Hoje o Porto venceu o Arsenal por 2 a 1, pela Liga dos Campeões, utilizando-se de um 4-3-3 um pouco diferente daquele que lhe caracterizou na temporada passada. Em 2009, era um sistema clássico de três atacantes, com dois abertos pelos lados (começou com Lisandro López e Cristian Rodríguez, terminou com Varela e Mariano), e um centroavante de referência.
Agora, com Hulk e Falcão García no time – dois centroavantes – o desenho ofensivo do Porto “desalinhou”. Contra o Arsenal, ambos alternaram-se entre quem jogava pela esquerda, e quem centralizava, enquanto Varela permanecia aberto na direita. Essa formação corre o risco de tornar o time capenga para a direita, ou então induzir a articulação a simplificar procurando os dois centroavantes para o pivô na bola longa. Mas, como é o primeiro jogo do Porto que acompanho, essa estratégia pode ter sido de exceção para o confronto com o Arsenal, ou então é realmente o padrão da nova temporada.
Há um certo desalinhamento também no meio-campo. Fernando, primeiro volante, aprofunda mais a marcação pela direita, na comparação com Raúl Meireles na esquerda. Micael, o articulador da equipe nesta espécie de triângulo com base baixa, aproxima-se mais de Varela do que dos centrovantes.
O Porto teve posse de bola pouco inferior à do Arsenal, mesmo jogando em casa. Explicada pela característica do time inglês - buscar o controle da partida trocando passes. Os Gunners também criaram mais oportunidades de gol, ressentindo-se da saída de Adebayor e da lesão de Van Persie, que eram seus artilheiros. Essa é uma tendência para o segundo jogo: Arsenal com posse, jogando no campo adversário; e o Porto, com a vantagem, buscando os contra-ataques pela direita com Varela.