Noveleiros

Uma das cenas mais clássicas da teledramaturgia voltará a ser exibida, desta vez em nova versão em com muito mais efeitos especiais.

Em 1976, Saramandaia surpreendeu com seu realismo fantástico e personagens bizarros. Lobisomem, coronel que colocava formigas pelo nariz e homem com asas eram alguns dos tipos que povoavam Bole-Bole. Mas com certeza a mais lembrada é Dona Redonda, na época vivida por Wilza Carla. A gorducha que explodiu de tanto comer foi um marco na TV brasileira.

Agora, quase 40 anos depois, Saramandaia voltou ao ar repaginada. Os personagens clássicos estão na nova versão, que conta também com histórias novas e atualizadas. Mas as cenas clássicas não podem faltar…

A explosão de Dona Redonda, desta vez interpretada por Vera Holtz, já foi gravada e será exibida no início de setembro. Com muitos efeitos especiais e alta tecnologia, a personagem explode no meio da rua, sob os olhares estupefatos dos moradores. Imperdível!

Depois de todas as humilhações que sofreu, Félix (Mateus Solano) promete dar o troco no próprio pai. César (Antonio Fagundes) que se cuide, o que não faltam são pessoas querendo vingança contra ele.

O médico descobre o envolvimento de Félix nos contratos superfaturados e resolve afastar o filho do Hospital San Magno. Inconformado, o rapaz desabafa com Glauce (Leona Cavalli):

- Eu fiz o que ele queria, Glauce. Trouxe a Edith de volta para casa, prometi uma fortuna para ela. Para quê? Para ele me afastar do hospital na primeira oportunidade. Ele diz que é provisório.

- Mas já colocou o Eron no seu lugar. Você acha que ele vai deixar o cargo depois? Félix, o seu pai já te botou para fora, você não volta - argumenta a médica.

- Eu sei, por isso eu preciso reagir. Eu é que preciso botar o meu pai para fora do hospital.

Com a ajuda de Glauce, Félix procura Sílvia (Carol Castro) para saber mais sobre um possível divórcio de seus pais. Segundo a colunista Patrícia Kogut, ele questiona qual seria a parte de Pilar (Susana Vieira) no caso de separação.

A advogada explica que Pilar teria direito a metade da fortuna do marido. Radiante, Félix já planeja provocar a separação dos pais. Ele sabe que César tem um caso com Aline (Vanessa Giácomo) e pensa em usar essa poderosa informação a seu favor.

Vamos combinar que César está merecendo uma lição, não acham? Depois de tudo o que aprontou, o médico deveria perder tudo, seja para Pilar, Félix ou Aline. Não importa quem o deixará na miséria, o importante é ver o canalha na pior.

Se os jovens protagonistas de Flor do Caribe não empolgaram o público, os veteranos estão roubando todas as cenas. Em uma novela morna e com um núcleo principal fraco, é a experiência que tem feito toda a diferença.

Enquanto a mocinha Ester (Grazi Massafera) sofre nas mãos do ex-marido Alberto (Igor Rickli) e não consegue ficar em paz ao lado de Cassiano (Henri Castelli), são as tramas paralelas que acabam ganhando espaço.

A história dos sobreviventes da Segunda Guerra que enfrentam os fantasmas do passado ao se depararem com um carrasco nazista parecia forte demais para o horário, mas Walther Negrão acertou na abordagem e, principalmente, na escolha dos atores.

Juca de Oliveira é um show à parte como o judeu Samuel, um homem atormentado pela dor de ter perdido os pais durante o Holocausto. Muitos anos depois, ele acaba descobrindo que Dionísio Albuquerque (Sérgio Mamberti), avô de seu genro, é o monstro que entregou sua família para os nazistas.

Na reta final, o cerco contra o velho nazista está se fechando, já que Samuel, Ester e seus amigos estão conseguindo reunir provas contra o vilão. A história ficou ainda melhor com a chegada de Elias Gleizer como o cigano Manolo, outro sobrevivente dos horrores da Guerra.

Nessa altura dos acontecimentos, ninguém mais se importa se a mocinha e o mocinho ficarão juntos e felizes ou se o pilantra Alberto será castigado. O que empolga mesmo é a investigação sobre o passado de Dionísio e a torcida para que o carrasco pague pelos crimes que cometeu.