Os norte-americanos do Puma e os espanhóis do Team Telefónica fazem uma espécie de “‘match race” (competição barco contra barco) na descida para a África do Sul pela primeira perna da Volvo Ocean Race. A diferença, após a passagem pela linha do Equador, não ultrapassa 12 milhas náuticas (22 km), o que para uma corrida de longa duração é pequena. Os veleiros barcos também já passaram pelo gate (ponto obrigatório) de Fernando de Noronha na madrugada desta quinta-feira, dia 17 de novembro.
A tradição da Volvo Ocean Race diz que quem vence a primeira perna da Volta ao Mundo é o campeão. Foi assim nas duas últimas edições e os dois barcos mais experientes na regata seguem a cartilha e polarizam uma disputa acirrada nas águas do Atlântico Sul após 12 dias de aventura.
- Após a passagem pela zona de calmaria, a tendência é ficar mais próximo da costa na descida pelo Brasil até a Cidade do Cabo. Espero que o ‘Deus Netuno’ nos ajude nesse trajeto. O Telefónica também escapou bem da área dos doldrums e acredito que os outros dois da flotilha deverão sofrer – contou Amory Ross, tripulante do Puma.
Já o espanhol Iker Martínez deixou bem claro como está a disputa nessa área com oscilação de vento.
– Temos de continuar lutando. O Telefónica deixou para trás o marasmo. Temos vindo a pé em zero nós. Lutamos contra o vento com todo o entusiasmo – salientou o líder da equipe espanhola.
O próximo a cumprir a regra passando por Fernando de Noronha será o Camper with Emirates Team New Zealand. O francês Groupama 4, após uma largada surpreendente beirando a costa africana, é o lanterna da flotilha. Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Team Sanya (China) desistiram da primeira perna.
O time dos Emirados Árabes, após vencer a Regata do Porto, em Alicante, teve um problema no mastro na largada e voltou para a Espanha para tentar resolver a avaria. Instalou novo mastro e retornou para a regata, mas enfrentou ventos muito fracos no Mediterrâneo, após deixar Alicante. Com medo de chegar atrasados na Cidade do Cabo e comprometer a perna seguinte, a tripulação de Ian Walker voltou para a Espanha e desistiu da competição. O barco segue de navio para a África.
Com informações de Flávio Perez, ZDL Comunicação