Juliana Wosgraus (Encerrado)

A catarinense, de Floripa, Heloísa Becker Genish, em uma das praças paulistanas que vai revitalizar – Foto: Eduardo Knapp, imagem gentilmente cedida pela Folhapress, coluna Mônica Bergamo

Uma catarinense ocupou quase meia página na coluna da Mônica Bergamo, na edição de hoje no jornal a Folha de São Paulo. Helô Genish, das famílias nativas Furtado e Becker, casada com o fundador da GVT, Amos Genish. Mãe de Olívia, já com nove meses, Helô abriu mão da licença maternidade e já está trabalhando na empresa da qual o marido é o CEO. A empresa recém criou o Instituto Cultural GVT e sua primeira presidente é a catarinense. O primeiro projeto é revitalizar praças de São Paulo. O Instituto também terá foco na música como transformação social.

Mãe da Helô, Juracy Furtado, comemora aqui de Floripa, orgulhosa pelo novo desafio profissional da filha que é advogada e também chef de cuisine formada na consagrada escola francesa Le Cordon Bleu. Talentos não lhe faltam, disposição idem.

Helô e Amos Genish em seu noivado em Floripa, onde casaram há dois anos – Foto: Leonardo Corrêa

A catarinense, de Floripa, Heloísa Becker Genish, em uma das praças paulistanas que vai revitalizar – Foto: Eduardo Knap, imagem gentilmente cedida pela Folhapress, coluna Mônica Bergamo

A portuguesa Marta Mestre com as locais Kamilla Nunes e Beatriz Lemos, as organizadoras do projeto Ações Curatoriais – Foto: Divulgação

O  trio de curadoras  Kamilla Nunes, Marta Mestre e Beatriz Lemos começou em Floripa um projeto que abre espaço para a troca de experiências e práticas em curadoria no Brasil, com participação de profissionais vindos da Argentina e Portugal. Chamado de Ações Curatoriais, o encontro segue até o dia 30 de abril. Esta etapa de residência envolve um grupo de 10 curadores e na quinta-feira, a partir das 10h, eles estarão no auditório da UDESC para falar sobre seus trabalhos, e de novo às 14h, ali mesmo.

Paulo Goulart e Nicette Bruno no Bistrô do Jardim em Floripa  – Foto: Ricardo Almeida

Lamentando a perda desse grande talento das artes cênicas e cultura brasileira, também um grande homem, Paulo Goulart, nesta quinta-feira, fica aqui no blog o registro da sua mais recente passagem por Floripa. Sempre acompanhado da mulher há 60 anos e parceira de palcos e novelas na TV, Nicette Bruno, encantou plateias e colheu fãs nas últimas décadas. Há pouco mais de um ano  os dois estiveram por aqui com a  peça “Crimes delicados” e foram jantar no Bistrô do Jardim, dos sócios Ricardo Almeida, Jorge Dal Toé, Silvia De Luca e Cris Lopes. O casal fez questão de fotografar com a tela do artista paranaense  já falecido, Fressato, no cenário. O artista fez estudos em cima da obra original de Juarez Machado que havia naquele espaço.

A atriz Roberta Rodrigues virá para o Fórum – Foto: Luiza Dantas

Uma série de intenções marca o 1º Fórum Catarinense de Cultura e Cidadania, que será realizado em abril, entre os dias 8 e 12, em Florianópolis. O evento pretende reunir empresários, grupos artísticos, agentes culturais e população em geral para debater propostas e estratégias coletivas para o desenvolvimento de uma sociedade com mais acesso à cultura, formação e cidadania. Entre os palestrantes convidados, atores nacionais, especialistas em leis de incentivo, além do fenômeno MV Bill, que faz a sua parte nessa área há anos. As inscrições estão abertas no Facebook, na página do Fórum de Cultura e Cidadania.

MV Bill, que rendeu uma das melhores entrevistas que fiz em duas décadas, também está nessa – Foto: Divulgação

João da Cruz e Sousa

Antes que acabe o Dia da Consciência Negra quero fazer minha homenagem à data, mas não falando em Zumbi dos Palmares, que deu origem à comemoração e sim através de um poeta catarinense negro, um dos maiores que o país já teve, Cruz e Sousa. E o poema é emblemático, com história idem.

O Assinalado

Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.

Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu’alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.

Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco…

Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!

Este poema o catarinense nascido na então Desterro, hoje Florianópolis, em 1861, escreveu quando trabalhava como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde passou boa parte da sua breve vida, morreu com 36 anos. Pois um chefe dele viu o poema manuscrito numa folha e fez denúncia ao superior dizendo que o funcionário João da Cruz e Sousa havia sido relapso em serviço além de cometer tal delito, o poema. E termina o ofício pedindo providências.

O que veio depois foi o que marcou toda a vida do poeta, sofrimento e privações. E não adianta tapar o Sol com a peneira, o contemporâneo Machado de Assis não gostava dele e se esforçava por formar uma imagem negativa do catarinense que só ficou imortalizado como o maior poeta simbolista do Brasil, reconhecido internacionalmente, depois de morto. Não entrou para a Academia Brasileira de Letras, mas virou imortal pela força da sua obra, e não há como negar isso. Hoje todo catarinense pode se orgulhar em ser conterrâneo de tamanho talento.

Luiz Moukarzel, Andrea Padilha e o ator e diretor de teatro, o inglês John Mowat – Foto: Divulgação

Ator e diretor inglês John Mowat, da Companhia do Chapitô, de Portugal, está em Florianópolis para ministrar workshop a convite da secretaria municipal de Cultura e fica na cidade por duas semanas fazendo mais trabalhos na área teatral. No sábado ele foi conhecer o Centro Histórico da cidade e adorou a Rua Victor Meirelles, que agora abriga o Corredor das Artes, com  programação semanal. Junto estava o norte-americano Joseph Kosuth, considerado o pai da arte conceitual.

Páginas do livro Caderno de Roupas, Memórias e Croquis, do estilista mineiro Ronaldo Fraga, que indiscutivelmente produz moda e arte das boas – Foto: Reprodução

Vestido de Dener, da década de 1960

O Ministério da Cultura autorizou projetos do segmento de moda a buscarem patrocínio via renúncia fiscal, informa a Rede Marketing Cultural. Nessa discussão, o Ministério estabeleceu quatro eixos para que as propostas pudessem se enquadrar na Lei Rouanet. São eles: A Internacionalização da moda; a criação com simbologia brasileira; a formação de novos agentes do segmento moda (estilistas, por exemplo); e a preservação de acervos – como, por exemplo, as obras de Zuzu Angel e Dener.

“Os desfiles são memórias de um tempo no país e nós vemos como arte também. É o ‘soft power’ do Brasil, uma exposição além do futebol e carnaval, algo que mostra nosso talento na área de criação. São milhares de fotógrafos e cinegrafistas que registram esses eventos. Isso é mídia espontânea do Brasil, num conceito positivo. Entendemos que os desfiles são exposições de Arte do Brasil. Uma coleção de uma indústria não teria esse apoio. Não apoiamos a marca, apoiamos o conceito”, explicou a ministra Marta Suplicy. A decisão foi publicada no dia 22 de agosto no Diário Oficial da União.

Vestidos de Zuzu Angel nos anos 1970 – Fotos: Reproduções

A soprano Massami Ganev em ação – Foto: Renato Gama

Pra comemorar seus 16 anos no mercado, a rede Hippo se inspirou na ação surpresa que começou nos EUA e Europa, e chegou ao Brasil há pouco. A soprano Massami Ganev e o tenor Ricardo Castro têm cantado, à capela, dois clássicos da ópera italiana dentro das lojas da rede. O detalhe que emociona mais ainda é que os cantores simulam trabalhar como repositores e, de repente, começam a cantar Soave Fanciulla e Brindisi, dos espetáculos La Bohème, de Puccini, e La Traviata, de Verdi, respectivamente. Nesta quinta-feira o duo volta à cena.

E agora? O criticado, com razão, presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) deixou o cargo. Por enquanto o secretário Beto Martins, da SOL – que junta cultura, esporte e turismo, vai acumular mais esta função. Mas é óbvio que em breve será nomeada nova pessoa para administrar a fundação e o vital CIC, Centro Integrado de Cultura, administrado por ela. E aí que não pode haver precipitações ou agrados políticos. Nem tudo está salvo no cenário cultural da capital e por consequência do Estado.

Vale ressaltar que o atual diretor  tanto do TAC, quanto do teatro CIC, o técnico Osni Cristovão, funcionário de carreira da Fundação Catarinense de Cultura, é a pessoa indicada para estar na função que já ocupa.

O Corpo de Bombeiros não deu o alvará nesta quarta-feira, para o funcionamento do Teatro do CIC assim como de todo o complexo do Centro Integrado de Cultura, que reúne o Masc (Museu de Arte de Santa Catarina), cinema, entre outros espaços culturais, como o departamento de restauração de obras de arte. Várias irregularidades consideradas graves ainda são apontadas.

O sistema de alarme foi instalado, mas não funciona corretamente e na ala Norte da edificação, onde trabalham 25 pessoas, o sistema é inoperante. Nesta mesma ala ainda não existe sistema de para-raios. Ainda falta também o laudo de acesso do piso antiderrapante e as luzes de emergência continuam na lista das pendências. E enquanto elas não forem solucionadas os Bombeiros não darão alvará. O laudo do Corpo de Bombeiros reitera que isso tudo já foi solicitado à Fundação Catarinense de Cultura, à qual pertence o CIC, em fevereiro deste ano.