Não é um título. É uma exclamação! Todas as vezes em que a seleção brasileira olímpica conquistou uma medalha havia um jogador da Dupla pelo menos. Exaltações feitas, constatação negativa: nas quatro oportunidades, o Brasil ficou sem o ouro.
O Pratas da Dupla recuperou quem eram os representantes de Grêmio ou de Inter nos Jogos Olímpicos em que a Seleção ficou com prata ou bronze. Foram quatro oportunidades, de 1952 para cá. Duas pratas consecutivas, em 1984 e 1988, e mais dois bronzes, em 1996 e 2008.
Há também casos de jogadores revelados ou com passagem marcante pela Dupla, mas que não representavam os clubes à época da competição. Veja, então, a história de cada um dos jogos e os representantes:
1984, Los Angeles: Luís Carlos Winck (Inter), Dunga (Inter), Ademir (Inter), Gilmar Rinaldi (Inter), Silvinho (Inter), Kita (Inter), Mauro Galvão (Inter), André Luis (Inter), Milton Cruz (Inter), Pinga (Inter), Tonho (Grêmio/Aimoré) e Paulo Santos (Inter)
Sele-Inter. O Brasil não formou uma seleção para disputar esses Jogos, e optou em indicar uma equipe para representá-lo. Como o Fluminense disputava o Campeonato Brasileiro (conquistado por ele), o técnico Jair Picerni entrou em contato com a direção colorada e conseguiu a liberação de 11 jogadores. Ou seja, todos os titulares. A Seleção ainda foi reforçada por outros seis jogadores de outros times, mas a base vermelha garantiu o apelido de Sele-Inter àquela equipe. O caso no mínimo irônico é o de Tonho Gil. Revelado pelo Inter, fez parte do elenco campeão mundial pelo Grêmio no ano anterior. Em 1984, porém, trocou o Tricolor pelo Aimoré.
O Brasil perdeu na final por 2 a 0 para a França.
1988, Seul: Taffarel (Inter), Luís Carlos Winck (Inter), Valdo (Grêmio) e Aloísio (Inter)
O time começava por uma revelação colorada: o goleiro Taffarel. O lateral Luís Carlos Winck disputava a posição com Jorginho, titular na campanha do tetra. Valdo era a estrela gremista, indo às duas Copas do Mundo seguintes. O caso curioso fica por conta de Aloísio. Chamou a atenção de Johan Cuyiff e foi contratado pelo Barcelona. O Inter, porém, só liberou-o depois dos Jogos.
Mesmo com Romário no ataque e Taffa pegando pênaltis, o Brasil caiu na final, na prorrogação, contra a União Soviética, por 2 a 1.
1996, Atlanta: Danrlei (Grêmio)
Era para ser os Jogos Olímpicos de Ronaldo. Bebeto reforçava o ataque. E Danrlei guardava banco para Dida. Mesmo jovem, foi convocado com Copa do Brasil e Libertadores no armário e, meses depois, conquistaria também o Brasileirão.
O Brasil caiu na semifinal para a Nigéria e ficou com o bronze após derrotar Portugal.
2008, Pequim: Renan (Inter)
A Seleção dos ex-Dupla. O Grêmio revelou Anderson e Lucas, mas que já jogavam em Manchester e Liverpool. O Inter lançou Rafael Sóbis, mas que estava no Bétis. O único representante era mesmo o goleiro Renan.
Na semifinal, ele sofreu com a Argentina de Riquelme, Aguero e Messi. O Brasil perdeu por 3 a 0. O bronze veio contra a Bélgica.
Desempenho da Seleção masculina em Jogos Olímpicos:
- 1952: 5º colocado
- 1960: 6º colocado
- 1964: 9º colocado
- 1968: 10º colocado
- 1972: 13º colocado
- 1976: 4º lugar
- 1980: Não se classificou
- 1984: Prata
- 1988: Prata
- 1992: Não se classificou
- 1996: Bronze
- 2000: 7º colocado
- 2004: Não se classificou
- 2008: Bronze
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