Parte da história de Tavares, cidade litorânea a 230km de Porto Alegre, vem sendo consumida pelo mar e pelas dunas. Lentamente, quatro vilarejos abandonados entre os anos de 1990 e 2000, estão sumindo do mapa. Precárias condições de acesso, o avanço das dunas e do mar e a criação do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em 1986, levaram as comunidades para outras regiões.
Na Vila Barra da Lagoa, morada de mais de 200 famílias na década de 1970, restam apenas os escombros da escola municipal. Em Balneário Paiva, o menor deles, nada restou das 24 casas contabilizadas em 1993 num levantamento do Ibama, em parceria com a Furg.
A 2km dali, no Balneário de Lagamarzinho, onde havia pelo menos 250 casas, duas ruas foram engolidas pelo avanço do mar. Na debandada mais recente, sobrou até para o Balneário de Talha-Mar, que abrigou 180 famílias. Com o auxílio de ex-moradores e frequentadores destas comunidades, o Diário Gaúcho percorreu as “vilas fantasmas” de Tavares.
A cidade, que tem uma das principais reservas biológicas do Brasil, estará no Globo Repórter, da Rede Globo, na próxima sexta-feira. O programa apresentará duas unidades de conservação do Rio Grande do Sul. Entre elas, a Lagoa do Peixe.
Fotos de Mateus Bruxel.
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