Para mim esta alternativa era quase óbvia, e sobre ela já havia falado no Twitter. Mas para o técnico do Liverpool, Rafa Benítez, o melhor substituto de Fernando Torres no elenco foi descoberto nesta quarta-feira, na vitória de 2 a 0 sobre o Tottenham, pela Premier League.
No 4-3-3 da Holanda, Kuyt joga com a camisa 9. É o centroavante de área quando Nistelrooy não está. Van Persie e Robben jogam pelos lados. Ser centroavante, portanto, não é novidade. Apesar de todas as limitações técnicas dele, Kuyt está ambientado à função. E compensa com a dedicação daqueles artilheiros que costumam fazer gols de qualquer jeito.
No Liverpool, Kuyt é o winger direito. O que se justifica pela presença de Fernando Torres. O espanhol é centroavante diferenciado. Não daria para o holandês rivalizar com ele. Mas, o que não se pode conceber, é Benítez não ver em Kuyt a primeira opção quanto El Niño se lesiona – e isto acontece com frequência. Usar N`gog, por exemplo, mantendo Kuyt na meia-extrema, é um erro estratégio.
O Liverpool tem um bom elenco de wingers. Kuyt não é imprescindível nesta função. Sem Torres, ele pode jogar na área, com o ingresso de Benayoun na direita. Ou então de Degen, como Benítez fez hoje contra o Tottenham. Finalmente! Rafa Benítez acordou para o óbvio, contrariando uma teimosia que acompanho há mais de uma temporada.
Ainda no 4-5-1 em duas linhas, que pode ser desdobrado em 4-4-1-1, o Liverpool não contou com Torres e Gerrard. O treinador levou Kuyt para a área, escalou Degen de winger na direita, Riera na esquerda, e centralizou Aquilani como o enganche – substituindo Gerrard. Fez o óbvio, e venceu bem.
Postado por Eduardo Cecconi