Há dois empecilhos para se fazer uma análise precisa da seleção da Grécia, integrante do Grupo B da Copa do Mundo de 2010. O primeiro é a carência de informações sobre a equipe do técnico alemão Otto Rehhagel – há poucos vídeos com lances de partidas recentes, e raros artigos da imprensa europeia; o segundo é a característica de trabalho do treinador.
Otto Rehhagel é conhecido por adaptar o sistema de suas equipes ao adversário. Portanto, não enfatiza a repetição de uma estrutura tática.
Encontrei uma estatística que aponta o uso do 3-4-3 em cinco de dez jogos da Grécia durante a fase de grupos das Eliminatórias. Mas ele também jogou com linha defensiva de quatro jogadores, em variações do 4-4-2 ou até mesmo do 4-3-3. Portanto, não posso atestar que a formação especulada no diagrama tático seja o padrão.
Ainda conforme este levantamento, o 3-4-3 foi um entre cinco sistemas: ele, mais o 4-4-2, o 4-3-3, o 4-5-1, e o 5-3-2. No sistema que parece ser o preferencial, o trio de zagueiros tem Dellas, Papadopolous e Kyrgiakos; na frente, a parelha se forma com Samaras, Gekas e Charisteas. No meio, atuam por dentro Karagounis e Katsouranis, e pelos lados podem ser Seitaridis, Torosidis, Salpingidis ou Amanatidis. Com linha de quatro, Vyntra e Spiropoulos são os laterais.
No início deste mês, o treinador fez uma pré-convocação de apenas nove jogadores – os estrangeiros. São eles:
Kyrgiakos (ZAG-Liverpool), Moras (ZAG-Bologna), Papastathopoulos (ZAG-Genoa), Samaras (ATA-Celtic), Charisteas (ATA-Nuremberg), Gekas (ATA – Hertha Berlim), Kapetanos (ATA-Steaua Bucareste), Tziolis (VOL-Siena) e Patsatzoglou (VOL-Omonia).