O 4-5-1 com dois volantes e três meias ofensivos utilizado por Celso Roth na vitória do Inter sobre o Guarani, na última quarta-feira, não é novidade no futebol gaúcho. Outros cinco técnicos da dupla Gre-Nal se utilizaram do 4-2-3-1 nos últimos meses – antes mesmo deste sistema se tornar referência na Copa do Mundo 2010.
O primeiro foi Paulo Autuori, no Grêmio, em novembro de 2009 – leiam aqui. Ele organizou a equipe no 4-5-1 com uma boa linha de meias ofensivos (Souza na direita, Douglas Costa na esquerda, e Tcheco centralizado), jogadores com as características exigidas pelas funções. Mas empatou em casa com o São Paulo em 1 a 1, e dias depois deixou o cargo.
Depois, também no Grêmio e em novembro, Marcelo Rospide manteve a base tática do 4-5-1 – leiam aqui. Foi no empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, no Mineirão. Houve diversas variações táticas, mas a principal decisão de Rospide à época foi encontrar um bom lugar para Maylson na extrema direita da segunda linha.
No mesmo mês – novembro de 2009 – Mário Sérgio utilizou o 4-2-3-1 por mais de uma oportunidade no Inter – leiam aqui. A formação obteve bons resultados, e na soma foi a mais utilizada pelo treinador em sua curta passagem no colorado.
Outro exemplo de 4-5-1 com dois volantes e três meias é o de Jorge Fossati – leiam aqui. O 4-2-3-1 foi a primeira alternativa do ex-técnico do Inter aos três zagueiros. Foi com ele que o Inter empatou em 0 a 0 com o Cerro-URU em Rivera, pela Copa Libertadores.
Silas fecha a lista de cinco treinadores da dupla Gre-Nal que adotaram recentemente o 4-5-1 desdobrado em 4-2-3-1 – leiam aqui. Foi na semifinal da Copa do Brasil, em derrota para o Santos. Aplicou uma estratégia de recuo demasiado das linhas, desabastecendo o único atacante.
Celso Roth é, portanto, o sexto técnico a experimentar o 4-5-1 (ou 4-2-3-1) na dupla Gre-Nal desde novembro do ano passado. Pela curta amostragem, credencia-se a ser o de melhor aplicação da estratégia exigida por esta formação: linhas adiantadas. No 4-5-1 com dois volantes e três meias, é necessário marcar no campo adversário, avançar a defesa e os volantes, para evitar o isolamento do único atacante. O Inter tem treinado desta forma, aplicando a pressão-alta ao 4-2-3-1, e fez isso com sucesso no 3 a 0 sobre o Guarani.