Os dirigentes do Sinte celebraram a decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia de rejeitar a MP 198, que dava nova regulamentação jurídica aos professores ACTs da rede estadual. A maioria aprovou parecer contra a admissibilidade de autoria do deputado Mauro de Nadal, do PMDB. Deputados da base governista votaram com Nadal ou se ausentaram. Até o presidente em exercício do PMDB estadual, Valdir Cobalchini, votou pela rejeição da MP do governador Raimundo Colombo. O líder Silvio Dreveck se absteve.
Leia a nota do Sinte:
“Com 4 votos pela inadmissibilidade e 3 pela aprovação a MP198 que altera a contratação e remuneração dos ACTs foi derrubada na manhã de hoje, 31/03, na Comissão de Constituição e Justiça. A volta da matéria a CCJ pegou os trabalhadores em educação de surpresa, mas mesmo assim um grupo de professores/as e lideranças sindicais estava acompanhando a sessão e fizeram um apitaço no hall de entrada da Assembleia Legislativa. Os Deputados se disseram em posição desconfortável diante do magistério e culpam o Centro Administrativo pela maneira como a proposta foi enviada ao Legislativo.
Com a possibilidade da medida ser encaminhada para apreciação no plenário, os trabalhadores em educação se mobilizaram pelas redes sociais e lotaram as galerias da casa. O Comando de Greve do SINTE estava em Lages para a primeira reunião de trabalho, entretanto ao saber de uma possível votação pela admissibilidade pelos parlamentares no plenário, imediatamente decidiram voltar a Capital para unir-se aos demais trabalhadores na mobilização.
Diante da pressão a medida provisória nem foi colocada na pauta da sessão de hoje, mas poderá voltar amanhã, prazo final, após isso a MP é arquivada, entretanto, o Governo ainda pode reedita-la após 60 dias da publicação. Os trabalhadores continuarão mobilizados na ALESC.
A reunião do Comando de Greve foi remarcada para amanhã de manhã, 01/04. Os representes no comando de greve farão uma avaliação do movimento e os encaminhamentos das mobilizações para os próximos dias por todo o Estado.
De acordo com o Coordenador Estadual do SINTE/SC Luiz Carlos Vieira, a greve vem ganhando cada dia mais adesões e apoios de várias entidades que desejam uma verdadeira mudança na educação do Estado, bem como, a valorização de seus profissionais.”