Desde 2013, ano em que incorporei o item “palestras” à relação de atividades que realizo com frequência, eu venho pensando na importância que muita gente atribui à sua própria percepção de espontaneidade.
O que é ensaiado, segundo o olhar aparentemente prevalente, perde autenticidade e ganha contornos de fraude. Improvisar, ao contrário, é revestir a mensagem com um verniz de irreverência que lhe confere originalidade, sinceridade e, portanto, poder de persuasão.
Nada mais distante da realidade.
Salvo os gênios virtuosos, e eventualmente até para esses, tornar-se um expert em qualquer ofício é um processo que exige desempenhá-lo exaustivamente. A título de curiosidade, compartilho uma aparente contradição: quando o assunto é falar em público, não tenho nenhuma dúvida de que, quanto mais ensaiamos, mais somos percebidos como espontâneos.
Da próxima vez que você assistir a uma fala que lhe transmite espontaneidade, pense que é muito provável ela tenha sido ensaiada dezenas ou centenas de vezes.
O improvisado é o maior inimigo do memorável.
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