A presidente do Sinte, Alvete Bedin, encontrou-se esta tarde no gabinete do presidente da Assembleia com o deputado Gelson Merísio. Voltou a pedir sua intermediação junto ao governador para pagamento integral do piso.
Merísio disse que o pagamento total do piso é impossível, mas que vê uma solução com uma nova proposta para melhorar a carreira.
A conversa foi super amistosa e teve participação de dois outros diretores do Sinte.
Caro Moacir
esta paródia do poema “As Pombas” do Raimundo Correa,
mostra o estado de espírito dos participantes da primeira greve do Magistério
em SC. O medo, (em plena ditadura), a revolta pelo salário baixíssimo criou
um clima desesperador.
O então governo ( década 1980), ao invés de promulgar nossa tão esperada
RECLASSIFICAÇÃO de CARGOS, inventou um tal “PÓ DE GIZ”
Soubemos que o governador vangloriava-se que com essa medida-” até cego
voltara a enxergar” .
Na verdade havia casos de professores dando aula com os medicamentos
sobre a mesa de trabalho. Professores adiando cirurgias necessárias porque, se afastados,
perderiam boa parte do salário.
Como dá para perceber era situação semelhante a de hoje, porém num contexto
bem adverso.
Organizamos nosso protesto a partir de uma concentração na cidade de Blumenau
e foi então que surgiu o nosso SINTE.
Quero dizer aos meus queridos colegas :sejam firmes e coerentes nesta luta
Não percam a oportunidade única. A LEI está do nosso lado.
Ninguém mais vai nos chamar de CARNEIROS
Deus continuará nos dando forças!
OS “BIXOS”
( N.B. Cordini )
Vai-se o primeirinho de escapada
Vai-se outro mais… mais outro
Enfim centenas
De carneiros vão-se dos redis, apenas
Deixando o aprisco em debandada.
E à tarde, quando a rígida bronqueada
berra, aos redis de novo eles
serenos
Bufando pragas, execrando, amenos
Voltam todos em bando e em revoltada.
E eles se indagam assustados:
Tu vais?.. Eu vou?…Todos vamos?…
Num conjugar medroso, desconfiados…
E ingloriamente decidem: “Nos ficamos”!
E daqueles corações onde abotoam
Os sonhos de ganhar um pouco mais
Um por um céleres voam
Como a pressa dos pobres animais.
Pela vil intolerância tosquiados
Fogem… Mas, ao pasto, um dia voltarão
Escavando o solo, chifrando os lados
Os carneiros da NOVA EDUCAÇÃO!