Por Luis Antonio Hangai
No segundo dia de horário gratuito de propaganda eleitoral na televisão, os candidatos ao governo do Estado investiram seus minutos para se apresentarem e falar sobre propostas. Com discursos amenos – cujo objetivo geral foi fazer com que os eleitores comecem a conhecer os concorrentes –, não houveram críticas mais duras. Eduardo Campos, que faleceu na última semana em um acidente aéreo em Santos, apareceu somente na publicidade de Paulo Bauer (PSDB) e Janaina Deitos (PPL).
Raimundo Colombo (PSD), seguindo a cartilha de candidato que busca reeleição, apostou seu tempo para falar sobre as obras realizadas em sua gestão. Reconheceu que 2010, ano em que assumiu, foi um ano de dificuldades, todas elas atribuídas à “crise econômica internacional que atingiu o mundo todo”. Com maior tempo de televisão, o governador deu ênfase ao seu Pacto por Santa Catarina e não deixou de fazer críticas à burocracia que, segundo ele, dificulta a realização de obras estruturais no Estado. Recontou também a história de Celso Ramos, dizendo que pretende governar da mesma forma que fez o ex-governador.
Candidato com postura mais crítica com relação ao governador, Claudio Vignatti (PT) não iniciou ainda um discurso forte de oposição na TV. Optou, neste começo de propaganda eleitoral, por contar sua história de vida e falar sobre sua carreira política. Buscando estadualizar sua imagem, disse pertencer e conhecer cidades de todas as regiões de SC.
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A propaganda de Paulo Bauer (PSDB) também continua no ritmo de apresentações. Mas o tucano usou seu tempo não para falar sobre si ou suas propostas, e sim para reforçar o nome do presidenciável Aécio Neves e ceder espaço para que o vice Joares Ponticelli (PT) falasse sobre sua trajetória de vida a partir de sua origem, no município de Pouso Redondo. Ao final prestou homenagem a Eduardo Campos, afirmando que dará seguimento ao seu trabalho.
Pelo PSOL, o candidato Afrânio Boppré dividiu aparições com o vice Armindo Maria, do mesmo partido, e falou diretamente para os policiais. Apresentou propostas para a categoria, dizendo que pretende unificar as forças policiais, investir contra narcotráfico e implantar a carreira única para os policiais.
Janaína Deitos (PPL) dedicou todo seu tempo para homenagear Campos, imputando-lhe a imagem de “única alternativa viável” para o governo federal. Começou também a apoiar a candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República.
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Entre os candidatos com menor tempo de TV, Elpídio Neves falou sobre si e sobre o vice Nilton José da Silva, ambos do PRP. Marlene Soccas (PCB), para quem o Estado precisa passar por grandes mudanças, disse que a via socialista não é “apenas possível, mas necessária”. Gilmar Salgado, candidato pelo PSTU, relembrou sua histórica como sindicalista e afirmou que esforço dos trabalhadores serve apenas para sustentar alguns poucos privilegiados.