Na madrugada de domingo assisti a uma das maiores aberrações recentes do futebol de alto nível mundial: a Fifa permitiu que a Costa Rica recebesse o Uruguai, em repescagem que vale vaga na Copa do Mundo de 2010, em um gramado sintético do tamanho de uma quadra de futebol society. A Costa Rica partiu da premissa da Copa Davis, de tênis: o mandante escolhe o piso. Só faltava pedir para jogar no saibro…
Mas, apesar da incapacidade física de se jogar futebol – pelas dimensões e pela qualidade do piso – ainda é possível se fazer uma análise tática dos visitantes, que venceram por 1 a 0. O Uruguai manteve-se fiel ao seu 3-5-2 com o qual atuou na maior parte das Eliminatórias Sul-Americanas. E com a ajuda das restrições de espaço, responsáveis por encobrir as deficiências deste sistema na distribuição dos jogadores.
No 3-5-2, o Uruguai variou bem as jogadas pelos dois lados. Na esquerda, com a combinação entre o atacante Forlán e o ala A.Pereira. Destro, Forlán jogou do lado para o meio, trazendo a marcação e abrindo o corredor para a passagem de A.Pereira. Já na direita, o ala A.González pouco subiu, e o setor foi ocupado pelo atacante Suárez.
À frente dos dois volantes, o articulador foi Lodeiro. O mesmo garoto que lá no início da Copa Libertadores eu apontei aqui no blog Preleção como um dos principais destaques do Nacional, pedindo para a dupla Gre-Nal ficar de olho nele. Pois Lodeiro saiu do Mundial sub-20 direto para o time titular da Celeste. Não brilhou, mas desempenhou bem a função, caindo pelos dois lados, mais na direita – para fazer a diagonal, assim como Forlán.
Quarta-feira, o Uruguai recebe a Costa Rica no Estádio Centenário, onde cabem mais um menos umas quinze quadras de fut-7 iguais à costa-riquenha.
Postado por Eduardo Cecconi