“Para ter lábios atraentes, diga palavras doces. Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas. Para ter o corpo esguio, divida sua comida com os famintos. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez ao dia. Para ter boa postura caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha.”
“Os efeitos técnicos de todas essas novas tecnologias ainda são recentes para se discutir de forma geral o impacto na literatura”
“Duvido muito que um sujeito leia um livro cheio de hiperlinks. Não acredito na praticidade dessa mecânica do computador. Ainda que eu tenha começado a usar o computador nos seus primórdios”
“O computador afetou, com certeza, o estilo de quem se mudou para ele. Ainda prefiro ter 30 livros abertos à minha vontade para uma pesquisa do que ter todos esses mesmos livros num só eBook para consulta. Não é nada prático”.
‘‘Desde pequeno, adoro ler dicionário. Eu não existo sem o Houaiss, o Aurélio e o Sacconi, todos instalados no computador’’.
LITERATURA E CONFISSÕES:
“Fui criado numa casa cheia de livros e com um pai bastante rigoroso. A arte é uma forma de conhecimento, tem que se buscar isso”.
“Não estou preocupado em conhecer os novos autores, esses que vão surgindo agora. Já li muito no passado, está bom”.
“Recebo praticamente um convite por dia para participar de festas literárias. A última que recebi foi de uma cidadezinha perto da minha terra, Itaparica, no interior da Bahia. Não tenho nada contra essas festas, tenho contra minha participação nelas (risos)”.
VIDA, MORTE E FÉ:
“Quem não morre fica velho. Antes dos 40, a morte é uma coisa que só acontece com os outros. Depois você começa a ver mortes de contemporâneos. Quando chega aos 70, você nem brinca muito com esse assunto porque dá depressão”.
“Duas coisas devem ser terríveis… Primeiro é o sujeito sentir a proximidade da morte, seja por falta de ar ou por um mal-estar qualquer. Outra é receber a notícia de que está condenado. Falar em morte com coroa é como falar de corda em casa de enforcado”.
“Sigo mais ou menos os rituais com os quais eu fui criado, que são os católicos. Simplesmente herdei essas vias de comunicação. Rezo todos os dias.”
Nota de rodapé:
Eu não iria dormir sem deixar aqui no blog alguma homenagem e lembrança de João Ubaldo Ribeiro, que o Brasil perdeu nesta sexta-feira. Um dos maiores cronistas que o país já teve, membro da Academia Brasileira de Letras há quase duas décadas, ele que era avesso à honrarias, recebeu em 2008 o Prêmio Camões, a maior premiação dedicada a autores de língua portuguesa. Em cultura, texto, jornalismo, o Brasil ficou mais pobre.
P.S.: Essa frase é uma colaboração do jornalista Celso Vicenzi. E aproveito aqui pra convocar amigos e leitores todos a mandar frases para o meu e-mail no endereço juliana.wosgraus@diario.com.br porque haja repertório pra todos os dias.