Estreando com algumas semanas de atraso aqui no Preleção Tática, vamos analisar a arma mortal do Internacional desde a chegada do técnico Tite: o contra-ataque.
Com jogadores velozes e inteligentes como Alex, D`Alessandro mas sobretudo Nilmar, a última vítima de um gol desta maneira foi o Chivas Guadalajara, no primeiro gol da derrota de 2×0 pelas semifinais da Copa Sul-Americana 2008.
Reparem que a jogada do gol de Nilmar começa com uma bola dominada por Andrezinho. Este dá um passe curto para Magrão, que puxa o contra-ataque. Imediatamente, Nilmar abre pela esquerda e Alex pela direita, dando uma oportunidade real de receberem o passe, além de abrir a marcação mexicana. Este prefere Nilmar, que recebe com espaço, limpa para dentro e chuta forte, sem chances para Hernández.
Reparem que esta movimentação já está treinada pelo técnico Tite, pois ocorreu em outros jogos. O lance que Andrezinho chuta no travessão é outro momento que um jogador puxa pelo meio e dois abrem na ponta.
Lance igual ao de Yokohama e o gol de Adriano? Exatamente! É um grande `Y` em alta velocidade, envolvendo três jogadores e de frente para o gol do adversário…
Com D`Alessandro, a jogada ocorre muitas vezes com menos velocidade, mas uma aproximação de um volante (até porque o Inter não tem um único jogador de flanco ofensivo), como Magrão e Guiñazu.
Ao invés do “Y” em alta velocidade, vemos triangulações por um dos flancos, com a conclusão de um meia ou de um atacante entrando em diagonal.
Um exemplo disto foi a jogada magistral de D`Alessandro dando um passe perfeito com o gol de Alex, garantindo a vitória colorada de 2×1 sobre o Boca Juniors em La Bombonera. A movimentação varia somente no finalizador: o mesmo que fez o primeiro passe, ou ainda um terceiro jogador, de surpresa.
Outro gol a ilustrar esta movimentação foi o de Alex sobre o Botafogo no Engenhão: D`Alessandro lança Nilmar, que cruza do fundo para Alex, que fecha no meio e faz o gol.
O gol de Magrão contra o Boca Juniors foi assim (de Magrão para Nilmar, que cruzou de volta para o mesmo Magrão), e o de Alex na vitória de 1×0 sobre o Stuttgart na Copa Dubai foram simplesmente idênticos, mudando apenas o lançador (Guiñazu) e o assistente (Magrão).