Um diagnóstico contundente, que raramente se vê nas reuniões mensais da Federação das Indústrias de Santa Catarina, marcou a reunião dos Conselhos e Diretoria da Fiesc. As justas queixas sobre a falta de infraestrutura, o peso crescente da carga tributária e de obras que nunca terminam – fatores que impedem o aumento da competitividade - cederam lugar a uma série de críticas sobre investidas do poder público sobre o setor produtivo.
De um lado, as frustrações com os últimos acontecimentos, em especial a inversão de valores na condenação e prisão dos mensaleiros. Autoridades, parlamentares e lideranças, solidarizando-se com o crime. De outro, uma sucessão de atitudes do poder público contra o empresariado.
- Estamos caminhando para a ditadura do Estado, até para o comunismo – alertou o empresário Olvacir Fontana, presidente da Associação Comercial e Industrial de Criciúma. Avança o Estado insaciável e dominador, com crescentes ações sobre o empresariado. Desmotiva os empreendedores e elimina sua criatividade. Estão atrofiando a economia, tirando o estímulo e prejudicando toda a nação.
- Fica a impressão que há hoje no Brasil uma conspiração contra os empresários e contra os investidores – arrematou o vice-presidente regional de Chapecó, Waldemar Schmitt.
- Todo dia alguém bate em nossa porta. O fiscal do Ibama, da vigilância sanitária, da Fatma, de Ongs, da Receita Federal, do Ministério do Trabalho, da prefeitura, do Ministério Público. Só cobram, sem dar nada em troca- desabafou Fontana.
O presidente Glauco José Corte completou: “Se não reagirmos, a burocracia vai tomar conta e esmagar o Brasil”.