Ano passado escrevi sobre o privilégio que os torcedores espanhois têm, de encontrar na mídia esportiva um qualificado debate tático sobre a seleção. À época, após a conquista da Euro e a excelente campanha nas Eliminatórias, a Fúria havia caído prematuramente na Copa das Confederações. Jornais como El País, Marca e As abriam ao público, com fundamentação e argumentos técnicos, o diálogo sobre duas alternativas: o 4-4-2 em duas linhas, e o 4-2-3-1. Hoje, como podem notar, a Espanha é o assunto da série diária de posts do blog Preleção, sobre a Copa do Mundo de 2010.
Parece-me que, desde então, o técnico Vicente del Bosque escolheu o 4-2-3-1. Pode ter sido uma opção circunstancial devido aos problemas físicos de Fernando Torres. Sem ele, del Bosque centraliza Villa no ataque, e coloca Busquets para jogar. Incompreensivelmente, Fábregas não é a primeira opção nem neste caso, mas esta é a predileção do treinador, e algum motivo ele deve ter para tal.
Neste 4-2-3-1, o ponto forte da Espanha é a qualificação dos meio-campistas. Busquets e Xabi Alonso, prováveis titulares da primeira linha, além da marcação contam com passe qualificado, chute de média distância, e precisão nos lançamentos – principalmente Alonso; à frente deles Xavi, centralizado, organiza a equipe e conta com o assessoramento dos extremos Iniesta e Silva, jogadores habilidosos e rápidos. Um quinteto de apavorar as defesas adversárias quando se aproxima com bola dominada, pelo chão.
A segunda alternativa é o 4-4-2 em duas linhas, com o qual a Espanha se destacou na Euro 08. Torres e Villa à frente de uma linha que pode contar com Silva e Iniesta pelos lados, Xavi e Xabi Alonso por dentro. Perde-se capacidade de marcação, ganha-se em mobilidade e eficiência nas infiltrações:
Forte candidata ao título do Mundial, a Espanha já tem seus 23 jogadores definidos. Confiram:
Goleiros:
Casillas – Real Madrid
Reina – Liverpool (ING)
Víctor Valdés – Barcelona
Defensores:
Albiol – Real Madrid
Arbeloa – Real Madrid
Capdevila – Villarreal
Marchena – Valencia
Piqué – Barcelona
Puyol – Barcelona
Sergio Ramos – Real Madrid
Meio-campistas:
Busquets – Barcelona
Fabregas – Arsenal (ING)
Iniesta – Barcelona
Javi Martínez – Athletic de Bilbao
Xabi Alonso – Real Madrid
Xavi – Barcelona
David Silva – Valencia
Atacantes:
David Villa – Barcelona
Fernando Torres – Liverpool (ING)
Jesús Navas – Sevilla
Llorente – Athletic de Bilbao
Mata – Valencia
Pedro – Barcelona