
Algumas coisas estão marcadas no DNA das equipes, como as ordens de equipe na Ferrari ou a não definição do primeiro piloto na McLaren ou o interesse pela desportividade na Red Bull. Uma das marcas da Williams é a prioridade dos resultados da equipe. Frank Williams dá mais importância ao título de construtores do que o de pilotos. Historicamente, a Williams não mantém muitos vínculos com seus pilotos, mesmo os campeões. Dos 7 títulos de pilotos ganho pela equipe inglesa, apenas três vezes o carro apareceu no ano seguinte com o número 1. Com exceção de Nelson Piquet, em 1987, que em meio à temporada anunciou sua saída, levando o número 1 para a Lotus em 1988, Frank Williams não ficou nem um pouco constrangido de mandar embora os campeões Nigel Mansell, em 1992, Alain Prost, em 1993, e Damon Hill, em 1996. No caso do Prost, existia uma cláusula que impedia a contratação de Ayrton Senna pela equipe. Como Frank contratou o brasileiro no meio do ano de 1993, o francês não teve escolha, anunciou sua aposentadoria. Correram com o número 1 no ano seguinte da conquista do título Alan Jones, em 1981, Keke Rosberg, em 1983, e Jacques Villeneuve, em 1998.
Por essa característica da Williams, a equipe não tá nem aí para criticar seus pilotos publicamente. Agora, caiu de pau em cima do Pastor Maldonado pela punição, “boba”, segundo a equipe, sofrida pelo venezuelano no terceiro treino livre em Mônaco. Isso que o Pastor vinha de uma vitória. Sobrou para o Bruno Senna também. O time do Frank colocará o sobrinho do tricampeão em simuladores para ele se adaptar aos pneus e conseguir uma melhor posição nos grids de largada. Ou seja, abram o olho Pastor e Bruno! Vocês não são nem sombra de Mansell, Prost e Hill.
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