Everton Siemann, Jornal de Santa Catarina
Os caminhos dos clubes no Catarinense de 2013 será diferente. A rodovia Antônio Heil, uma das mais importantes do Vale do Itajaí, por exemplo, ficará de fora do mapa da bola no ano que vem. A SC-486, que liga Brusque a Itajaí, foi riscada do roteiro dos times da elite na quarta-feira à noite, com a confirmação da queda de Marcílio Dias e Brusque para a Divisão Especial, a Segundona catarinense.
Tradicionais, donos de um título estadual cada (Marcílio em 1963, Brusque em 1992), os clubes fizeram campanhas medíocres (veja os números nas tabelas) e, a três rodadas do fim do Estadual, nada mais pode ser feito. Restou aos dirigentes dos dois clubes avaliar o que deu errado.
No Brusque, a queda foi encarada com naturalidade. O presidente Mauricy Pereira de Souza lembrou que, até o início da gestão dele, o clube caminhava para uma licença dos jogos oficiais.
– Com pouco recurso e com dívidas para pagar, montamos um time com o que tínhamos. Infelizmente, não deu – resignou-se.
Souza credita a queda a um conjunto de fatores que deram errado, principalmente a falta de dinheiro, impossibilitando a montagem de uma equipe mais competitiva. Nada, porém, que faça a direção jogar a toalha:
– Não é o fim do Brusque. Vamos nos levantar e em 2014 estaremos de volta à elite, melhor estruturados.
A incerteza ronda o futuro do clube. Com vaga garantida na Série D do Brasileiro, no segundo semestre, o presidente não soube afirmar se o clube disputará a competição nacional.
– Se em abril conseguirmos recursos, vamos jogar. E acredito que vamos conseguir – finalizou.
Parceria fez Marinheiro naufragar
No Marinheiro, a direção achou um culpado: Jamelli. Ou melhor, a desastrosa parceria com o ex-jogador ainda na preparação para o Estadual.
– Apostamos tudo na parceria (com Jamelli), na comissão técnica e em jogadores indicados por ele, e não deu certo. Quando tentamos remendar, o barco já estava afundando – afirmou Nildo Cassaniga, vice-presidente e diretor de Futebol do Marcílio.
O dirigente lamentou a péssima campanha, que, segundo ele, foi na contramão do trabalho extracampo conduzido pela direção. Com a queda, a intenção é retomar o investimento nas categorias de base e apostar nos talentos revelados pelo clube.
– Agora, temos que recomeçar tudo e passar mais uma vez pela Segunda – completou, lembrando que o Marcílio disputou a Especial em 2010.
OS NÚMEROS |
Raio-X das péssimas campanhas da dupla do Vale Brusque |
15 jogos |
5 pontos |
1 vitória |
2 empates |
12 derrotas |
Está há 14 jogos sem vencer |
9 gols marcados (pior ataque) |
30 gols sofridos |
Marcílio Dias |
15 jogos |
6 pontos |
1 vitória |
3 empates |
11 derrotas |
Ficou oito jogos sem vencer |
11 gols marcados |
45 gols sofridos (pior defesa) |
Por clicRBS Itajaí