No segundo tempo da partida final da Copa Libertadores 2010, no Estádio Beira-Rio, a virada do Inter sobre o Chivas Guadalajara passou pela mudança no sistema tático. Celso Roth não se limitou à simples inversão dos meias-extremos – passando Taison para a direita, e D’Alessandro para a esquerda. O treinador colorado também adiantou o argentino camisa 10, transformando D’Alessandro em um segundo atacante, ao lado de Rafael Sobis – lembrem aqui.
E ontem, na vitória sobre o Grêmio Prudente, Celso Roth repetiu a variação tática para o 4-4-2. Consolidando este sistema como a mais forte alternativa ao preferencial 4-5-1 com três meias ofensivos (ou 4-2-3-1). A única mudança, na comparação com o jogo que valeu o bicampeonato da América, está nos nomes envolvidos.
Roth tentou a simples inversão dos extremos para furar o bloquei do Prudente. Giuliano passou para a esquerda, e Rafael Sobis para a direita. Mas esta mudança no posicionamento dos wingers não deu resultado. A equipe seguiu submissa à marcação adversária.
No segundo tempo, Roth manteve Giuliano na direita, e “espetou” Rafael Sobis à frente. Tinga saiu do meio mais para a esquerda. E configurou-se o 4-4-2. Modelo que pode até mesmo assumir o desenho do 4-4-2 britânico, caso Roth veja a necessidade de abrir seus meias e alinhá-los aos volantes. Ou então apenas reposiciona ambos, aproximando-os mais em um formato mais brasileiro, como me pareceu ontem.
Tudo isso sem recorrer ao banco de reservas. Mais uma vantagem da estratégia aplicada ao 4-2-3-1: adaptar atacantes à função extrema da segunda linha de meio-campo permite a variação tática sem queimar substituições.