O passado recente de Maxi López indicava, quando ele chegou ao Grêmio, que seguiria atuando como um atacante finalizador. Não um centroavante de área, muito menos um ponteiro de velocidade. Mas sim um atacante que combinasse alguma movimentação e conclusão. Assim tinha sido no Barcelona, por exemplo, quando atuava como um atacante pela direita, reserva de Giuly, no 4-3-3.
No Grêmio, pela carência de centroavantes à época, Maxi López aos poucos foi “empurrado” para dentro da área. Tornou-se mais que um atacante finalizador. E assumiu, a despeito de características um pouco diferentes, o papel de camisa 9. Algo que por vezes praticou no Mallorca. Tanto no posicionamento centralizado como também na função cumprida – pivô, e conclusões de jogadas aéreas e pelo chão. E começou a fazer gols.
Maxi López foi para o Catania, e lá oficializou a nova profissão: é centroavante. Em 12 jogos – todos como titular – marcou 7 gols. Aprimorou, portanto, uma característica que não lhe era natural: o oportunismo. Está fazendo gols como um legítimo camisa 9, embora vista a 11 no clube italiano.
O Catania joga no 4-3-3, foi assim que empatou ontem em 2 a 2 com o Milan, fora de casa. Maxi López marcou o primeiro gol do jogo, logo no início, assim como já havia deixado um contra a Inter, também em Milão. Ele atua centralizado em um ataque com Mascara pela esquerda, e Izco – mais agudo – na direita. O meio-campo tem triângulo de base alta, com um volante central e dois meias de marcação e articulação – Biagianti, na esquerda, apoia mais, equilibrando o movimento por ambos os lados com o avanço mais incisivo de Izco na direita.