
Da coluna de hoje do Moacir Pereira
A candidatura de Marina Silva (PSB) surpreende o Brasil, subindo como um foguete nas pesquisas e sinalizando que, a continuar neste ritmo, está no páreo na eleição presidencial e, no espaço de apenas 15 dias, reverte o jogo da sucessão. Pelo Datafolha está empatada com a presidente Dilma Rousseff (PT), com 34%, e venceria fácil no segundo turno de 50% contra 40%.
Estas dados colocam oxigênio na campanha do deputado federal Paulo Bornhausen, presidente estadual do PSB e candidato ao Senado pela coligação de Paulo Bauer (PSDB). Uma aliança que já ganhava um grande reforço, com a pesquisa Ibope mostrando que Bauer pulou de 10% para 19%.
O salto de Marina, se estável, poderá ter duas consequências em Santa Catarina: 1.Favorece o projeto de Bornhausen. A partir de agora, sobretudo os prefeitos que estavam no muro ou que pretendiam uma posição misteriosa, desistem do murismo e fogem da trairagem.
Raciocinam que, na perspectiva da eleição de Marina, vão precisar de canal aberto no governo federal. 2. Pode trazer prejuízos políticos e eleitorais a Raimundo Colombo (PSD), que apoia Dilma. Bauer, seu principal adversário, já vem combatendo o governador pela aliança com a presidente, dizendo que o Estado foi o que menos recebeu de Brasília, que as obras federais estão atrasadas e os recursos vieram em forma de empréstimos.
Coincidência preocupante para Colombo e os aliados: no dia em que Marina dispara, aparece o primeiro painel com Colombo ao lado de Dilma durante a visita do vice-presidente Michel Temer a Santa Catarina.