Passione vai chegando ao fim e, apesar de ainda termos uma semana pela frente, já podemos fazer um balanço e destacar o que houve de melhor e pior na trama de Sílvio de Abreu. Comecemos pela parte boa:
O MELHOR
CASAL MADURO E DIVERTIDO
Foto: João Miguel Júnior, TV Globo
Olavo (Francisco Cuoco) e Clô (Irene Ravache) formaram uma dupla afinadíssima. O Rei e a Rainha do Lixo foram um dos pontos altos da trama e trouxeram de volta à telinha o talento de dois grandes atores.
ELENCO DE PRIMEIRA
Foto: Renato Rocha Miranda, TV Globo
É impossível não destacar a qualidade do elenco de Passione. Poucas novelas conseguiram reunir nomes consagrados como Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Aracy Balabanian, Cleyde Yáconis, Elias Gleizer, Emiliano Queiróz, Leonardo Villar… Sem falar nos talentos da nova geração: Mariana Ximenes, Reynaldo Gianecchini, Bruno Gagliasso , entre tantos outros que se saíram muito bem na trama.
VILÕES INESQUECÍVEIS
Fotos: Márcio de Souza e Alex Carvalho, TV Globo
Em matéria de maldades, não teve pra ninguém, os vilões de Passione deixaram os mocinhos de cabelos em pé. Clara, Fred, Saulo e Valentina aprontaram muito e vão deixar saudades. Destaque para Reynaldo Gianecchini e Mariana Ximenes, que se saíram muito bem vivendo seus primeiros personagens do mal. Saulo (Werner Schünemann) chegava a ser divertido de tão mau caráter, tanto que muitos lamentaram sua morte. E o que dizer de Daisy Lucidi, intérprete de Valentina? A velha porca provocou a ira dos telespectadores e consagrou a atriz veterana como uma das melhores da novela.
A REDENÇÃO DE GABRIELA DUARTE
Foto: Estevam Avellar, TV Globo
Gabriela Duarte roubou a cena e nos fez esquecer da chatinha Eduarda, de Por Amor. Na pele de Jéssica, ela foi uma bela surpresa e deu uma apimentada no triângulo amoroso mais confuso da novela.
AS PAISAGENS
Foto: Márcio de Souza, TV Globo
As belas paisagens da Toscana serviram de pano de fundo para o início da trama. Enquanto Totó (Tony Ramos) e sua família moravam na Itália, os telespectadores se deliciavam com as imagens deslumbrantes do lugar.
O PIOR
MUITOS MISTÉRIOS, POUCAS RESOLUÇÕES
Foto: Divulgação, TV Globo
O suspense da trama, que deveria prender o telespectador, teve efeito contrário. O excesso de mistérios não solucionados e mortes inexplicáveis só serviram pra confundir, dando a impressão de que Sílvio de Abreu perdeu o fio da meada no decorrer dos meses. Torcemos para que as resoluções não sejam tão mirabolantes nos últimos capítulos.
A BIGAMIA QUE CAIU NA MONOTONIA
Foto: João Miguel Júnior, TV Globo
O que era para ser a parte mais cômica da novela acabou virando uma chatice. A bigamia de Berilo (Bruno Gagliasso), dividido entre o amor de Agostina (Leandra Leal) e Jéssica (Gabriela Duarte), começou bem, mas com o tempo ninguém mais aguentava tantas confusões. Tudo indica que o italiano acabará a novela com suas duas mulheres, em um desfecho previsível, mas pouco convincente.
DIANA E MAURO, O CASAL SEM QUÍMICA
Foto: Marcio Nunes, TV Globo
Diana (Carolina Dieckmann) deveria ser a mocinha, mas acabou se tornando a personagem mais odiada da novela. O romance com Mauro (Rodrigo Lombardi) não convenceu, já que os dois não tinham a menor química. Pra piorar a situação, quando já estávamos acostumando com a chatice da jornalista, o autor resolveu que ela morreria no parto da filha. Diana se foi e não deixou saudades.
O SEGREDO DE GERSON
Foto: João Miguel Júnior, TV Globo
O tão anunciado segredo de Gerson (Marcello Antony) foi uma verdadeira decepção. O que poderia ser uma grande polêmica virou uma bobagem sem tamanho e até agora ninguém entendeu ao certo qual é a tara do piloto. Alguém me explica?
PERSONAGENS DISPENSÁVEIS
Fotos: Estevam Avellar e Zé Paulo Cardeal, TV Globo
Alguns personagens não fariam falta nenhuma na trama. Seja pela interpretação nada convincente dos atores ou simplesmente porque o papel não favorecia, eis aqueles que poderiam ter sumido do mapa sem que ninguém percebesse: Mimi (Marcelo Médici), Sinval (Kayky Brito), Lorena (Tammy Di Calafiori) e Adamo (Germano Pereira).
SALDO FINAL: Entre mortos e feridos (literalmente), Passione foi uma boa novela. O enredo era interessante, o elenco de primeira, mas definitivamente não é a melhor trama de Sílvio de Abreu. O autor já teve momentos melhores, como A Próxima Vítima e Belíssima. Outros piores, como As Filhas da Mãe e Torre de Babel. Passione não foi um sucesso estrondoso, mas conseguiu prender a atenção de boa parte do público.
E vocês, o que acharam de Passione?