Fábrica de papel é demolida antes de se tornar patrimônio histórico em Itajaí
17 de agosto de 2014 9A antiga fábrica de papel de Itajaí, na Barra do Rio, começou a ser demolida no fim de semana. A destruição da estrutura começou pela parte de trás. Os proprietários foram autuados, no sábado, porque não tinham autorização da prefeitura para o trabalho. Mas como o edifício não é tombado como patrimônio histórico da cidade, não há outros impedimentos para a derrubada.
Dez dias antes o blog havia informado que a preservação da estrutura seria discutida no fim do mês pelo Conselho de Patrimônio Histórico da cidade. O edifício, de 1913, tinha pelo menos dois pedidos para que se tornasse patrimônio de Itajaí: um da vereadora Anna Carolina Martins e outro do secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Luiz Carlos Pissetti.
A edificação tinha traços característicos de construções industriais antigas e uma marcante chaminé, parte da paisagem da Barra do Rio. No início do ano, logo após a empresa ter interrompido as atividades, houve uma tentativa da prefeitura de comprar o imóvel para colocar em prática o projeto de um centro cultural no local, mas o alto preço do imóvel inviabilizou a proposta. A estimativa é que o custo da fábrica estivesse em torno de R$ 30 milhões.
Políticas de proteção
Não é a primeira vez que um edifício de importância histórica vai ao chão em Itajaí. O caso mais grave ocorreu em 2012, quando a Casa Mello, tombada como patrimônio da cidade, teve o destombamento e a demolição autorizados pela Justiça porque havia risco de desabamento.
A longo dos anos a cidade perdeu uma série de construções antigas particulares na região central. Hoje os casarões antigos tombados têm reformas e restauros sob responsabilidade exclusiva dos proprietários e muitos deles reclamam do custo de manutenção desses imóveis.
A prefeitura aprovou há dois anos a criação do Fundo de Patrimônio, que deveria auxiliar nos projetos de restauração. Mas até hoje não há recursos previstos para tal.
O blog adiantou no início do mês que há estudos para viabilizar transferência de potencial construtivo em benefício do patrimônio histórico. Na prática, significa que o dinheiro pago por um construtor para aumentar o número de andares de seu projeto, por exemplo, fosse revertido para o Fundo de Patrimônio.
Depois que os empresários sucumbem à exploração de uma carga tributária cruel e de juros exorbitantes, ainda tem gente que vem lhes dizer o que podem ou não podem fazer do pouco que lhes restou.
O que nos difere de Cuba é que por lá o regime é bem mais autêntico e muito menos hipócrita !!!
Lamento que não tenham encontrado um caminho para preservar a centenário construção da Fábrica de Papel. Ali há mais de 80 anos meus pais CHRISTINA REBELLO PRIESS e CARLOS OTTO PRIESS, se conheceram, quando operários. Namoraram e casaram. Sou o filho mais velho, hoje com 80 anos. Somos 9 filhos. Pena que edificações como essa não sejam preservadas. Um pedaço da história demolido. Estou triste. CARLOS FERNANDO PRIESS – carlos@priess.com.br
[…] A demolição repentina da centenária fábrica de papel da Barra do Rio, em Itajaí, deverá ter novas implicações esta semana. O prédio havia sido declarado “bem notável” pelo município. Por isto, além da Secretaria de Urbanismo, os proprietários precisavam também da autorização do Conselho de Patrimônio da cidade antes da derrubada. […]
Curto, grosso e ignorante. Lhe faltam adjetivos.
Para cada empresário que sucumbe, dez prosperam. Não é muito difícil ser empresário no Brasil, mas exige competência e inteligência, coisa que obviamente lhe falta, assim como a muitos outros. Não da mais pra ganhar no grito, e tem gente que se desespera porque só sabe assim. Boa sorte com a sua própria realidade, mas gente como você não faz falta nenhuma no mundo moderno.
PARA MEIA MEIA DÚZIA DE DEFENSORES DO REFERIDO PRÉDIO, DIGO: TÁ NA HORA É DE DAR CONTA DOS BENS JÁ TOMBADOS NA CIDADE E NÃO FICAR CRIANDO OUTROS E AMPLIANDO DORES DE CABEÇA… TÁ NA DE SE PENSAR CULTURA EM PRÉDIOS NOVOS E NÃO FICAR RESSEMANTIZANDO O USO DO PASSADO EM NOME DA CULTURA. TALVEZ O ÚNICO PRÉDIO QUE CHAMA A ATENÇÃO PARA UM TOMBAMENTO É AQUELE QUE ABRIGAVA O “CAFÉ DEMOCRÁTICO”, SITUADO AO LADO DA IGREJINHA IMACULADA . BASTA UM BREVE OLHAR NO ARQUIVO PÚBLICO E VERÃO QUE BOA PARTE DA HISTÓRIA DE ITAJAÍ SE CONCENTROU ALI.
Opiniões divididas a esta altura, não reverterá esta lamentável situação… isso é mais do que cultura, é história… é mais do que história… é respeito com as nossas raízes… pode significar pouco para quem olha apenas o presente, mas significa muito para quem olha para o futuro… ter respeito por nossas raízes, colaboram para um futuro melhor. Como disse antes de iniciarem a demolição do prédio, isso só seria resolvido com “boa vontade”, o que parece que faltou na solução deste dilema. Agora só nos resta lamentar e “torcer” para que pessoas sérias consigam aprovar leis e políticas eficazes a fim de protegermos outros patrimônios “ainda” de pé na cidade… sem se esquecer da contra partida para que o proprietário do imóvel consiga manter o edifício tombado… porque, apenas declarar que este ou aquele edifício passou para a lista de patrimônio histórico, não adianta… vimos outros prédios denominados “patrimônio histórico” na cidade sucumbir pela ação do tempo por falta de recursos de restauro e manutenção do edifício!
[…] anos o patrimônio da Companhia Fábrica de Papel Itajaí, demolido no fim de semana sem autorização da prefeitura, foi dividido e vendido em leilões judiciais. As multas expedidas […]
[…] Fábrica de papel é demolida antes de se tornar patrimônio histórico de Itajaí […]
Darken significa que torna escuro, que escurece, que vive na escuridão …..