
Registro oficial da formatura das alunas-mestras do São José em 1936. Foto: Studio Geremia,a cervo pessoal, divulgação
O Colégio São José é um dos responsáveis pela evolução educacional de Caxias do Sul desde os primórdios do século passado.
Originárias da França, as missionárias da Congregação de São José estabeleceram-se na cidade em fevereiro de 1901, com propósito voltado ao ensino – a comunidade, representada por Francisco Balen, foi quem primeiro acolheu as religiosas.
Com apoio da Igreja Católica, o educandário logo consolidou-se, tornando-se uma referência para diversas gerações de caxienses e moradoras da região.
Na década de 1930, a escola dispunha de um elevado padrão de ensino. As alunas internas desfrutavam de uma estrutura com dormitório, refeitório e gabinete dentário. Nas disciplinas, destacavam-se os laboratórios de Física e Geografia e os cursos de datilografia, artes, corte e costura, música e pintura.
Na foto acima, percebe-se a turma de alunas-mestras que se formaram em dezembro de 1936. Entre elas, Clary Mariana Lazzarotto (detalhe abaixo), filha de Adélia Triches e de Ettore Lazzarotto.
O filho Raul Michielon salienta que a mãe não exerceu a função de professora – ela gostava de tocar piano e colaborou na constituição da lendária Banda do Carmo.
Dona Clary festejou 94 anos no último dia 8 de agosto.

As formandas de dezembro de 1952: Luci Magnabosco, Mari Baldisserotto Gobbato, Dilva Slomp Conte, Clara Fim, Zilá Martins, Angela Pasqualetto Zampieri, Iolanda Bergamaschi e Solange Magdaleno. Foto: Studio Geremia, acervo pessoal, divulgação
A turma de 1952
Na imagem acima vemos as integrantes da formatura de dezembro de 1952: as amigas Luci Magnabosco, Mari Baldisserotto Gobbato, Dilva Slomp Conte, Clara Fim, Zilá Martins, Angela Pasqualetto Zampieri, Iolanda Bergamaschi e Solange Magdaleno.
Conforme anotações no verso da foto, escritas por Mari Gobbato, o prefeito Euclides Triches foi o paraninfo da turma. Já a esposa e primeira-dama, Neda Ungaretti Triches, presenteou as jovens com um terço.
Em livro
A Escola Normal São José lançou um livro que relatou o trabalho de 50 anos na comunidade caxiense. A obra (detalhe acima) documentou a evolução do ensino e destacou o esforço de pais e professores em construir uma escola capacitada para a boa formação de seus alunos – o padre Plinio Bartele enfatizou o trabalho da igreja para combater o analfabetismo com os princípios da religiosidade.
Em revista
A excelência no ensino também recebeu destaque na Revista Terra Fluminense, em sua 4ª edição gaúcha, datada de março de 1937 (foto acima). A formatura de alunas-mestras em 1936 mostrou o engajamento da sociedade caxiense em oferecer um ensino conceitual. Autoridades como Dom José Barea, Olmiro de Azevedo (advogado e escritor) e o prefeito Dante Marcucci prestigiaram a colação de grau.
As informações desta coluna são uma colaboração do repórter fotográfico Roni Rigon.
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