
Gisele Bündchen se auto-fotografando com uma fã no Taikô, na virada de 2005 para 2006 – Foto: Fabrícia Pinho

Gisele numas das fotos de Fabrícia Pinho que saiu com exclusividade na minha coluna do DC e depois circulou pelo Brasil todo
Com essa polêmica dos beach clubs em Jurerê Internacional fico pensando no que teríamos perdido de público diferenciado e que fez a boa fama de Floripa nos últimos anos, sem eles, os redutos tão festejados por alguns e abominados por outros. Artistas de cinema, TV, da música, celebridades também do esporte, da moda, e os dois raros Réveillons que Gisele Bündchen passou no Brasil foram ali em um destes endereços, o Taikô. E isso foi bom para a imagem de Floripa, inegável. O problema é que há dois anos o exagero da mídia em cima dos famosos e dos nem tanto também, acabou espantando muitos que querem curtir e descansar nas internas. E pra nós da mídia também era mais legal acompanhar seus roteiros, sem exagero, mas com mais desafios e dentro de um limite. Enfim, se voltarão em peso com ou sem beach clubs, só o tempo dirá. O fervo de final de ano sempre começou logo após o Natal.
Também não podemos esquecer que boa parte da capital do Estado está localizada numa ilha, e se crescermos demais vamos perder a razão do nosso sucesso. Este inevitável crescimento pode ser menos depredador se o turismo focar no público diferenciado, que vem em menor número e gasta mais, porque turismo de massa sim, lamentavelmente pode matar a Ilha de Santa Catarina.
Cada detalhe deste assunto é muito delicado, afinal nosso futuro está em jogo. Entendo também o lado dos moradores do bairro, conviver com música alta e festa onde se vive e trabalha também não dá. Mas há que se encontrar uma solução para que a ilha continue atraindo gente de toda parte, famosa ou não, endinheirada ou sem grana alguma, só que tudo com limite. E é aí que o bicho pega.