Por Marcela Panke
Uma nova pesquisa realizada em parceria entre Brasil, Estados Unidos e Israel revelou que os efeitos do zika vírus em bebês vão além da microcefalia.
Foram analisados 45 cérebros de bebês brasileiros que foram infectados pelo vírus. Todos foram tratados no Instituto de Pesquisa de Campina Grande, na Paraíba, um dos estados com o maior número de casos de microcefalia.
A pesquisa aponta para danos ainda mais graves do que a malformação, já que o zika vírus é capaz de destruir áreas importantes do cérebro. A pesquisa comprovou que o vírus causa alterações no corpo caloso, responsável pela comunicação entre os lados esquerdo e direito do cérebro; no cerebelo, que estabelece o equilíbrio e tem influência na atividade motora; nos gânglios da base, também ligados ao controle motor, além do córtex cerebral, onde ficam as áreas que comandam a audição e a visão.
O estudo foi feita pelo Instituto D’or de Pesquisa e Ensino e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com participação da Universidade Federal de São Paulo, em parceria com a universidade de Tel-Aviv, em Israel, e com o Children´s Hospital de Boston, nos Estados Unidos.
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