
Tenho até banco "personalizado" no Pântano do Sul. Foto: Duda Hamilton

É tão grande o meu amor por Florianópolis que quando nem falava direito ainda, vivia repetindo ”eu amo ‘Forianóporis’”!

Foto: Juliana Wosgraus
Nascida em Videira, lembro da capital desde a primeira infância. Primeiro as estadias no Hotel Querência, onde no restaurante, na cobertura do edifício de elevador dourado por dentro, meus pais jantavam com um de seus grandes amigos aqui, Zury Machado, já colunista consagrado na época. Salim Miguel, Raul Caldas, o saudoso Paulo Dutra estavam entre a gama de amigos que lembro daquela época. E ali mesmo, no piano bar do hotel, local onde eu me refugiava pra aguardar os intermináveis jantares para ouvir música, descobri anos mais tarde fazendo aula de teclado com Denise de Castro, era seu pai o pianista que encantava a minha infância no Querência.
E o restaurante e piano bar davam de frente para o Mercado Público, com as águas da baía Sul batendo na calçada. Bem ali onde hoje está a Avenida Gustavo Richard. Mais adiante, a direita, havia os estaleiros da empresa Hoepcke e Consal, esse de outro amigo de meu pai, Wilson Medeiros. E tanta coisa bonita que nem dá pra descrever. A segunda parte da minha infância, também mostrando a gritante diferença da Floripa de ontem – não tão longe – e hoje; nossa casa de praia era em Itaguaçu, de águas cristalinas.
Na mesma rua em que morava a família do músico da terra, Luiz Henique Rosa, na época morando nos Estados Unidos. E eu já me preparava pra estudar no Colégio Coração de Jesus. Ali no primeiro-grau fiz amizades que duram até hoje, caso da Joyce Mussi, Carminha Damiani e Gilsa Moreira. E a casa na Paia de Itageuaçú era tudo de bom. Ali pertinho, a sede de praia do Clube Doze, onde aprendi a nadar.
E hoje vivo em outro paraíso ainda sobrevivente esta Ilha nativa que eu amo tanto, o Canto da Lagoa, na Lagoa da Conceição! Já em contagem regressiva para este 23 de março, parabéns Florianópolis, saboreio cada dia que vivi, vivo e viverei nesta cidade. Por isso mesmo, de olho em quem faz bobagem nela e com ela.

A Floripa nativa é nosso maior tesouro! Foto: Juliana Wosgraus