Na comparação com a herança deixada por José Mourinho, a Inter de Milão apresenta modificações na estrutura tática com a chegada de Rafa Benítez. O novo treinador não manteve o desenho utilizado pelo seu antecessor – na comparação possível com a observação do jogo de ontem, quando a Inter venceu a Roma de virada por 3 a 1, conquistando a Supercopa Italiana.
Com José Mourinho a Inter variava entre o 4-3-3 (prioritário) e o 4-4-2 em losango. Rafa Benítez, partindo da base principal, recuou os atacantes, transformou-os em meias-extremos, e configurou o 4-5-1 também chamado de 4-2-3-1. Eto’o e Pandev, que jogavam abertos e próximos a Diego Milito, agora atuam na mesma linha de Sneijder.
Outra mudança é estratégica. Benitez inverteu os lados dos agora meias-extremos. O destro Eto’o jogou pela esquerda, e o canhoto Pandev pela direita. Movimento bastante aplicado ao 4-2-3-1 – o Inter, provável adversário da Inter em Abu Dhabi pela final do Mundial de Clubes, faz isso com Taison e D’Alessandro. Embora a equipe perca a profundidade sem a busca pela linha de fundo, ganha agressividade com as diagonais destes extremos na direção de Diego Milito.
Sneijder segue como o ponta-de-lança central, função que desempenhava nos dois modelos táticos de Mourinho. A dupla de volantes é argentina, com Cambiasso mais à esquerda, e Zanetti à direita. Maicon é o lateral apoiador, explorando o corredor aberto nas diagonais de Pandev, enquanto Chivu sobe em menor escala do lado oposto.
É pequena, entretanto, a amostragem para se determinar que será esta a estrutura tática da Inter durante a temporada.