
Zaira Polo Dall’Alba e sua primeira turma de alunos da escola Treze de Maio, em meados dos anos 1940. Foto: acervo de família, divulgação

O casamento com Fiorentino Dall’Alba em 1949, na Igreja Matriz de São Marcos. Foto: acervo de família, divulgação
As celebrações em torno da Festa da Uva e da colonização italiana na Serra também coincidem com os 130 da chegada da família Dall’Alba à região de Ana Rech, por volta de 1885. Foi quando o pioneiro Antonio Dall’Alba (1874-1938) fixou-se no Travessão Henrique D’ Ávila, juntamente com os pais, Luigi Dall’Alba e Teresa Reghelin. Da união de Antonio com a jovem Madalena Cândida Zaupa, em 1898, nasceram 13 filhos: Luis, Maria, Valentim, Helena, Ciro, Silvio, Carino, Hermínio, Secundino, Catarina, Francelina, Fiorentino e Gisela.
Parte dessa história é rememorada por uma das moradoras mais antigas da localidade de São Valentin. Trata-se de dona Zaira Polo Dall’Alba, viúva de Fiorentino Dall’Alba, um dos 13 filhos de Antonio.
Comemorando 87 anos nesta quarta (3), dona Zaira é testemunha do cotidiano do bucólico lugarejo desde meados da década de 1940. Filha mais velha de uma prole de cinco irmãos – completada por Zelcyr, Inês, Jardelino e Ricardo –, ela nasceu em São Marcos em 3 de fevereiro de 1929 e, com apenas 16, em 1945, chegou a Ana Rech para lecionar na Escola Treze de Maio.
Morando inicialmente na casa de Carino Dall’ Alba, foi lá que conheceu, durante uma festa de colônia, Fiorentino, irmão dele. O casamento chegou três anos depois, em 11 de junho de 1949, na Igreja Matriz de São Marcos. Na sequência, vieram os sete filhos: Laura, Tiago, Lucila, Vicente, Tarcisio, Aida e Henrique – este último tinha apenas seis meses quando o pai faleceu repentinamente, aos 39 anos, de câncer, em 1965.
A partir daí, Zaira precisou dobrar a quantidade de aulas para suprir as demandas domésticas e de educação dos filhos – que, no total, lhe deram 12 netos e dois bisnetos. Boa parte deles, lógico, estará reunida nesta quarta para comemorar o aniversário da matriarca. Tudo no antigo casarão típico de madeira de São Valentin, onde dona Zaira mora desde os anos 1960. E de onde não pretende sair tão cedo…
Feliz aniversário!
Clique nas imagens para ampliar.
Uma estrada para lembrar de Cândida Zaupa Dall’Alba.

Em São Marcos: Zaira e Fiorentino com um grupo de parentes e amigos formado, entre outros, por Dozolina Polo, Zelcyr Polo, Isabela Sandi, Ida Borghetti Polo, Emilia Soldatelli Borghetti, Ferdinando Polo e Guilherme Sandi. Foto: acervo de família, divulgação

Zaira (ao fundo) com um grupo de amigas dos tempos de solteira, em meados dos anos 1940. Foto: acervo de família, divulgação

Zaira e Fiorentino nos tempos de namoro, em meados dos anos 1940. Foto: acervo de família, divulgação

Dia do casamento: Zaira e Fiorentino defronte ao primeiro casarão da família, em 1949. Foto: acervo de família, divulgação
Fotografia retocada a tinta
Nas imagens abaixo, o clássico retrato de família retocado a tinta e mantido na sala de casa de dona Zaira, em São Valentin de Ana Rech. Zaira e Firoentino aparecem ladeados pelos filhos Laura, Vicente, Tarcisio, Tiago, Lucila, Henrique e Aida.

O quadro da família, retocado a tinta e mantido na sala de casa, em São Valetin de Ana Rech, até hoje. Foto: acervo de família, divulgação
Curiosidade
A data de nascimento de dona Zaira é 3 de fevereiro de 1929. Porém, no registro, sabe-se lá por que motivo, consta a data de 4 de janeiro de 1928.

Dona Zaira e a placa alusiva aos 100 anos da chegada dos Dall’Alba à região de Ana Rech. Foto: Rodrigo Lopes
Três gerações
A entrada da propriedade da família em Ana Rech abriga um monumento em homenagem ao imigrante Antonio Dall’Alba, conhecido por “Toni dei Pinitti” (Antonio dos Pinheiros), inaugurado em 2000.
Recorde da história de Toni dei Pinitti, o Antônio dos Pinheiros.
Lá está também uma placa alusiva à chegada dos pioneiros Dall’Alba à localidade, em 1885. Ela foi instalada no terreno um século depois, em 1985. Há 30 anos, a solenidade de aniversário contou com uma missa campal e um almoço com cerca de 800 parentes, vindos de diversas regiões. Uma cápsula do tempo também foi enterrada no sítio, com objetos como um pergaminho, notas, moedas e até um terço.
Na foto abaixo, três gerações dos Dall’Alba junto ao monumento: dona Zaira, o filho Tiago e o neto Saymon Dall Alba, com a cachorra Lobinha, fiel companheira da avó.
Comentários