Além do Horizonte mal estreou,mas já anda confundindo a cabeça de muita gente. Com uma mistura do seriado “Lost” com o filme “A Vila”, a trama dos estreantes Marcos Bernstein e Carlos Gregório é um verdadeiro emaranhado de coisas sem sentido.
Por isso, hoje vamos relembrar outras novelas que também pecaram pela falta de noção. Esqueçam novelas como Saramandaia, A Indomada e Fera Ferida, essas se enquadram na categoria “realismo fantástico”, são focadas no absurdo e é justamente essa a graça. Estamos falando de tramas ditas “reais”, mas com muita coisa mal-explicada. Robôs, dinossauros, viagem no tempo, já tivemos de tudo na telinha. Confiram:
MORDE & ASSOPRA
Não reclamem de Amor à Vida, Walcyr Carrasco já criou coisa bem pior. Em Morde & Assopra (a bizarrice começa no título), uma mulher-robô e uma caçadora de dinossauros eram as protagonistas da história. Flávia Alessandra viveu Naomi, uma androide criada à imagem e semelhança da mulher de Ícaro (Mateus Solano), que ele achava estar morta. Júlia (Adriana Esteves) era uma paleontóloga corajosa, que mantinha uma tumultuada relação com o caipira Abner (Marcos Pasquim).
O pior do pior: Difícil de escolher… Eu ia citar a parte em que Naomi revela no meio do julgamento que é um robô, com direito a demonstração de seus circuitos e placas. Mas aí lembrei que no último capítulo Júlia encontrou dinossauros de verdade em um mundo paralelo, escondido no fundo de uma caverna. Oi?
KUBANACAN
Em Kubanacan, um país fictício governado pelo tirano General Camacho (Humberto Martins), coisas estranhas aconteciam, como o caso do homem que caiu do céu e foi salvo pela caliente Marisol (Danielle Winits). O mistério de Esteban (Marcos Pasquim) só foi revelado no último capítulo: ele era sobrinho de si mesmo e havia voltado do futuro para salvar o passado e…me perdi! Tá, confesso que até hoje eu não entendi nada dessa história. Confesso que eu era fã, mas fiquei tão indignada com o final que na época mandei um e-mail pra Globo pedindo esclarecimentos. Eles até tiveram boa vontade de tentar explicar, mas fiquei na mesma.
O pior do pior: Esteban às vezes virava o “Dark Esteban”, sua personalidade do mal. Mas também existia o “Pink Esteban”, sua versão biba. E o verdadeiro Esteban, que não tenho ideia de qual era…
NEGÓCIO DA CHINA
Parabéns pro Miguel Falabella, que conseguiu juntar a máfia chinesa com o subúrbio carioca, não me perguntem como. Foi tão ruim, mas tão ruim, que só me lembro que os chineses estavam à procura de um tal pendrive.
O pior do pior: A saída de Fábio Assunção forçou mudanças na história, já que ele era o protagonista ao lado de Grazi Massafera. Assim, a mocinha Lívia acabou a novela nos braços do português João, o que acabou sendo uma boa ideia.
TEMPOS MODERNOS
Nem mesmo atores consagrados estão livres de embarcarem em uma canoa furada. Antonio Fagundes teve o azar de protagonizar Tempos Modernos, um fracasso de público e crítica. Na trama de Bosco Brasil, ele era Leal Cordeiro, um magnata que se orgulhava de ter construído o gigantesco edifício Titã. Leal conversava com o robô Frank, um festival de vergonha alheia.
O pior do pior: Alguém me explica se a vilã Deodora era um robô criado por Otto (Marcos Caruso)? Até agora tenho pesadelos com essa dúvida cruel…
AS FILHAS DA MÃE
Quem diria que uma novela criada por Sílvio de Abreu, com nomes como Tony Ramos, Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco no elenco, poderia ser algo tão sem noção? Pois foi o que aconteceu com A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim do Éden (sim, esse era o nome completo da obra-prima).
O pior do pior: Contar a história em forma de rap foi uma péssima ideia…