Da coluna de hoje do Moacir Pereira
A polêmica e conturbada gestão da reitora Roselane Neckel na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) terá um novo desafio a partir desta sexta-feira. Os chefes de departamentos e diretores de centros estão obrigados a listar os servidores técnicos e administrativos que não cumpriram as oito horas diárias de trabalho, como manda a lei federal e está fixado em suas nomeações.
A UFSC atravessou o primeiro semestre numa situação que beira a calamidade. Servidores fizeram greve de março a julho. Cruzaram os braços durante cinco meses. Mas os salários foram pagos religiosamente no dia primeiro do mês. Fecharam a Biblioteca Central e o Restaurante Universitário, além de prejuízos para vários departamentos de ensino.
No auge da crise, a reitora baixou uma portaria exigindo o cumprimento de horário. O sindicato decidiu que os funcionários trabalhariam apenas seis horas por dia e não as oito horas que vinham cumprindo até então. A norma interna entrou em vigor dia 1º de agosto e será, teoricamente, executada no dia 5 de setembro. A reitoria promete punir os faltosos ou os que não cumpriram integralmente a carga horária.
As gestões anteriores dos reitores Ernani Bayer, Diomário Queirós, Rodolfo Pinto da Luz, Lúcio Botelho e Álvaro Prata enfrentarem greves de professores e de servidores. Mas nenhuma delas chegou no nível da desordem registrada este ano.
Dá pena ver o que era e em que foi transformada a UFSC
A UFSC atual é a imagem do que será o país e alguns Estados após as eleições caso se confirmarem as pesquisas.
Mais um exemplo da gestão caótica da Dilma do PT.
Bagunça geral !
Bom Dia
Gostaria de colocar que a Assembleia Geral dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da UFSC decidiu que estaríamos ampliando o atendimento aos usuários da UFSC e nos organizaríamos em escalas de 6 horas, o que na prática significa que para o usuário, a greve atual que é muito diferente da anterior, apenas traz benefícios, os setores em greve atendem mais e melhor o usuário, os setores que não estão em greve fecham no horário de almoço, coisa que é um absurdo para uma instituição de educação.
Desta forma, esta é uma greve legitima que traz em seu seio a aplicação da legislação federal a respeito da ampliação do atendimento a comunidade universitária e traz em cena o debate a respeito da democracia dentro da instituição.
Duvidas, sugestões, elogios é só entrar em contato com o comando de greve: comandodegreveufsc@gmail.com
Olá Moacir,
Bom dia!
Aproveito que sua coluna de hoje é sobre educação para levantar algumas observações a respeito de matéria veiculada hoje, na página 23 do Diário Catarinense.
Sob o título “Metas para o futuro da educação em SC” a reportagem de página inteira traz amplo destaque ao que mais uma vez promete o governo, faltando menos de 3 meses para terminar o mandato. Há várias referências à secretária adjunta, sra Elza Moretto. A reportagem, no entanto, não teve a preocupação de procurar o Sindicato dos Profissionais da Educação (SINTE) para fazer o contraponto. Ouvir apenas um lado da notícia aqui em Santa Catarina não deixa de ser a praxe, não é mesmo???
O que chama a atenção, no entanto, é o pouco caso que o próprio discurso oficial já apresenta. Quase não é necessário ouvir os professores… As “promessas” já são tão ruins que fazem oposição a quem as defende. Senão vejamos:
Na meta de Nº 16 o estado se “compromete” a formar em nível de pós-graduação 75% dos professores da educação básica “ATÉ 2024″. Ou seja, na visão do governo serão necessários 10 anos para conseguir ter 3 de cada 4 professores pós-graduados… Mesmo com essa quantidade de cursos disponíveis até à distância, pela internet, com custos de menos de R$ 200,00 mensais.
Já a meta Nº 17 chega a ser hilária: “Valorizar os profissionais do magistério da rede pública de educação básica, assegurando NO PRAZO DE 2 ANOS a existência do plano de carreira, assim como sua REESTRUTURAÇÃO”.
Oras, nobre colunista… Esse plano é para vigorar A PARTIR de 2015. Então, na melhor das hipóteses, o governo promete REFAZER EM 2017 a carreira que DESTRUIU EM 2011. Não é um governo que valoriza os professores???
Para terminar, na meta Nº 19, promete “ampliar o investimento público em educação pública para atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB do Estado no 5º ANO DE VIGÊNCIA DO PLANO e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.
Isso porque hoje o Estado INVESTE MENOS DE 6% do PIB na Educação. E a grande proposta é investir pouco mais de 1% A MAIS NUM PRAZO DE 5 ANOS. É um assombro!!!
Para divulgar esse plano “fantástico”, o Diário Catarinense deu a seguinte MANCHETE, na 1ª página: “Ensino em SC será norteado por 19 metas”. Para quem olha o jornal na banca, parece uma notícia boa, ou ruim? Dá a impressão que o governo é bom, ou ruim???
Eu queria ser o Colombo!!! Fazer campanha assim, até a minha avó fazia!!! Depois as “análises” são de que o governo é bem avaliado pela população… Com essa imprensa, era o mínimo, o senhor não acha???
Pobre Santa Catarina!!!
Um abraço,
André
“Administrar a UFSC é fácil; representá-la exige competência”.
Concordo com o André,ao falar da imprensa catarinense( diário catarinense) que ajudou a acabar com o plano de carreira do magistério. Ao capital tudo e aos trabalhadores da educação nada.
Bom dia
Enquanto essa briga de carga horária parece não ter fim, greves, descasos de diretoria, reportagens mostrando o caos no Hospital Universitário e ainda, as manifestações recentes que aconteceram dentro da instituição, existe um grupo com dezenas de TAES (Técnicos Administrativos) homologados, aprovados nos últimos dois concursos da UFSC e HU esperando as nomeações devidas, completamente negligenciados, que acompanham diariamente as movimentações do Diário Oficial, prontos para iniciarem sua contribuição na instituição. Somos os aprovados nos Concursos 251 e 252 de 2013 e ainda não fomos chamados, por conta dessa bagunça que se desenha na Ufsc. Já enviamos mensagens, emails, nos prontificamos a participar das reportagens que foram ao ar recentemente sobre a crise no HU, telefonamos insistentemente para o departamento de gestão de pessoas para que possamos ter alguma previsão de nomeação ao menos, mas continuamos de mãos atadas. A Ufsc necessita de servidores, acompanhamos todas as notícias, pois estamos aqui, aguardando… O Concurso 251 do HU fará 1 ano em Dezembro, o 252 da Ufsc, em janeiro. Será que a Administração vai deixar expirar o certame? É uma entre tantas outras perguntas que ficam sem respostas. Assim como nós, concursados, que ficamos diariamente sem saber de fato o que está acontecendo…
Moacir, a UFSC, assim como todas as instituições outrora sérias no Brasil, está se transformando em “terra de ninguém”, visto que os servidores e alguns professores se acham no direito de fazer o que querem pois votaram na atual reitora que lhes prometia exatamente isso: eles poderiam fazer o que quisessem.
Dessa forma, temos servidores que combinam entre si e só trabalham QUATRO HORAS por dia e professores apadrinhados que vivem eternamente participando de cursos e eventos no exterior, por até 6 meses, com TUDO pago pela UFSC, enquanto suas disciplinas são entregues a professores substitutos, fato este muito comum no CFH, onde estudo.
Se esse projeto de reitora continuar, vai ser o FIM da UFSC, pois tal qual os políticos ela só pensa em agradar a todos e perpetuar o seu grupo no poder.
É uma incompetente e despreparada que não sabia dirigir nem um departamento no CFH.
Mas, como está bom (?) para todos, professores e servidores quer não precisam trabalhar e alunos que passam sem estudar, não se vê nem uma manifestação dos interessados(?).
Abraço.
Troquei meu nome pois prefiro manter o sigilo. A situação é que prestei o concurso em janeiro/2014 e fui aprovado. Em junho/2014 o Rh da UFSC me chamou para uma entrevista, na qual fui informado sobre os procedimentos prévios a admissão. Nessa entrevista me foi sugerido que eu pedisse demissão no atual emprego, pois a necessidade da Universidade está em situação de emergência, e dessa forma, eu poderia assumir o mais rápido possível após nomeação, sem ter que cumprir aviso prévio no atual emprego. Estamos em setembro e até agora nem fui nomeado. Ainda bem, que não pedi demissão. Triste!
Então o comando de greve acredita (realmente?) que reduzindo a jornada de trabalho, amplia o atendimento ao usuário !?
É o que dá passar o comando para os socialistas. Eles querem só teoria. Prática nenhuma.
Você aí, que acha agora a educação no Brasil uma bagunça, aguarde se a Marina vencer as eleições. Aí eu quero ver você vir se queixar. Acho interessante o professor do Brasil dar uma olhadinha antes da eleição, para o plano de governo de Marina, no setor de educação. Aí vai ver como fica o salário do professor. Olhe rápido antes da eleição.
Caro Moacir: Mais uma vez Você informa à sociedade sobre mais uma polêmica em nossa Universidade e a insensibilidade por parte da atual gestão, de dialogar com as categorias envolvidas (servidores técnicos e docentes) bem como a falta de habilidade política em enfrentar situações que dizem respeito às Chefias nos diversos níveis da instituição. A greve “diferente” que os servidores técnicos-administrativos em educação (TAE´s) estão realizando vem mostrando alguns aspectos positivos quanto à efetividade do serviço ao público. Como eles dizem: “A UFSC de portas abertas por 12 horas”. Precisamos avaliar novos paradigmas na administração para poder mensurar a eficácia, a eficiência, a efetividade e por ende a economicidade do processo. Uma Universidade não é uma instituição como uma fábrica e nem um serviço onde se atende o público. É mais do que isso: além do ensino de graduação e pós-graduação, se tem laboratórios onde se desenvolvem pesquisas que precisam de dedicação contínua, se realiza extensão que requer contato com o meio social e produtivo. Embora o contrato individual de trabalho que se assina estabeleça oito (8) horas diárias, tem-se a grande maioria trabalhando mais do que essa carga. É claro que tem uma minoria muito reduzida que mesmo que se tenha seis (6) horas vai dar um “jeitinho” de cumprir menos. É para isso que tem as Chefias imediatas, para dar primeiro o exemplo e cobrar a dedicação e o serviço que deve ser realizado.
E aqui ressalto minha posição pessoal que, o serviço deve ser cobrado indistintamente dos técnicos administrativos em educação como dos docentes, embora exista legislação que permite a este último não precisar assinar frequência. Mas, é voz corrente nos corredores, por parte dos alunos, a crítica quando docente falta a aula e sem avisar. Eis o denominado “PACTO DA MEDIOCRIDADE” entre quem deveria ensinar e quem dissimula que aprende, ao não reclamar!
A administração do Prof Álvaro Prata, tentou estabelecer o controle de frequência com ponto eletrônico e foi um desastre, tanto tecnicamente como administrativamente.
Está aberta a polêmica, como diz o colunista!
Existe o decreto nº1590/95, para os desinformados, que permite que: quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos , em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público, é permitido ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais. E é por isso que lutamos, não pelas 6 horas apenas, como a administração insiste em afirmar, mas por uma UNIVERSIDADE ABERTA 12 HORAS POR DIA, disposta a atender todas as suas especifidades de sua atuação.
O relógio ponto está valendo para todos ? Conta com biometria ?
Fora, vermelhóides esquerdopatas !
Quando me formei, dava orgulho a nossa UFSC.
Quero ver a Dona Rose obrigando os técnicos do CED que a apoiaram na campanha a fazerem 08 horas diárias de trabalho. Pago pra ver.
Ministério público federal varredura nos vultuosos recursos de projetos na mão de docentes, em fundações. Tem lavagem. Tá uma vergonha.
Prezado Moacir:
Não acredito que o ´movimento pelas 30h´ represente os anseios dos servidores técnicos e administrativos da UFSC, mas de uma parte desta categoria…talvez de uma pequena parte, ainda que politicamente muito ativa. Um pessoal disposto a “virar a mesa”, mas não necessariamente representativa da categoria.
Isto dito, defendo a valorização dos Servidores Técnicos e Administrativos (STAE) e a profissionalização da gestão universitária.
A carreira dos STAE é uma enorme “caixa de pandora”. Nossos servidores não são valorizados pelo que são. Seus salários valem a metade do que ganha um servidor do CNPq, com a mesma titulação e a mesma função, o daqui cuidando da educação e da formação de nossos quadros e o de lá cuidando da gestão da pesquisa. Ambos com funções importantes para o país, mas com remunerações muito diferentes.
Os grandes problemas que a nossa universidade pública vivencia residem, não na gestão Roselane, mas em nosso modelo de universidade. A gestão que temos é uma consequência de um modelo ruim, onde os Reitores são eleitos, não por sua capacidade acadêmica e seu projeto de universidade, mas por sua habilidade em fazer alianças políticas com os diferentes setores da UFSC.
A crise institucional que estamos hoje vivendo é uma consequência destas alianças. O servidor designado para esta ou aquela função não é, necessariamente, o mais habilitado para exercer a atividade para o qual foi designado, mas, frequentemente, o “cabo eleitoral” nas campanhas a Reitor.
Precisamos de um novo modelo de universidade onde os professores se dediquem à nossa missão acadêmica, os servidores administrativos à eficiência de gestão e os servidores técnicos aos nossos laboratórios de pesquisa e ensino. É assim que funcionam as boas universidades em todo o planeta. Precisamos de um servidor com Doutorado atuando como Secretário Executivo em cada um de nossos departamentos, coordenadorias e unidades de ensino, com atribuições e ganhos compatíveis com estas atribuições
E precisamos, não de um Conselho Universitário, mas de dois conselhos, um Gestor e um Acadêmico. O primeiro cuidando do dia a dia administrativo da universidade e o segundo da vida acadêmica, dos programas de graduação e pós-graduação, da pesquisa e do futuro da universidade.
Um primeiro passo para isto é mudando a forma como os reitores estão hoje sendo eleitos.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2014/08/21/professores-da-ufsc-divulgam-baixo-assinado/?topo=67,2,18,,,67
Prezado Moacir:
Não acredito que o ´movimento pelas 30h´ represente os anseios dos servidores técnicos e administrativos da UFSC, mas de uma parte desta categoria…talvez de uma pequena parte, ainda que politicamente muito ativa. Um pessoal disposto a “virar a mesa”, mas não necessariamente representativa da categoria.
Isto dito, defendo a valorização dos Servidores Técnicos e Administrativos (STAE) e a profissionalização da gestão universitária.
A carreira dos STAE é uma enorme “caixa de pandora”. Nossos servidores não são valorizados pelo que são. Seus salários valem a metade do que ganha um servidor do CNPq, com a mesma titulação e a mesma função, o daqui cuidando da educação e da formação de nossos quadros e o de lá cuidando da gestão da pesquisa. Ambos com funções importantes para o país, mas com remunerações muito diferentes.
Os grandes problemas que a nossa universidade pública vivencia residem, não na gestão Roselane, mas em nosso modelo de universidade. A gestão que temos é uma consequência de um modelo ruim, onde os Reitores são eleitos, não por sua capacidade acadêmica e seu projeto de universidade, mas por sua habilidade em fazer alianças políticas com os diferentes setores da UFSC.
A crise institucional que estamos hoje vivendo é uma consequência destas alianças. O servidor designado para esta ou aquela função não é, necessariamente, o mais habilitado para exercer a atividade para o qual foi designado, mas, frequentemente, o “cabo eleitoral” nas campanhas a Reitor.
Precisamos de um novo modelo de universidade onde os professores se dediquem à nossa missão acadêmica, os servidores administrativos à eficiência de gestão e os servidores técnicos aos nossos laboratórios de pesquisa e ensino. É assim que funcionam as boas universidades em todo o planeta. Precisamos de um servidor com Doutorado atuando como Secretário Executivo em cada um de nossos departamentos, coordenadorias e unidades de ensino, com atribuições e ganhos compatíveis com estas atribuições
E precisamos, não de um Conselho Universitário, mas de dois conselhos, um Gestor e um Acadêmico. O primeiro cuidando do dia a dia administrativo da universidade e o segundo da vida acadêmica, dos programas de graduação e pós-graduação, da pesquisa e do futuro da universidade.
Um primeiro passo para isto é mudando a forma como os reitores estão hoje sendo eleitos.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2014/08/21/professores-da-ufsc-divulgam-baixo-assinado/?topo=67,2,18,,,67
Se a UFSC está no limiar da desordem não sei opinar mas que as escolas da rede estaduais estão no caos, sem bibliotecários e, prestes a não reiniciarem o ano letivo pela greve e pela indefinição de como vai ser pago o novo piso que sai em janeiro de 2015 isso eu sei de cadeira e de carteirinha. Não há mais esperança em quadras cobertas para educação física e o índice do câncer de pele entre os professores e a juventude é assustador. Conflitos internos deixaram agora de pararem na delegacia de polícia e agora adentraram no campo judiciário. Doutrinação de diretores em reunião que acontece sempre 30 dias antes de cada eleição… de formas que a panela de pressão está como o capeta gosta!