O ano de 2014 termina hoje numa clima de pessimismo com a economia. Os empresários desanimados e os consumidores preocupados. Uma tristeza que se explica pela falta de perspectivas econômicas, por um ministério pífio e, sobretudo, pela roubalheira que arrebentou a Petrobrás.
Grave é constatar que até agora não tenha havido mudança na estatal. Em qualquer micro empresa, se seu presidente roubar ou permitir que se roube alguns reais, vai para o olho da rua. Em qualquer organização econômica, social ou política, desvios éticos e ilícitos penais são punidos todos os dirigentes. E, no entanto, apesar de todos os depoimentos e testemunhos, a presidente Graça Foster e seus diretores permanecem intocáveis. Inexplicável.
No meio de tanta desilusão salva-se a Justiça. Que tem seus problemas, é lenta demais, falha aqui e ali, sofre com desmandos e desvios, mas vem se constituindo na principal esperança de moralização pública e respeito a cidadania da esmagadora maioria da Nação.
Depois do ministro Joaquim Barbosa, um verdadeiro monumento à ética e imbatível no combate à corrupção, a Justiça tem outro ícone para se orgulhar ainda mais: o juiz Sérgio Moro. Com uma atuação técnica irretocável, conduz a investigação que já se tornou o maior caso de corrupção na história da humanidade. Íntegro, não gosta de vitrine, tem decisões sábias e é o responsável por este fato inédito. Botou os corruptores na cadeia, onde passaram o Natal e onde vão passar o Ano Novo.
Sérgio Moro age pela decência nacional. É o Personagem do Ano.