O projeto de implantação da Ferrovia Litorânea, ligando Imbituba a Araquari, tem custo estimado em 4 bilhões de reais. A Funai vetou os estudos técnicos do consórcio contratado pelo Dnit e exige um projeto alternativo no Morro dos Cavalos. A exigência elevaria o custo para 16 bilhões de reais. A alegação: causaria impacto na reserva indígena. A opção da Funai aumentaria o traçado em 30 km, exigiria 7 túneis, sendo que um deles com 56 km de extensão.
Funai pode inviabilizar Ferrovia Litorânea
Revelações feitas pelo Diretor de Infraestrutura Ferroviária do Dnit, Mário Dirani, durante reunião da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, convocada para uma avaliação sobre o andamento do projeto básico, contratado pelo Dnit com dois consórcios.
Além de enfatizar que a posição da Funai inviabiliza totalmente a Ferrovia Litorânea, Dirani informou também que há mais de dois anos o projeto encontra-se em estudos na Fundação, sem qualquer manifestação.
Os estudos do Dnit sobre a Ferrovia Litorânea foram realizados por dois grupos empresariais. O lote 1, entre Imbituba e Tijucas, está a cargo do consorcio Magna/Astep. Encontra resistência intransponível da Funai. O prazo contratual para conclusão do projeto termina em outubro de 2015. O trecho custaria 3 bilhões de reais. O lote 2, entre Tijucas e Araquari, já foi concluído e entregue ao Dnit. Prevê um túnel de 4 km e 30 obras de arte (pontes, viadutos e galerias), ao custo total de 1,8 bilhão de reais.
O prazo de execução da ferrovia, se removidas as barreiras da Funai, seria de 4 anos, a partir da entrega dos projetos executivos, que exigiriam oito meses de elaboração.
O Estudo de Viabilidae Técnica, Financeira e Ambiental foi realizado em 2001. Decorridos 14 anos e a obra não saiu do papel.