O professor e engenheiro Sérgio Colle, do Centro Tecnológico da Ufsc, é um dos colaboradores mais assíduos do DC e um dos maiores críticos dos partidos de esquerda e seus líderes em Santa Catarina. Posicionou-se claramente sobre a ação de estudantes e professores contra as investigações da Policia Federal no “campus” e, sobretudo, contra a invasão da Reitoria pelos estudantes e integrantes do MST, bem como do hasteamento da bandeira vermelha no lugar da Bandeira do Brasil.
Distribuiu na INternet carta enviada ao professor Paulo Pinheiro Machado, Diretor do Centro deFilosofia e Ciências Humanas, com críticas pesadas a sua atuação e da professor Sônia Maluf, vice-diretora do Centro:
“Senhor Pinheiro,
Tive o desprazer de flagrar Vossa Senhoria sendo entrevistado em um programa de televisão da RBS, cujos entrevistadores, a meu ver, não fizeram as perguntas apropriadas (geralmente não a fazem). Minha reflexão sobre o episódio envolvendo Vossa Senhoria e uma tal de Profa. Sonia na contenda entre a Polícia Federal e os meliantes da UFSC, são resumidas nas conclusões que seguem:
1. A Polícia Federal agiu dentro da lei ao abordar os vagabundos que fumavam num ambiente de exposição de crianças do colégio da Aplicação e do NDI além do que, daqueles que reprovam essa ilegal atitude de fumar maconha em público.
2. Vosso conselho a tal Profa. Sonia para que ela ganhasse tempo junto aos credenciados policiais, de que resultou a molecagem dessa senhora de sentar-se no capô do veículo, para impedir que o mesmo se deslocasse, convenhamos, é coisa de baderneiro.
3. Vossa Senhoria não estava autorizado a interferir na ação policial, uma vez que o representante credenciado dessa Universidade junto a sociedade é a reitora, a menos que a mesma lhe conferiu tal função, o que, penso eu, não o fez.
4. A depredação violenta da propriedade pública perante os policiais, iniciada com a agressão dos estudantes meliantes, foi a causa principal da reação policial. Essa reação não seria diferente em qualquer democracia que mereça esse nome no mundo.
5. Os prejuízos causados ao patrimônio público, decorrentes dos meliantes esquerdistas que tomaram para si o direito de ocupar o espaço universitário, é de vossa responsabilidade e de vossos colegas subversivos de esquerda, que pactuaram com os meliantes.
6. A remoção do Pavilhão Nacional do mastro da UFSC e sua substituição por uma bandeira vermelha, mais ainda quando esta representa o que há de mais sórdido, retrógrado e corrupto na política brasileira, foi um ato de subversão a ordem, que deveria ser imediatamente respondido pela Administração da UFSC, de modo a reverter a situação e ato contínuo, proceder um inquérito para responsabilizar os meliantes responsáveis e pô-los na rua.
7. A tomada do prédio da reitoria pelos meliantes que produziram a desordem escandalosa que ridicularizou a UFSC no Brasil e no exterior, é um ato de violência contra a liberdade, além do que, apropriação de espaço público, contravenções tipificadas em lei.
8. As imagens comprovam que um meliante pertencente ao grupo invasor da propriedade privada contígua a SC-401 estava presente no recinto do prédio da reitoria, o que se constitui num ato grave de invasão, uma vez que no espaço universitário, somente devem circular pessoas relacionadas a instituição ou anunciadas, neste caso, na agenda daqueles que trabalham nela. Uma simples olhadela na deletéria figura, é suficiente para se concluir que tal indivíduo procura assemelhar-se ao criminoso cubano Chê Guevara (aquele valentão, herói de muitos idiotas latino-americanos, que executou meninos de menor idade e borrou-se nas calças ao implorar para não ser executado quando foi preso na Bolívia, expediente humilhante que deve ter motivado mais ainda os soldados a fuzilá-lo – assim pacificou-se aquela parte da América Latina ameaça pela corrente política em extinção que Vossa Senhoria parece abraçar).
9. Tentando resgatar a dignidade institucional ferida e ao mesmo tempo recuperar sua desgastada imagem perante a sociedade brasileira, sábia e acertadamente, estudantes do CTC hastearam o brasão da república na torre de instrumentos do laboratório que coincidentemente coordeno.
10. Em questão de algumas horas, cerca de 1300 mensagens circulavam no facebook, em apoio a esse ato patriótico e ordeiro.
11. Fiquei sabendo às 11:00h da manhã de hoje, através de colegas do CTC, que cerca de 2000 alunos iriam promover uma manifestação pública no campus, a partir das 14:00 horas de hoje, precisamente com o objetivo de expulsar os meliantes do prédio da reitoria.
12. Coincidência ou não, a Administração e os meliantes chegaram a um acordo, com concessões da reitora que poucos sabem quais são, de que resultou a decisão de eles se retirarem do recinto. Arrisco-me a conjeturar que se eles não o tivessem feito, seriam defenestrados a força pelos estudantes que estão na universidade muito mais para estudar e muito menos para fazer baderna.
13. Diz o ditado que quem cria serpente dentro de casa pode morrer envenenado. Essa Administração, com vossa complacência e porque não dizer cooperação, criou serpentes, quais sejam, prestigiou alunos medíocres, ignorantes, alinhados a vossa corrente política, que se provam contraventores e mais ainda, visíveis ameaças a integridade física do patrimônio público, além do que, promotores da desordem o do escândalo institucional.
14. A propósito de escândalos, a UFSC tem sido pródiga. Com efeito, o convite para que o terrorista assassino comunista Cesar Battisti figurasse nessa instituição como palestrante pago com verbas públicas deve ter sido o único caso dessa natureza no mundo. A revista Veja tem divulgado nacionalmente notícias de disparates produzidos por professores de currículo mediano, tais como as Jornadas Bolivarianas e eventos que tentam interpretar o direito segundo a ótica marxista (uma obscenidade jurídica), mesmo que o marxismo, pelo menos a luz do conhecimento formal organizado, foi rejeitado científica, econômica e socialmente, até porque ele só produziu desgraça.
15. Concluindo, a UFSC torna-se mais notória nacional e internacionalmente pela contravenção e fiasco, que pela dimensão dos trabalhos técnico-científicos realizados por aqueles que aqui trabalharam ou ainda trabalham, em comprovado regime de tempo integral e dedicação exclusiva.
Recomendo a Administração da UFSC que resgate a entrevista que o Prof. Dr. José Goldenberg concedeu a rádio CBN Diário de hoje, a propósito do rebaixamento da classificação da USP na lista das 300 melhores universidades do mundo. Enquanto que a principal preocupação da administração da USP é melhorar seu desempenho de modo a subir na classificação global, a administração da UFSC parece contentar-se como o fato de nossa instituição estar remotamente distanciada das 500 melhores universidades do planeta. Deve ser a razão pela qual a administração despende tanto tempo a fazer política partidária dentro do campus e pouco para endereçar as questões emergenciais, que não resolvidas, endereçam nossa instituição para o fosso da mediocridade.
Saudações universitárias,
Prof. Sergio Colle.”