
O ano foi mágico para Lewis Hamilton. Com as 11 vitórias, o inglês superou Fernando Alonso e Nigel Mansell. Consolidou-se como o britânico com mais triunfos na história da Fórmula-1. E sacramentou a temporada de gala com o bicampeonato, igualando o compatriota mais campeão: Graham Hill (1962-1968).
Sonho de todo piloto, estampar o número 1 na lataria do carro em 2015 não é a pretensão de Hamilton. O inglês disse querer seguir com o 44, que considera o seu número de sorte por usá-lo desde os tempos de kart. A convicção é tanta que ele tatuou o 44 atrás da orelha direita. Pelo novo regulamento da F-1, o campeão não é obrigado a usar o 1, mas Sebastian Vettel, por exemplo, não abriu mão apesar de ter pré-escolhido o 5.
— O 44 sempre foi o meu número, foi que ele que venci minha primeira corrida e quero ver se a equipe deixa eu ficar com ele no carro no ano que vem — declarou Hamilton.

Sobre a conquista, o inglês disse que largou como um “foguete”, o que considerou decisivo para vencer. Lewis também elogiou o rival Nico Rosberg, a quem classificou de “fenomenal”. E agradeceu a cordialidade do alemão, que o cumprimentou antes do pódio, dizendo “tirar o chapéu” para o companheiro.
Depois de celebrar o título com zerinhos na pista, Hamilton recebeu os parabéns pelo rádio do príncipe Harry, que estava no circuito. Ao descer do carro e tremular a bandeira da Grã-Bretanha em pé, sobre o carro, o inglês correu para os braços da equipe e ganhou beijo da namorada, Nicole:
— Esse é o maior dia da minha vida. É a melhor sensação da história.
Rosberg promete aprender a lição

Um guerreiro gentleman. Assim é possível definir a postura de Nico Rosberg em Abu Dhabi. Mesmo com problemas mecânicos, o alemão lutou até o fim e não quis abandonar a prova. Antes do pódio, ainda fez questão de cumprimentar Lewis Hamilton pelo título. E destacou que fará o máxi vai melhorar mais nas corridas, em que teve desempenho inferior se comparado aos treinos.
— Havia a chance hoje, era uma ocasião especial, mas não deu certo. Mas, no final, minha corrida não fez a diferença. Lewis venceu. Não vou ficar lamentando meu problema. Ele mereceu vencer hoje e mereceu o campeonato.
Massa sonha com vitória em 2015

Com um baita desempenho em Abu Dhabi, quando encostou em Hamilton e lutou pela vitória até a bandeirada, Felipe Massa fechou a temporada em alta. Lamentou não ter conseguido vencer, mas destacou a evolução da Williams. Para 2015, a meta é voltar a vencer:
— Foi um grande trabalho do time. Estou orgulhoso de ser parte desse time. É só o começo, podemos fazer muito muito mais que isso.
Bottas voando, Hamilton “lento”
As Williams foram os carros mais velozes do GP de Abu Dhabi. Valtteri Bottas foi quem atingiu a maior velocidade na corrida deste domingo, com 337,7 km/h, seguido de Felipe Massa (334,9 km/h). Curiosamente, o vencedor da prova, Lewis Hamilton, foi o segundo piloto mais lento, com 315,6 km/h, à frente apenas de Kimi Raikkonen (311,2 km/h).
Alonso quer ser Massa

Quem diria que, um ano depois de Felipe Massa sair da Ferrari, Fernando Alonso repetiria o ex-companheiro? Mas o espanhol foi além. Depois de se despedir do time italiano com um frustrante nono lugar rumo a McLaren — o próprio Rei Juan Carlos confirmou isso hoje, em Abu Dhabi—, Alonso afirmou que se espelha no brasileiro para voltar a brigar por vitórias na F-1:
— Acho que foi o mesmo para Felipe no ano passado, depois de muito tempo com a Ferrari. E agora está no segundo lugar do pódio. Então é isso que eu quero.
Button vai ou racha?
Terminado o GP de Abu Dhabi, Jenson Button deu zerinhos na pista, em tom de despedida. Mas perguntado se estava realmente se aposentando, o inglês não só negou como disse estar em condições de disputar vitórias. O quinto lugar na corrida final foi uma prova de que velocidade não falta:
— Uma corrida não deve definir a minha carreira ou mostrar se eu tenho futuro na F-1. Não estou tratando essa como a última corrida. Sempre vivo o momento, mas, para as pessoas ao meu redor, tem mais tempo para eles pensarem. Eu ainda não acabei!
Recordes sem fim

A Mercedes, que não era campeã desde Juan Manuel Fangio, na década de 1950, não só voltou a erguer taça como a quebrar recordes. Só neste ano, isolou-se como time com mais vitórias em uma temporada (16), mais dobradinhas (11) e mais pontos (701). Também alcançou a marca de mais poles em um campeonato: 18, empatando com a marca conquistada pela Red Bull em 2011.
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