
Maio de 1964: Moacir Franco desce do palco e canta junto à plateia. À frente dele, a leitora Viviane Grazziotin, então com 14 anos. Foto: Foto Arte Caxias, acervo pessoal de Viviane Grazziotin, divulgação
Ele começou a carreira como ator de rádio e cantor, consagrou-se como humorista, atacou de apresentador de programas de calouros e, em mais de 50 anos de carreira, marcou seu nome na história da televisão brasileira.
Aos 79 anos, Moacir Franco logicamente também passou por Caxias do Sul. Foi em 29 de maio de 1964, quando o mineiro chegou à cidade a convite do Atlético Bancário Caxiense, associação então presidida por Waldomiro Morais. O show lotou a plateia e os camarotes do Cine Theatro Ópera, ficando na memória de centenas de fãs. Entre eles, a leitora Viviane Grazziotin, 64 anos.
Cinco décadas atrás, a então adolescente de 14 anos conferiu a apresentação junto com a mãe, Talita Farina Grazziotin (in memoriam). Ambas aparecem no flagrante acima, captado quando Moacir Franco desceu do palco e cantou junto aos espectadores – Viviane é a jovem de tiara à frente do artista. Dona Talita é a senhora loira, mais ao centro.
A pergunta é: quem seria a menina que canta ao microfone? Se você tem mais informações sobre ela, entre em contato com a coluna.
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Filme “Entrei de Gaiato”, de 1959, com Moacir Franco, Zé Trindade e Dercy Gonçalves, foi responsável pela explosão da música “Me Dá um Dinheiro Aí”, um clássico do Carnaval. Foto: divulgação/Pioneiro
O Mendigo da Praça da Alegria
Na televisão, Moacir Franco ficou eternizado pelo personagem Mendigo, surgido originalmente na chanchada Entrei de Gaiato (1959) e incluído no antigo programa Praça da Alegria, conduzido por Manoel da Nóbrega na TV Record.
O sucesso do personagem foi turbinado pela gravação de Me Dá um Dinheiro Aí, uma das músicas mais executadas do Carnaval de 1960, sendo até hoje cantada nos salões – conforme informações do Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, na época, o disco chegou a vender mais de 100 mil cópias.
Já em 1963, o artista passou a apresentar o programa Moacir Franco Show, na extinta TV Excelsior.

Auditório lotado: programa “Moacir Franco Show” marcou as noites da TV Excelsior nos anos 1960. Foto: banco de dados/Agência RBS
Nas ondas do rádio
Coqueluche do momento, conforme o anúncio veiculado no Pioneiro de 23 de maio de 1964 (reprodução acima), Moacir Franco, aos 28 anos, desfrutava dos sucessos Ninguém Chora por Mim, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, Quando Ela se Foi, de Antônio Maria e Moacyr Silva, e Riram Tanto, de Luiz Vieira.
Nenhum deles, porém, bateu o hit Suave é a Noite, versão de Nazareno de Brito para o clássico Tender is the Night, lançado em 1962 e que se tornaria um de seus maiores clássicos – a canção também foi imortalizada nas vozes de Johnny Mathis e Tonny Bennett.

Divulgando um ícone: Moacir Franco em 1964, quando atacou de garoto-propaganda dos clássicos televisores General Electric. Foto: banco de dados/Agência RBS
Garrincha
No início dos anos 1970, Moacir Franco também fez sucesso com a Balada Número 7, feita em homenagem ao ex-jogador de futebol Garrincha.
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