
As chaminés da antiga Fábrica de Produtos Químicos Veronese (em primeiro plano) e da Cervejaria Leonardelli, captadas a partir dos altos da Rua Ernesto Alves, na década de 1950. Foto: acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação
A segunda parte da coluna sobre antigas chaminés industriais de Caxias destaca os exemplares que foram mantidos, embora em muitos casos as antigas fábricas tenham dado lugar a novas construções.
Na foto acima, vemos duas sobreviventes, a partir dos altos da Rua Ernesto Alves, em meados da década de 1950. Em primeiro plano, a chaminé da Fábrica de Produtos Químicos Veronese, ainda em funcionamento. Ao centro, a torre da Cervejaria Irmãos Leonardelli & Cia, hoje situada junto a um posto de combustíveis, na esquina da Vereador Mário Pezzi com a Vinte de Setembro (abaixo). Naquele quadrilátero, a única que sucumbiu foi a da extinta Tecelagem Panceri, atual Chardonnay.
Abaixo, a chaminé da antiga Cooperativa Madeireira Caxiense, que dominava o quarteirão envolvendo as ruas Ernesto Alves, Marquês do Herval, Vinte de Setembro e Doutor Montaury.
Aqui em dois momentos: em 1950, quando abrigou a Festa Nacional da Uva, e em 1993, antes de o complexo ser demolido para abrigar o Hipermercado Big. Hoje, a estrutura tem lugar de destaque no jardim do estabelecimento.

A chaminé da antiga Cooperativa Madeireira Caxiense em 1950, quando parte do terreno abrigou o pavilhão da Festa Nacional da Uva. Foto: acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, divulgação

A Cooperativa Madeireira Caxiense em 1993, antes da demolição, e o chaminé sobrevivente. Foto: Carla Pauletti, banco de dados

A chaminé da antiga Cooperativa Madeireira Caxiense, hoje preservada no jardim do Big. Foto: Jonas Ramos, especial
Na imagem abaixo, toda a imponência da chaminé da Madeireira Caxiense em relação à altura das casas do entorno. A foto, captada a partir do Mato Sartori, destaca ainda a Catedral Diocesana (ao fundo, à esquerda).
Em Galópolis, o símbolo do pioneiro Lanifício São Pedro (ex-Sehbe e atual Cootegal) também permanece intacto. Na foto abaixo vemos o complexo em 1950, durante a gestão da família Chaves Barcellos. Mais recentemente, em uma bela composição com o Instituto Hércules Galló.

A chaminé na atual Cootegal – Cooperativa Têxtil Galópolis, com o Instituto Hércules Galló ao fundo. Foto: Roni Rigon
Outras sobreviventes encontram-se junto à empresa Vinhos Piagentini (Rua Visconde de Pelotas, próximo ao INSS) e nos fundos do Centro de Cultura Ordovás (antiga Cantina Antunes).

Chaminé junto è empresa Vinhos Piagentini, na Rua Visconde de Pelotas, próximo ao INSS. Foto: Jonas Ramos, especial

Chaminé da antiga Cantina Antunes, nos fundos do atual Centro de Cultura Ordovás. Foto: Jonas Ramos, especial
Essa da veronese continua soltando sua fumaça dia e noite. Pior, durante a madrugada a fumaça é preta e tem um odor muito forte. Moro próxima à rodoviária e preciso aguentar isso todos os dias. Imaginem o malefício que faz para a saúde de quem mora no entorno disso durante anos.
A algum tempo atrás, passando num domingo pela já tradicional feira de artesanato que acontece nos finais de semana do Campo de São Bento em Niterói (RJ), fiquei encantado com uma magnífica pintura que estava a venda, onde era retratado um ambiente de um antigo vilarejo em torno de uma também magnífica chaminé. Na ocasião, não tinha condições para adquirir aquela maravilhosa obra, mas a partir daquele momento, passei a observar nos antigos bairros do Rio essas preciosidades impregnadas de fuligem por dentro e de muita história por fora e em seu entornos. São encantadoras.