Da coluna de hoje do Moacir Pereira
Servidores da prefeitura de Blumenau entraram em greve. Creches foram fechadas. Mães operárias ficaram impedidas de ir ao trabalho. Perdem salários. Postos de Saúde fecham as portas. Cai o índice de vacinação, consultas marcadas são canceladas, gente doente que pode até morrer antes de ser medicada. É trabalhador atentando contra os direitos dos trabalhadores.
Funcionários da prefeitura de Joinville estão paralisados há 10 dias. O número é pequeno, apenas 9% do total. Mesmo assim, o Hospital São José fechou 82 leitos. Cirurgias oncológicas e ortopédicas agendadas há muito tempo, a maioria de urgência, foram canceladas. Grevistas pagos pelo contribuinte ferindo direitos de trabalhadores.
Motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis voltam a debochar das autoridades e dos 400 mil usuários do transporte coletivo. Param todo o sistema, deixam trabalhadores em casa perdendo salários, prejudicam comerciantes que deixaram de vender e causam incontáveis prejuízos a milhares de pessoas e famílias.
Em Blumenau, a Justiça determinou presença mínima de 70%, aplicando multa diária de R$ 50 mil. Isto na sexta-feira, dia 23 de maio. Os grevistas ignoram a decisão judicial. E nada acontece.
Na Capital, a OAB-SC proclama que esta absurda greve dos motoristas é ilegal. Invoca decisão do desembargador do TRT-SC, Jorge Luis Volpato, de manutenção de frota mínima em qualquer paralisação. Os grevistas afrontam a decisão da Justiça. E não acontece absolutamente nada.
A população está cansada de tanta insensatez. Urge que se respeitem as instituições, o direito das maiorias e sobretudo, a ordem jurídica. E chega de tantas greves, desordens, ilegalidades e atos de puro vandalismo.