Orelhada

Orelhada dá uma palhinha de Sombras Selvagens, projeto que o fotógrafo joinvilense Renan Bejarano irá expor em novembro no Shopping Mueller. Em produção desde maio, a série carrega ares de ancestralidade e espiritualidade ao tentar retratar o animal que cada pessoa carrega dentro de si. Bejarano entrevistou seus convidados para conhecer melhor suas personalidades e, feitos os registros, trabalhou com luz e sombra e photoshop para conseguir o resultado desejado. Vinte fotos já pintaram nas redes sociais (veja AQUI), mas algumas permanecerão inéditas até a mostra.

O modo como o artista multimídia Marco Giacomelli expressa sua relação com a natureza e, em particular, com a Florianópolis que lhe serve de casa se dá nos detalhes. Ou melhor dizendo, nas investigações do universo fotográfico que aplica nos registros da paisagem ilhoa e que resultam na manifestação visual de seus sentimentos. Tal emoção ele compartilha com os visitantes da exposição Metamorphosis IV, que abre neste sábado (10), às 10 horas, e fica até 10 de setembro no Instituto Juarez Machado, em Joinville. A mostra reúne, pela primeira vez, quatro séries de fotos – que exploram fragmentação e justaposição de imagens -, vídeos e áudios realizadas por Giacomelli ao longo dos últimos três anos.

Uma imagem vale mais do que mil palavras? Às vezes sim, às vezes não. Mas as fotografias que formam a mostra O Mundo é Minha Pátria: a Imigração Haitiana e Senegalesa no Brasil escancaram a dura vida desses dois grupos de imigrantes que deixaram seus países e vieram ao Brasil em busca de chances de um futuro melhor. Os registros são obra dos fotógrafos Diego Vara, Mateus Bruxel e Tadeu Vilani, que acompanharam de perto, desde 2014, o dia a dia dessas pessoas. Em Joinville – destino de muitos haitianos, vale lembrar -, cerca de 20 fotos estão expostas no segundo piso do Shopping Mueller até 9 de setembro, numa ação da Aliança Francesa Joinville e da Embaixada da França de Brasília.

A revista digital Lens Culture, com sede em Paris, colocou a joinvilense Juliana Stamm Faria entre os concorrentes da segunda edição do concurso Lens Culture Street Photography, que agrega todos os tipos de fotos de rua, feitas por profissionais e amadores. Juliana participa com uma série de cinco registros feitos durante uma viagem à Índia, em 2014. O júri – que inclui representantes do jornal The Washing Post e da Agência Magnum – divulgará em aproximadamente um mês os vencedores das duas categorias, que receberão prêmios entre US$ 1 mil e US$ 5 mil. Confira todas as fotos AQUI.

Ainda que trabalhe há seis anos com a Escola do Teatro Bolshoi, somente agora o fotógrafo Chico Maurente colocou na rua sua primeira exposição com o tema dança. Ápice reúne 14 imagens em preto e branco que flagram movimentos técnicos – alguns devera impressionantes – dos bailarinos da Cia. Jovem Bolshoi Brasil, que posaram especialmente para a câmera de Maurente. Engatada na agitação do Festival de Dança, a mostra fica aberta até o dia 30 no Espaço Cultural 1 da escola, com entrada gratuita.

O vidro estilhaçado de uma das janelas do Centreventos Cau Hansen acendeu a imaginação do fotógrafo joinvilense Eduardo Kaminski quando ele subia a rampa, em março. Trinta minutos depois, ele tinha a imagem acima, que a partir destas quarta-feira (20) integra uma exposição fotográfica em Bucareste. A mostra reúne os melhores registros postados no On Spot, um grupo de fotografia de rua do Facebook, que organiza o evento ao lado de um projeto cultural de incentivo à arte da capital romena.

O design, a arte e a produção alternativa pedem passagem mais uma vez em Joinville. Agradeçam ao (IN)Consciente Coletivo, evento que pela nona vez coloca a criação regional na pauta do dia, ou melhor, deste final de semana. Novamente ocupando a praça de eventos do Garten Shopping, o (IN)C contará com 25 expositores do ramo de acessórios, decoração, roupas, bolsas e sapatos. Enquanto dez artistas mostram seus trabalhos, apresentações musicais acontecem entre as 14 e às 18 horas, finalizando no domingo (10) com o músico ilhéu François Muleka. Intervenções, apresentação de capoeira e concurso de fotografia completam o 9º (IN)C, que neste ano trabalha com o tema do consumo consciente e da reciclagem, daí a presença do Projeto Sócio-ambiental Mulheres de Mafra, que gera renda reutilizando resíduos têxteis na produção de crochê e tricô.

O Grupo P.S., formado pelos artistas joinvilenses Priscila dos Anjos e Sérgio Adriano H, foi selecionado para o Tenemos que Ver – Festival Internacional de Cinema e Direitos Humanos, que começou na segunda (20) e vai até sábado (25) em Montevidéu, no Uruguai. A dupla participa de uma mostra fotográfica, que reúne 20 imagens selecionadas de um concurso internacional realizado em março. O registro em questão (acima) faz parte da exposição De Corpo Presente, de 2009.

Alunos do curso de fotografia da Univille espalharão por Joinville o resultado das suas interpretações sobre questões humanas em imagens produzidas na cidade durante o projeto final da graduação. As inspirações foram desde um ícone natural como o Morro do Finder ao protagonismo feminino na área rural. Fabiane Rover, por exemplo, optou pelo tema que hoje define a cidade, a dança (foto abaixo). Já Alana da Silva pegou vidros de conserva cheios de óleo vegetal e neles mergulhou fotos de pessoas cujos dramas pretende preservar (acima). A exposições começam oficialmente nesta quinta (16) e vão até o final da semana que vem. Além de vários espaços do campus, as imagens se encontram no Aeroporto, Circolo Italiano, Casa Kruger, Capitão Space, Mercado Municipal e Vegan Café.

Uma fotografia de Alceu Bett foi escolhida para ilustrar o cartaz oficial do Festival de Dança de Joinville deste ano, entre 20 e 30 de julho. A imagem em questão foi feita em 2013, em Lisboa, e retrata a coreografia Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. Por meio das lentes, Bett acompanha o evento há duas décadas, além de ter registrado trabalhos de várias companhias europeias. Fotógrafo profissional, ele também dirigiu dois curtas-metragens – o segundo, O Aquário de Antígona, acaba de estrear. Agora, Bett se junta a outros nomes joinvilenses que tiveram obras estampadas no pôster do Festival de Dança, como Juarez Machado, Moa e Ricardo Kolb.