
Da coluna de hoje do Moacir Pereira
A reunião na Infraero com os presidentes da Acif, Sander de Mira, e do Sinduscon, Hélio Bairros, além do senador Casildo Maldaner (PMDB), representantes da Fiesc e da Câmara de Vereadores de Florianópolis, foi revelador sobre os problemas que envolvem a interminável novela do aeroporto Hercilío Luz.
O mais importante: o presidente da estatal, Gustavo do Vale, confessou que a Infraero foi leniente na fiscalização do contrato com a Construtora Espaço Aberto para construção do novo terminal do aeroporto. O contrato é de dezembro de 2012, o prazo de execução é de 27 meses e até agora a empresa cumpriu apenas 7%.
Quer dizer: os diretores e técnicos da Infraero de Florianópolis não viram que a obra caminhava a passos de cágado. E só agora, decorridos 20 meses e no final do contrato, a estatal examina a rescisão do contrato. Realmente, seria cômico se não fosse trágico.
Abstraída esta displicência inaceitável da Infraero, a audiência teve avanços, como redução do prazo de suspensão do contrato da pista e criação de uma comissão de acompanhamento.
Ficou mais uma vez a triste constatação. As obras federais em execução em Santa Catarina estão todas atrasadas, com a única exceção da Ponte de Laguna. As que ganharam ritmo diferente tiveram por causa a mobilização das entidades empresariais. Na maioria dos casos, a representação política entrou de forma complementar, salvo casos específicos.
Conclusão: se a sociedade não se mobilizar, na prática, as promessas vão para o espaço e os projetos viram obras intermináveis.