Noveleiros

Luciano Vicioni, TV Globo

A área de Entretenimento da Globo passará por grandes mudanças nos próximos meses. A emissora anunciou que terá diretores responsáveis por cada tipo de atração: Silvio de Abreu comandará as novelas, Guel Arraes assume o comando dos seriados, Boninho cuida dos programas diários de variedades, incluindo reality shows e Ricardo Waddington fica responsável pela programação do final de semana.

Com Silvio de Abreu à frente da teledramaturgia, algumas regras serão impostas para as próximas novelas. Segundo o colunista Maurício Stycer, a principal delas é o fim das “invencionices”:

- Eu acho que novela tem que voltar a ser novela. Essa história de fazer novela para ficar parecida com seriado, não dá certo – ressalta o autor.

Ou seja, é um recado claro para as últimas produções que fracassaram no horário das 19h, como Além do Horizonte e Geração Brasil. Cheias de inovações, as tramas não decolaram e acabaram confundindo a cabeça do grande público. Já o clássico “novelão”, como Boogie Oogie e Império, ganha cada vez mais força.

Silvio não poupou críticas nem a Meu Pedacinho de Chão, sucesso entre os críticos, mas com pouca repercussão diante do público:

- Não sei se funcionou. A novela foi prestigiada, um trabalho muito bem feito, mas não era o que o público espera de uma novela, por isso é uma experiência.

Como explicar, então, o fracasso do último trabalho de Silvio de Abreu, o remake de Guerra dos Sexos. Ele tenta justificar:

- A novela não caiu nas graças do público porque foi muito mal lançada, em uma época ruim. Em vez de estrear 19h30 estreou 18h45, em cima do horário político e no horário de verão. Nem ‘Romeu e Julieta’ de Shakespeare da primeira vez ia dar certo.

Silvio de Abreu será responsável por aprovar as sinopses das próximas novelas, além de decidir sobre elenco, direção e horário de cada uma delas.

Experiente, Silvio de Abreu deve saber o que está fazendo, mas não concordo com a proibição de novelas mais inovadoras. Fracassos existem, mas é preciso tentar para saber se vai dar certo. E vocês, o que pensam disso?

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O capítulo 100 das novelas da Globo, principalmente nas do horário nobre, costuma ser um marco. Não que aconteça algo de muito bombástico, é apenas um marco temporal, um momento que merece uma programação toda especial nos sites das respectivas tramas, com retrospectivas, enquetes e vídeos lembrando o que aconteceu até ali.

Acontecimentos bombásticos mesmo, só tivemos em Avenida Brasil, as outras tiveram capítulos muito mais significativos do que o fatídico “100″.

Império não foge à regra e nesta quinta-feira chega ao centésimo episódio. Aguinaldo Silva prometeu que de agora em diante muita coisa deve acontecer, mas a grande reviravolta só vai ficar para a metade de dezembro.

Divulgação, TV Globo

Enquanto isso, que tal relembrarmos o que aconteceu no “capítulo 100″ das novelas anteriores?

Em Família foi morna e, felizmente, teve pouco mais de 100 capítulos. No centésimo, a cena mais “emocionante” foi Laerte (Gabriel Braga Nunes) pedindo Luiza (Bruna Marquezine) em casamento.

Divulgação, TV Globo

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Um pedido de casamento também marcou o capítulo 100 de Amor à Vida. Paloma (Paolla Oliveira) se declarou a Bruno (Malvino Salvador), depois que o casal passou por vários momentos difíceis. O sequestro de Paulinha (Klara Castanho), a prisão da mocinha, seguida de uma internação psiquiátrica até, finalmente, ser resgatada pelo amado. Aliviados com o fim do pesadelo, o casal começou a fazer planos de casamento.

Divulgação, TV Globo

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Em Salve Jorge, Morena (Nanda Costa) descobriu que estava grávida de Téo (Rodrigo Lombardi). A partir daí, a mocinha barraqueira começou a pensar em um jeito de escapar dos traficantes na Turquia.

Divulgação, TV Globo

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O capítulo 100 de Avenida Brasil foi o único que realmente tirou o fôlego dos telespectadores. Aliás, depois disso aconteceram muitos momentos eletrizantes na novela. Mas foi no dia 19 de julho de 2012 que Carminha (Adriana Esteves) descobriu que Nina (Débora Falabella) era na verdade sua ex-enteada, Ritinha. Foi nesse dia que teve início o jogo de gato e rato entre as duas, que durou até o último capítulo.

Divulgação, TV Globo

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No centésimo capítulo de Fina Estampa, Griselda (Lilia Cabral) e René (Dalton Vigh) tiveram sua primeira noite de amor. E…foi só isso mesmo.

Divulgação, TV Globo

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Promessas de vingança marcaram o capítulo 100 de Insensato Coração. Após ser presa por culpa de Léo (Gabriel Braga Nunes), Norma (Gloria Pires) jurou que daria o troco no pilantra.

Divulgação, TV Globo

>>> Relembre o que já publicamos sobre Insensato Coração

Os grandes momentos de Passione aconteceram um pouco antes do capítulo 100, quando Clara (Mariana Ximenes) foi desmascarada por Totó (Tony Ramos). No 100, a vilã já estava na cadeia, enquanto o italiano expulsava Fred (Reynaldo Gianecchini) da empresa.

Divulgação, TV Globo

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Fotos: Divulgação, TV Globo

No imaginário dos autores de novelas, pode tudo. Graças ao poder da ficção, a magia acontece diante dos olhos do telespectador, por isso é comum que seres sobrenaturais apareçam nas tramas. Já que hoje é Dia das Bruxas, que tal relembrarmos os tipos mais assustadores que já passaram pela teledramaturgia?

1 – VAMPIROS

É claro que eles não poderiam faltar. Em 1991, Vamp virou mania nacional, mostrando uma cidade povoada pelos dentucinhos. O Conde Vlad (Ney Latorraca) e a roqueira Natasha (Claudia Ohana) fizeram muitas vítimas em Armação dos Anjos, mas não contavam com a astúcia dos caçadores de vampiros que também povoavam o lugar. Dez anos depois, o autor Antonio Calmon bem que tentou relançar a moda vampiresca, mas O Beijo do Vampiro não foi um sucesso tão estrondoso quando se esperava. Mesmo assim, valeu pela atuação da dupla Mina (Claudia Raia) e Bóris (Tarcísio Meira).

2 – LOBISOMENS

Dias Gomes foi o primeiro a mostra o homem que virava lobo nas noites de lua cheia, em Saramandaia. A primeira versão da novela tinha Ary Fontoura como o misterioso Professor Aristóbulo, mas por falta de efeitos especiais na época, a transformação pouco foi mostrada. Em 2013, com o remake, foi possível abusar da tecnologia, desta vez com Gabriel Braga Nunes virando um monstro e assustando os moradores. Outro lobisomem famoso apareceu em Roque Santeiro, com Ruy Rezende no temido personagem.

3 – MORTOS-VIVOS

Bem antes do sucesso da série americana The Walking Dead, os mortos-vivos já davam as caras na televisão brasileira. Baseada na obra de Erico Verissimo, a minissérie Incidente em Antares trazia um grupo de defuntos que voltavam à vida por conta de uma greve. Nos papéis macabros, tínhamos Fernanda Montenegro, Paulo Betti, Gianfrancesco Guarnieri, Marília Pêra, Ruy Rezende, Elias Gleizer e Diogo Vilela.

4 – BRUXAS

Em Eterna Magia, a bruxinha do bem Nina (Maria Flor) enfrentava a poderosa e malvada Zilda (Cassia Kis Magro). A história era interessante, mas a trama não foi bem recebida pelo público, justamente por causa do excesso de…bruxaria.

5 – ESPÍRITOS

Fantasmas, sejam camaradas ou maléficos, já apareceram aos montes nas novelas. Como representante da “categoria”, temos o terrível Alexandre (Guilherme Fontes), de A Viagem. Depois de passar para “o lado de lá”, o vilão não se conformou e continuou atormentando os vivos. Foi só com a morte de sua irmã, Diná (Christiane Torloni), que o espírito do mal se aquietou e foi em busca da paz eterna.

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Os personagens mais assustadores da telinha

Divulgação, TV Globo

Longe da telinha desde Araguaia, em 2010, Lima Duarte espera por um bom convite para voltar a atuar. Aos 84 anos, ele revelou em entrevista ao Uol por que não apareceu mais na televisão.

O ator conta que sua experiência acaba assustando os colegas:

- É muito difícil para eu trabalhar. Acho que os diretores e autores têm muito medo de mim, porque sei muita coisa. Vi muita coisa, fiz muita coisa. Quando estou dentro do estúdio, fico fingindo que não sei.

Lima Duarte faz parte da história da televisão brasileira, já que esteve presente na inauguração da primeira emissora, em 1950. É um dos poucos que sobrou para contar tudo o que viu naquela época.

- Entendo que são outras demandas, outros interesses… E os meus interesses também mudaram, me interesso por outras coisas. Só querem números, experiência não conta - desabafa.

Nos últimos anos, Lima chegou a ser cogitado para participar de Salve Jorge e Meu Pedacinho de Chão, mas as negociações não foram adiante. Ele deveria estar no elenco de Boogie Oogie ao lado de Regina Duarte, mas com a recusa da amiga, também optou por não fazer a novela. No lugar deles, foram escalados Francisco Cuoco e Betty Faria, outro par romântico clássico da teledramaturgia brasileira.

Sábio, Lima Duarte deixa bem claro que não pretende aceitar qualquer papel:

- Tudo que faço agora dá impressão que é a última coisa que vou fazer na vida, então quero que seja algo especial. Não vou fazer o galã da Isis Valverde, da Bruna Marquezine. Não dá.

É uma pena que nomes como Lima Duarte fiquem esquecidos e sem bons papéis na televisão. O talento deve ser valorizado enquanto é tempo, depois não adianta fazer homenagem póstuma…

Desde que as primeiras novelas foram ao ar, décadas atrás, o público adora copiar a roupa, a maquiagem, os objetos e outros acessórios exibidos na telinha. Atualmente, Império, Boogie Oogie e Geração Brasil servem de inspiração para quem curte copiar o estilo de seus personagens favoritos.

Confira quais são os objetos de desejo do público:

O estilo romântico e meio hippie de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) chamou a atenção dos noveleiros. O vestido branco com bordados coloridos foi o mais pedido do mês de setembro.

Divulgação, TV Globo

Maria Clara (Andreia Horta) arrasou na festa da Império das Joias, mas o que se destacou nessa produção toda foi o batom da moça, um vinho bem escuro.

Divulgação, TV Globo

Pra quem deseja uma mudança radical, os cabelos vermelhos de Du (Josie Pessoa) são uma boa pedida.

Divulgação, TV Globo

Ele é venenoso, mas também é fashion! Os óculos de Téo Pereira (Paulo Betti) caíram no gosto do público.

Divulgação, TV Globo

Os anos 70 voltaram com tudo, graças a Boogie Oogie. Não é uma graça o estilo da Sandra (Isis Valverde)?

Divulgação, TV Globo

Em Geração Brasil, é a poderosa Pamela Parker (Cláudia Abreu) quem dita a moda.

Divulgação, TV Globo

E aí, qual estilo de novela você copiaria?

AgNews

Império é um novelão como há muito tempo não se via na Globo. Mas tão divertido quanto acompanhar a atual novela das 21h, é seguir o autor Aguinaldo Silva no Twitter. Irônico e sempre com uma resposta na ponta da língua, ele aproveita a rede social para rebater críticas, comemorar o sucesso da novela e, é claro, alfinetar os eternos rivais.

A rivalidade com Walcyr Carrasco já é famosa no mundo artístico. Os dois eram muito amigos, até que Aguinaldo acusou Walcyr de “roubar” sua ideia da “mãe humilde que sofre com a ambição do filho”. Histórias bem semelhantes foram mostradas em Morde & Assopra, com Cássia Kis Magro e Klebber Toledo, e em Fina Estampa, representada por Lilia Cabral e Caio Castro. É difícil de saber qual dos dois autores pensou na história primeiro, até porque não existem tramas 100% originais.

Mas voltando ao embate Aguinaldo x Walcyr, o autor de Império resolveu se defender no Twitter, após muita gente reclamar da família de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa). Na novela, a ruivinha é explorada pelos pais Severo (Tato Gabus Mendes) e Magnólia (Zezé Polessa), além de também bancar o irmão folgado, Robertão (Rômulo Neto).

“Magnólia e Severo deviam ter jogado Isis e Robertão na lixeira quando nasceram. Aí todo mundo ia achar engraçadíssimo!”

Para bom entendedor, não é preciso citar nomes. É claro que Aguinaldo Silva está falando sobre Amor à Vida, novela de Walcyr Carrasco, que logo no início mostrava Félix (Mateus Solano) jogando a sobrinha em uma caçamba.

Nessa briga de cachorros grandes, quem vocês preferem? Walcyr Carrasco foi responsável por grandes sucessos das 18h, como Alma Gêmea e Chocolate com Pimenta, mas derrapou ao chegar no horário nobre, com Amor à Vida. Já Aguinaldo Silva, que sempre escreveu para o horário das 21h, tem no currículo alguns dos maiores sucessos de todos os tempos, como Senhora do Destino e A Indomada. Ainda acho que as piores novelas de Aguinaldo são muito superiores às melhores novelas de Walcyr. Pronto, falei.

Zé Paulo Cardeal, TV Globo

Longe da telinha desde que viveu o mocinho Cassiano em Flor do Caribe, Henri Castelli já acertou sua volta às novelas em 2015. Só não se sabe ainda em qual produção, já que o galã vem sendo disputado a tapa pelos próximos autores.

Henri está cotado para Lady Marizete, novela das 19h que sucederá Alto Astral, que por sua vez é a substituta de Geração Brasil. Ufa, as escalações estão cada vez mais adiantadas, né?

Porém, segundo o Uol, os belos olhos azuis de Henri Castelli podem abrilhantar a próxima novela de Lícia Manzo. A autora de A Vida da Gente deve escrever Sete Vidas, trama das seis que substituirá Boogie Oogie no início do ano.

Até que fique decidido qual será a próxima novela do bonitão, podemos matar as saudades no Vale a Pena Ver de Novo, já que ele está no ar como o vilão Estevão em Cobras & Lagartos. Aliás, ele também esteve em Caras & Bocas, a novela que foi reprisada anteriormente.

AgNews

Ontem à noite ocorreu mais uma edição do Prêmio Contigo de Televisão, uma das premiações mais importantes para os profissionais da telinha.

O mais curioso (mas previsível) foi o fato de Em Família não ter levado nenhum prêmio. A grande vencedora da noite foi Amor à Vida, que ganhou quase todos os troféus.

Injustiça com Manoel Carlos e com os atores de Em Família? Claro que não. O fato de ter sido esquecida em uma premiação tão importante só confirma que a novela foi um dos maiores fracassos dos últimos tempos. Por melhor que fosse o elenco, a história fraca não deixou ninguém se destacar.

Amor à Vida, apesar dos muitos defeitos, pelo menos movimentou mais o público, principalmente devido à atuação de Mateus Solano e seu inesquecível Félix. Adivinhem quem levou o prêmio de melhor ator ontem à noite?

Bom, vamos aos ganhadores e minhas opiniões (favoráveis ou não) do Prêmio Contigo de TV:

MELHOR NOVELA: Amor à Vida
Talvez não tenha sido a melhor, mas sim a “menos pior”. Pela qualidade da história, eu votaria em Joia Rara ou Meu Pedacinho de Chão.

AgNews

MELHOR DIRETOR: Luiz Fernando Carvalho, por Meu Pedacinho de Chão.
Merecidíssimo. A novela é mesmo de encher os olhos e encanta o público.

MELHOR ATOR: Mateus Solano
Impossível pensar em outro nome, troféu mais do que merecido.

AgNews

MELHOR ATRIZ: Vanessa Giácomo
Justo. A morena arrasou como a fria Aline em Amor à Vida.

AgNews

MELHOR ATOR COADJUVANTE: Thiago Fragoso
Já que Mateus Solano foi o melhor ator, nada mais justo do que seu par romântico também fosse premiado. Se houvesse o prêmio de “melhor casal”, também seria deles.

AgNews

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Elizabeth Savalla
Ótima escolha, a ex-Chacrete Márcia roubou todas as cenas.

Divulgação, TV Globo

MELHOR ATRIZ INFANTIL: Mel Maia
Destaque em Avenida Brasil, a fofíssima surpreendeu mais uma vez em Joia Rara. Eu destacaria ainda Geytsa Garcia, a Pituquinha de Meu Pedacinho de Chão.

AgNews

MELHOR ATOR MIRIM: Tomás Sampaio
O Serelepe de Meu Pedacinho de Chão mostra que tem talento de gente grande.

AgNews

MELHOR ATOR DE SÉRIE: Cauã Reymond
Ele também participou de O Caçador, mas foi em Amores Roubados que arrasou como o sedutor Leandro.

AgNews

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE: Dira Paes e Fernanda Montenegro
Dira foi premiada por seu trabalho em Amores Roubados, mas a premiação também consagrou o talento indiscutível de Fernanda Montenegro, a Dona Picucha de Doce de Mãe.

AgNews

Revelação: Tatá Werneck
A Valdirene de Amor à Vida foi o grande destaque do ano, mas eu escolheria também Paula Barbosa e Irandhir Santos, ótimos em Meu Pedacinho de Chão.

AgNews

Melhor minissérie ou série: Amores Roubados
Boa produção, mas minha favorita foi Doce de Mãe, simples e tocante.

AgNews

Prêmio Mulheres Extraordinárias: Dira Paes

AgNews

Homenageada da noite: Nathalia Timberg

AgNews

Zé Paulo Cardeal, TV Globo

Podemos dizer com certeza que, nos últimos anos, as novelas da Globo passam por uma grave crise. Salvo uma ou outra exceção, como Avenida Brasil e Cheias de Charme, a audiência média das tramas tem ficado abaixo do esperado.

O que fazer, então, para salvar a teledramaturgia global?

De acordo com o colunista Flávio Ricco, a emissora resolveu criar um núcleo específico para analisar o problema. Sob o comando de Sílvio de Abreu, o grupo será responsável por decidir sobre os autores, elenco, direção, temas abordados, cronograma de gravações e duração das futuras novelas.

A estratégia é mais do que válida e Sílvio é um nome de peso para o cargo. O remake de Guerra dos Sexos foi uma tragédia, mas como eu já disse aqui, não podemos julgar o autor por uma ou outra novela mal-sucedida, mas sim avaliar o conjunto da obra. E o autor de histórias tão distintas como A Próxima Vítima, Passione e Belíssima sabe bem onde errou e onde acertou.

Camila Camacho, TV Globo

Enquanto novos talentos são lançados na Globo a cada novela, algumas “pratas da casa” acabam sendo esquecidas e chegam a ficar anos sem um bom convite para voltar ao trabalho.

É o caso de Regina Duarte, que estava longe das novelas desde o remake de O Astro, em 2011. De volta em uma participação especial na primeira fase de Império, a atriz nos fez lembrar como é bom vê-la em cena.

Intérprete de tipos memoráveis como a Viúva Porcina, a sofrida Raquel de Vale Tudo e três grandes Helenas de Manoel Carlos (História de Amor, Por Amor e Páginas da Vida), Regina Duarte não recebe um bom papel em novelas há muitos anos. Sim, porque não vamos nem considerar a caricata Clô Ayala de O Astro ou a cômica Valdete no fracasso que foi Três Irmãs…

Em entrevista ao Extra, Regina desabafou sobre a falta de convites para a televisão:

- Estou muito louca para trabalhar, e esperando bons convites. Mas a história do protagonista é relativa. A gente vai descobrindo ao longo da carreira que, mais importante do que ser protagonista, é ter um bom papel, não é verdade? E estou à espera de um bom papel.

A atriz chegou a ser cotada para Boogie Oogie, próxima novela das 18h, mas acabou não sendo escalada.

- Foi um convite que não se formalizou, divulgado antes que eu pudesse avisar que havia sido liberada para fazer teatro. Foi lamentável, um equívoco.

Um equívoco é ver atores fracos desempenhando papéis de destaque na telinha, enquanto bons profissionais amargam anos na “geladeira”. Aqui no Noveleiros, muita gente lembra com saudades de Joana Fomm, Sônia Braga, Lucélia Santos e outros nomes consagrados décadas atrás, mas que ultimamente não têm sido lembrados pelos autores. É uma pena…