto, como na invasão da Normandia, que foi o início do fim na 2ª Guerra Mundial, o Criciúma tem pela frente o mais longo dos jogos, a mais longa das batalhas, que pode ser também o início de uma conquista fundamental.
Indefinições
Pela primeira vez desde que chegou ao Criciúma, Argel tem dúvidas de verdade. Com jogadores no limite e ausências no time, o técnico do Criciúma ainda vai aguardar até a última hora para escalar o Tigre. Neste momento, não é fácil mesmo montar o quebra-cabeças. Não é coisa de Argel, que costuma dizer que “não tem coletivo à noite na concentração” e que “o time que treina é o time que joga”. É sinal de que a coisa está feia mesmo na remontagem.
Melancolia
O Avaí faz hoje um jogo que ninguém quer jogar, ninguém quer fazer, ninguém quer assistir. Derrotado e eliminado, o time pega o ABC desfigurado. Foi para Natal um time remendado, que não tem muito a ver com o que vinha atuando. É um fim melancólico para quem esteve próximo do acesso. Em termos de grupo de atletas, muita coisa tem que ser repensada. Creio que muitos terminaram seu ciclo no Avaí. É hora de pensar em remontar para o ano que vem. Só mais uma coisa: não é o jogo contra o ABC que vai servir de referência para quem quer ficar.