Candidata a deputada estadual em 2010 e presidente do PSD Mulher, Rose Bartucheski admite que há dificuldades em encontrar mulheres que tenham interesse em participar da vida pública.
— As mulheres não estão mais aceitando preencher cotas, elas querem seu espaço com dignidade.
No PSD, de acordo com o presidente estadual da sigla, deputado Gelson Merisio, há também o agravante de o partido ser recém-criado e ainda ter poucos filiados.
— A participação da mulher na política ainda é um fato que é novo, de 10, 15 anos. Houve um aumento, mas ainda é bem aquém do que deveria ser — avalia Merisio.
Para a deputada estadual Ada de Luca, terceira vice-presidente do PMDB, todos os partidos terão dificuldades nesta eleição porque dentro das próprias siglas as mulheres ainda precisam “travar lutas” para conseguir espaço. Ada acredita que a cota foi uma vitória feminina.
Assim como ela, a pré-candidata a prefeita da Capital e presidente do PC do B, deputada Angela Albino, acredita que as cotas podem ajudar a aumentar a participação feminina na política, mas diz que essa precisa ser uma medida transitória. Angela afirma que vai conseguir cumprir a lei e que tem a preocupação de não usar “laranjas”.
Mas a eficiência da medida de cotas é questionada inclusive por mulheres. A presidente nacional do PP-Mulher, Beth Tiscoski, diz que é contra e acredita que é preciso motivar as mulheres nos partidos. Ela disse que a sigla incentiva a participação feminina, mas que tem dificuldades em encontrar mulheres que queiram ser candidatas.
A prefeita de Camboriú e secretária-geral do PSDB, Luzia Coppi, também concorda que os partidos devem aumentar a adesão das mulheres não apenas em ano eleitoral.
— Tem que ser feita política partidária para chamar as mulheres, fomentar mais a participação das mulheres nos diretórios, chamá-las para as decisões e não lembrar só na época de campanha — afirma.
A ministra Ideli Salvatti (PT) defende as cotas, mas acredita que a medida não é suficiente para garantir a participação. Mesmo reconhecendo que diversos partidos têm candidatas apenas para preencher a exigência legal, ela diz que já conheceu mulheres que aproveitaram a brecha e foram eleitas.
— Muitas vezes isso pode acontecer e acontece (laranjas). Mas ao fazer isso, muitos permitiram que mulheres que sequer tinham possibilidade de participar da política pudessem surpreender.
DIÁRIO CATARINENSE
Por clicRBS Itajaí
Discordo que falta espaço para elas. Falta é vontade de participar da politica, como ocorre com a maioria dos brasileiros que cruzam os braços ao inves de participar quando o assunto é politica. Temos um partido em Bal.Camboriu e temos muitas dificuldades em trazer mulheres para o meio politico e isso não é devido a falta de espaço!!