O presidente da Fiesc, Glauco José Corte, foi aplaudido duas vezes quando, ao final de seu pronunciamento, defendeu a liberdade de imprensa e se posicionou de forma firme contra o controle social da mídia. Leia a íntegra:
““Caro Presidente Robson Braga de Andrade, líder da indústria brasileira e um dos mais destacados líderes nacionais.
Agradeço muito a sua presença. Todos acompanhamos com admiração e entusiasmo o seu trabalho e o seu esforço para criar as condições que assegurem a restauração da competitividade da indústria brasileira. Os presidentes de Federações de todo o País estamos unidos em torno das causas defendidas pela CNI. As propostas entregues e debatidas recentemente com os candidatos à presidência da República contemplam o mais amplo e importante trabalho já realizado sobre as questões estruturais que restringem um crescimento maior e mais sustentável do País.
Esperamos que essa qualificada contribuição seja incorporada ao Programa de Trabalho de quem vier a assumir a responsabilidade de presidir o País nos próximos 4 anos e que serão, como já se antevê, anos de austeridade e de alguns sacrifícios.
Sou grato, presidente Robson, pela atenção que o senhor dedica aos pleitos da FIESC e da indústria catarinense.
Senhoras e Senhores,
Assumo, juntamente com os meus valorosos Companheiros de Diretoria, o honroso mandato de Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, em face da decisão de recondução unânime dos Sindicatos que compareceram à eleição de 27 de junho último. Eu e meus Companheiros agradecemos a confiança e reiteramos o nosso compromisso solene de atuarmos unidos na defesa da indústria e do desenvolvimento de nosso querido Estado.
Ao longo dos três primeiros anos de exercício do mandato iniciado em agosto de 2011, fizemos um grande esforço para corresponder, com trabalho, à notável contribuição que a valorosa indústria catarinense dá ao Estado e ao País.
Nossas iniciativas e ações se pautaram por um duplo olhar: para dentro e para fora do Sistema FIESC.
No plano interno, a FIESC passou por uma ampla reestruturação organizacional, com o objetivo de melhorar a sua eficiência no atendimento à indústria catarinense. Para tanto, a própria FIESC precisava tornar-se mais competitiva. O conceito central do processo de modernização foi a integração total das entidades que compõem a FIESC. A integração do planejamento estratégico, dos serviços corporativos e de relacionamento com a indústria permitiu à FIESC perseguir seus objetivos com mais clareza, reduzir custos operacionais e oferecer soluções mais adequadas às necessidades da indústria. Fortalecemos, no período, a atuação de nossas Vice-Presidências Regionais, que passaram a contar com uma pequena estrutura de apoio, para facilitar o contato e o atendimento descentralizado às indústrias. Atuamos fortemente junto aos Sindicatos, para torná-los mais eficientes e atrativos, através do Programa de Desenvolvimento Associativo. Agradeço aos presidentes de Sindicatos a grande cooperação.
A integração dos serviços corporativos, que absorviam até 25% do tempo e dos recursos dos nossos diretores, sem agregar valor à atividade-fim, resultou em uma economia de 20% com energia, 11% com telefonia e 6% com a frota de veículos.
A FIESC investiu, nos últimos três anos, mais de R$ 20 milhões na capacitação e desenvolvimento profissional de seu quadro de pessoal. Em 2013, a FIESC foi considerada a melhor organização de grande porte para se trabalhar em Santa Catarina pelo Instituto Great Place to Work.
No plano externo, em alinhamento com o Mapa Estratégico da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria – CNI, para o período 2013-2022, o Mapa Estratégico da FIESC definiu como objetivo central o fortalecimento da indústria para o desenvolvimento de Santa Catarina, e quatro grandes eixos : Ambiente Institucional, Educação, Tecnologia e Inovação e Qualidade de Vida. Nenhuma iniciativa é empreendida na FIESC sem que esteja compreendida em, pelo menos, um desses grandes e importantes eixos.
Ambiente Institucional
Nessa área, trabalhamos para a construção de um ambiente institucional mais favorável às atividades e ao fortalecimento das indústrias, através do agendamento de temas importantes para a competitividade industrial junto aos Governos Federal e Estadual. No escopo da agenda da FIESC estão questões como energia, infraestrutura logística, legislação trabalhista, Fundo Constitucional para o Desenvolvimento do Sul e o novo Pacto Federativo.
Ainda nesse campo, a FIESC iniciou e desenvolve o mais amplo e inovador Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), já tendo sido identificados os 16 setores portadores do futuro, ou seja, aqueles que serão mais competitivos no Estado na próxima década, assim como desenhadas as Rotas Estratégicas Setoriais, que apontarão os caminhos para a construção do futuro desejado. Numa outra etapa, o estudo reunirá os pontos críticos que afetam a competitividade industrial e, finalmente, será formulado o Master Plan, contemplando as bases para uma nova política industrial para o Estado. Entre doutores, mestres e especialistas, 70 profissionais estão envolvidos nesse grande projeto, iniciado em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná, a cujo presidente e amigo, Edson Campagnolo, agradeço a cooperação.
O PDIC é também um norte para a FIESC orientar os seus investimentos, que somaram R$ 330 milhões no triênio 2011-2013 e chegarão a R$ 120 milhões só em 2014, contemplando escolas, centros de atendimento e os Institutos SENAI de Tecnologia e Inovação.
Em conjunto com as Federações de Indústrias do Paraná e do Rio Grande do Sul e com os apoios da CNI e do BRDE, foi elaborado o estudo Sul Competitivo, que se constitui no mais completo planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de carga dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dentro do contexto do Mercosul. Entregue ao Governo Federal, infelizmente as prioridades elencadas ainda não tiveram andamento.
Educação
Com a realização de mais de 820 mil matrículas no triênio 2012-2014, a FIESC atinge um novo patamar na oferta de serviços de educação por suas entidades SENAI/ SESI/ IEL. Somente em 2014 serão realizadas 180 mil matrículas em educação profissional, cerca de duas vezes mais do que em 2011. Um dos motivos desse notável crescimento é o Movimento A Indústria pela Educação, que oferece novas e melhores condições para as indústrias investirem na formação e qualificação dos seus trabalhadores. A meta é que, até 2022, todos os trabalhadores da indústria catarinense tenham escolaridade básica completa e contem com educação profissional e tecnológica. Para isso, SESI e SENAI já atuam em mais da metade dos municípios catarinenses. Somos um dos maiores parceiros do Governo Federal em SC no importante Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Ainda nessa área, diante dos resultados de pesquisa do Ibope que constatou que apenas 7% dos pais brasileiros consideram que são, também, responsáveis pela educação de seus filhos, a FIESC acabou de lançar a campanha Pais pela Educação, destinada a motivar o seu envolvimento na vida escolar de seus filhos.
Tecnologia e Inovação
Nessa área, a FIESC avança com a instalação de Institutos SENAI de Inovação (3) e de Tecnologia (7) em SC. Os Institutos de Inovação são referências nacionais e realizam pesquisa aplicada. Dois já foram inaugurados: Sistemas de Manufatura, em Joinville, e Sistemas Embarcados, em Florianópolis. O terceiro será o Instituto de Inovação em Laser. Os Institutos de Tecnologia oferecem consultoria, desenvolvimento de projetos e formação de pessoal em setores específicos, e são voltados às demandas do Estado. O Instituto de Logística já está em operação, em Itajaí.
O IEL/SC também tem atuação destacada nesse eixo.
Qualidade de Vida
O SESI/SC é responsável pelas ações da FIESC em favor da qualidade de vida do trabalhador da indústria. O nosso foco encontra-se na obtenção de resultados para indústria, que devem ser associados ao aumento do bem-estar do trabalhador, através da gestão integrada da qualidade de vida.
Nesse contexto, a área de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) está sendo reforçada pela conversão das clínicas médicas em centros de atendimento à saúde ocupacional. A meta é realizar cerca de 800 mil atendimentos em SST neste ano.
Nenhuma dessas ações e dos bons resultados obtidos teria sido possível sem a orientação e o apoio da Confederação Nacional da Indústria – CNI, através do seu presidente, Robson Braga de Andrade, e de sua competente Equipe.
As informações que acabamos de apresentar dão conta do que fizemos nos três últimos anos. Mas devemos, podemos, queremos e vamos fazer mais e melhor, através da inovação, da melhoria contínua, do planejamento e da execução de ações integradas de todas as nossas Entidades.
Vamos tornar a FIESC o principal agente articulador da inovação no Estado.
Como exemplo desses esforços podemos citar os Institutos SENAI de Inovação e o Instituto SESI de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho, cuja definição de escopo e abrangência de atuação contou com a participação de industriais e profissionais de todo o nosso Estado, além da parceria com a Universidade de Stanford, dos Estados Unidos.
Também podemos citar a Escola Profissional Inovadora, projeto que revolucionará as práticas de desenvolvimento de competências para a indústria, por meio do uso intensivo de tecnologia em todas as suas dimensões pedagógicas.
Também estamos definindo os próximos passos para o atendimento das demandas de nossas indústrias e para o aumento de sua competitividade, de forma a consolidar nossa atuação sobre os três pilares que sustentam nossas empresas: as pessoas, os processos e a tecnologia.
Senhoras e Senhores,
A indústria brasileira, assim como a catarinense, passa por um duro período de restrições ao seu crescimento e à sua competitividade. Uma pequena parte se deve às suas próprias estratégias de gestão. Contudo, a maior parte dessas restrições encontra-se fora das plantas industriais e depende da atuação dos governos.
Cito apenas algumas, que prejudicam o desempenho das empresas no Estado e no País:
1.
Portos: Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain, o Porto de Itapoá, um investimento privado que entrou em operação em SC há apenas 3 anos, é o que apresenta o melhor desempenho entre os principais terminais portuários do País. O desempenho desse porto poderia ser ainda melhor se o seu terminal contasse com a presença permanente de, pelo menos, um único Fiscal Agropecuário do Governo Federal em suas instalações, para vistoria e liberação de mercadorias importadas ou destinadas à exportação.
Essa deficiência também a temos em outros portos e em instalações da agro-indústria, cujas cargas, muitas vezes, aguardam semanas para a sua liberação. Essa é uma situação que não podemos mais tolerar.
2.
Energia: Segundo estudo-recém divulgado pelo The Boston Consulting Group, que considera custos como eletricidade, gás natural e com o trabalhador, o custo de produção atual no Brasil é 23% maior do que nos Estados Unidos, enquanto, em 2004, era 3% inferior.
Pois SC foi surpreendida, recentemente, com o aumento de 23% em sua tarifa de energia elétrica. A indústria catarinense não concorda com esse aumento excessivo, o qual onerará, se mantido, ainda mais, o custo de produção industrial..
Parte substantiva desse aumento deve-se ao critério aplicado pela ANEEL na distribuição das cotas de energia hídrica geradas pelas empresas que tiveram a sua concessão antecipadamente renovada e cujo custo é mais barato. A CELESC teria direito a 4,6% dessa energia e recebeu apenas 0,5%, o que a obrigou a recorrer a fontes mais caras de energia. Estima-se o desequilíbrio daí decorrente em R$ 450 milhões, que, agora, a ANEEL quer que seja pago por SC. Não aceitamos esse critério e, por isso, interpusemos recurso junto à ANEEL, para que a CELESC seja compensada através da Conta de Desenvolvimento Energético, o que levaria a uma redução do reajuste médio de 23% para 14%.
De outra parte, entregamos ao Governo do Estado um estudo em que demonstramos que SC foi, em 2013, o terceiro Estado que mais arrecadou tributos sobre a energia, ficando à frente do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Dos R$ 465 milhões arrecadados no ano passado em SC, 86,5% correspondem ao ICMS, cuja incidência, aqui, é de 33%. A FIESC pleiteia a redução desse pesado encargo incidente sobre um insumo básico essencial para a competitividade da indústria e para as famílias catarinenses.
Muito mais importante e sustentável é quando o crescimento da arrecadação se dá através da expansão das atividades industriais ao invés de que pelo aumento da carga tributária e de outros encargos sobre a produção.
Finalmente, uma palavra sobre o gás: o gás natural que abastece a Região Sul vem da Bolívia. Acontece que esse gás custa R$ 20 milhões a mais por mês do que o gás nacional que abastece outras Regiões. Como a indústria de SC é a principal consumidora desse gás, trata-se de mais um ônus que lhe é imposto, além do esgotamento da capacidade de atendimento das novas demandas industriais, sem qualquer perspectiva de solução a curto prazo.
3.
Seguro Desemprego. Outra situação desconcertante é o quadro do Seguro-Desemprego em SC. Nas portas das empresas de todas as Regiões do Estado há cartazes indicando a existência de vagas. No entanto, em 2013, quando se informava que o País vivia o pleno emprego, o valor pago em SC a título desse seguro ultrapassou a R$ 1 bilhão e duzentos milhões de reais, contemplando mais de 300 mil beneficiários. No Brasil, no mesmo ano, foram beneficiados mais de 8 milhões de pessoas, importando num desembolso de R$ 28 bilhões e quinhentos milhões de reais.
A FIESC não é contra o amparo ao trabalhador desempregado, mas é totalmente contra o incentivo dado pelo governo, com o dinheiro do contribuinte, para manter o trabalhador fora do emprego, quando há milhões de vagas abertas no País.
Nem mesmo a lei, aprovada em 2011, que condiciona o recebimento do benefício à comprovação de matrícula e de frequência do trabalhador em curso de formação ou qualificação profissional, foi regulamentada pelo governo, numa demonstração de desinteresse, até porque, como dissemos, a conta não é paga por ele, o governo, e sim pelo contribuinte.
4.
Educação. Recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria – CNI (Competitividade Brasil 2013) apontou que, na comparação com outros 14 países, a produtividade do trabalho no Brasil é inferior à da África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, México, Polônia, Rússia e Turquia.
Felizmente, o Brasil acordou para a existência de uma forte relação entre o nível de escolaridade, a produtividade e a renda de um país.
Se há uma unanimidade nacional, essa passou a ser a causa da educação. Por isso é surpreendente, para não dizer chocante, o fato de que os governos continuem tributando ferozmente o material escolar. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os impostos podem representar quase a metade do valor do seu preço. Uma caneta, por exemplo, é onerada em mais de 47%, a régua em 45%, a borracha em 43%, mochilas e lancheiras em quase 40% e lápis em 35%. Pouco mais da metade vai para os cofres do governo federal e o restante fica para os Estados.
A educação é ou não é prioridade? Para a indústria é!
5.
NR 12. Há uma importante indústria, em SC, sem histórico de acidentes, que em razão de critérios subjetivos da fiscalização, está com um terço da fábrica parada, há quase 6 meses, afetando o trabalho de cerca de 500 trabalhadores. Que poder de fiscalização é esse capaz de interditar uma fábrica? Quem ressarcirá os prejuízos que a indústria e a cidade estão sofrendo com essa paralização?
Torna-se mais do que urgente uma decisão de governo que discipline essa questão, enquanto, no âmbito do Ministério do Trabalho, se discute a boa aplicação da NR 12.
6.
Burocracia. É como dirigente e técnico de futebol. Ambos são especialistas. Mas quando o time perde, a culpa é do outro. O mesmo acontece com a burocracia. Nunca vimos um governante defender a burocracia. Todos a condenam e a culpam pelos atrasos nas licitações, nos licenciamentos, nas obras. Só que não acabam com ela e, pelo contrário, a fortalecem com a criação de novas estruturas e cargos.
Chega de desculpas!
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Há muitas outras questões que restringem o crescimento da indústria. Mas não quero me alongar e, por isso, menciono, ainda, apenas o que seja, possivelmente, o assunto mais importante da atualidade brasileira, as eleições, para conclamar os cidadãos catarinenses a escolherem bem os seus representantes em todos os níveis do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Esta é uma oportunidade de ouro para votarmos nos que melhor poderão cuidar bem do nosso País e do nosso Estado.
Muitas vezes pensamos que somos minoria os que trabalham pelo bem comum e por um Brasil melhor para as próximas gerações. Mas não tem que ser assim. Como disse Dom Hélder em certa ocasião, “minorias somando-se à minorias acabam constituindo força irresistível”. O que precisamos é de união em torno do que é bom para o País e para os brasileiros. Não deixemos passar a oportunidade para votar bem. Nós queremos e podemos, com o nosso voto, melhorar o País. Ouçamos a voz de Mário Quintana: “Se as coisas são intangíveis, ora! Não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fora a presença distante das estrelas”.
Imprensa. Outro assunto que requer a nossa atenção – e o registro em homenagem à Imprensa Catarinense – são as manifestações pelo controle social da mídia. O que parecia uma prática ultrapassada, relegada a antigos regimes totalitários, encontrou abrigo, nos dias atuais, em alguns países latino-americanos. Precisamos reagir de maneira firme contra qualquer iniciativa nesse sentido, para que o Brasil não seja vítima de um retrocesso inconcebível.
Por maiores que sejam os excessos da Imprensa, excesso maior, inaceitável e mais grave, é tentar qualquer tipo de censura ao sagrado direito da informação, essencial para que o Estado seja caracterizado como democrático.
Na lição de Rui Barbosa, “a palavra aborrece os Estados arbitrários porque é o instrumento irresistível da conquista da liberdade. Deixai-a livre, onde quer que seja, e o despotismo está morto”.
Conclusão
Termino, agradecendo, primeiro, a compreensão e o apoio de minha Família. À Silvia, aos filhos, noras e netos, Luciana e Benício, Glauco José, Juliana e Pedro Henrique, Gustavo, Elaine, Gabriel, Luísa e Guilherme.
Agradeço, também, mais uma vez, à confiança recebida dos presidentes de Sindicatos e aos Companheiros que me ajudaram no primeiro período de mandato e a todos os Companheiros que formam a Equipe que conduzirá a FIESC no período que se inicia hoje.
Finalmente, presto minha homenagem ao valoroso Industrial Catarinense que não se curva nem inclina a cabeça diante das crises. Nessas situações, pelo contrário, se agiganta, enfrenta os desafios e pratica com coragem, palavra cuja origem latina é “agir com o coração”, as suas responsabilidades perante a sua empresa, a sua comunidade, o seu Estado e o seu País.
Para finalizar invoco, o que já fiz antes, texto do querido Papa Francisco, que retiro de sua Exortação Apostólica “EVANGELII GAUDIUM”:
“A VOCAÇÃO DE UM EMPRESÁRIO É UMA NOBRE TAREFA, DESDE QUE SE DEIXE INTERPELAR POR UM SENTIDO MAIS AMPLO DA VIDA; ISTO PERMITE-LHE SERVIR VERDADEIRAMENTE O BEM COMUM COM O SEU ESFORÇO POR MULTIPLICAR E TORNAR OS BENS DESTE MUNDO MAIS ACESSÍVEIS A TODOS”.
O industrial catarinense tem o perfil desejado pelo Papa: os resultados de seus empreendimentos ele os compartilha com a sua cidade e o seu Estado, através de novos investimentos, do recolhimento de mais tributos e da valorização do trabalho, pela criação de novos empregos e da melhoria da qualidade de vida dos seus trabalhadores e de suas famílias.
Que o Espírito Santo nos inspire no trabalho e que Deus abençoe os cidadãos e as famílias catarinenses e brasileiras.”