Preleção (Encerrado)

O técnico do Bayern de Munique não entrou em desespero quando perdeu Ribéry expulso ainda no primeiro tempo da partida com o Lyon, hoje, pela Liga dos Campeões da Europa. Pelo contrário. Recorreu a um simples recurso para manter a estrutura tática da equipe alemã, que mesmo sem o meia-atacante francês, venceu por 1 a 0.

O 4-4-2 em duas linhas do Bayern se transformou em um 4-4-1. Louis van Gaal manteve as duas linhas de quatro jogadores, com o reposicionamento do atacante Müller. O jogador, espécie de “curinga” do treinador, deixou a companhia que fazia a Olic, e ocupou a faixa esquerda do meio-campo. Onde estava Ribéry.

No outro lado, Robben seguiu como winger, enquanto Pranjic e Schweinsteiger permaneceram por dentro, sem alteração. O mesmo aconteceu com a linha defensiva: inalterada. E Olic ainda buscou, em determinados momentos, buscar jogo no pivô central, movimento que atrai a marcação e permite aos meias-extremos entrar na área.

No segundo tempo, van Gaal fez alterações que não modificaram o sistema. Primeiro, Tymoschuk substituiu Olic, para jogar como meia marcador. Logo depois ele desfez o recuo, com Mario Gomez no lugar de Pranjic. E encerrou as trocas possíveis já com a vitória parcial de 1 a 0, e faltando pouco tempo, trocando Robben por Altintop.

Na prática, apesar da expulsão, o Bayern não precisou abdicar do jogo. Manteve posse de bola – percentual de 65% – e atacou ordenadamente até conseguir a vitória. Acertou van Gaal em perceber que não era preciso recorrer ao banco de reservas assim que Ribéry foi expulso.

Gosto de reiterar no blog Preleção que jogar com a posse de bola – seja ela objetiva ou paciente – é uma tendência comprovada pela disseminação dos sistemas que agrupam jogadores no meio-campo. Quem tem a bola não pode sofrer gols, pois está com ela; e ainda mantém-se na iminência de marcar, buscando espaços. É a estratégia que mais me agrada. Jogar com a bola, marcar com a bola, adiantar-se, tirar espaços do adversário, criar espaços. Sempre com a bola. Como faz o Barcelona. Entretanto, esta não é uma regra, uma fórmula matemática. É uma tendência, apenas. Lógica, mas falível. Contrariada eventualmente, como hoje, pelo Lyon.

Com apenas 33% de posse de bola, o Lyon venceu o Real Madrid por 1 a 0, jogando em casa, pela Champions League. Abdicou de se articular, e não teve vergonha de propor uma estratégia reativa sob a assistência de seus torcedores. O Lyon reagiu ao Real Madrid, venceu sem sofrer gols, e vai à Espanha em boa posição – embora seja ainda mais arriscado jogar desta forma no Santiago Bernabéu.

O Lyon posicionou-se no 4-4-2 em duas linhas, bem definido. No meio-campo, dois jogadores de marcação por dentro – Toulalan e Makoun – e nos extremos dois wingers: Delgado na esquerda e Govou na direita. À frente, Pjanic mais à direita, ora recuando para tornar-se um quinto jogador de meio-campo, ora aproximando-se de Lisandro López, o único atacante clássico da equipe.

A estratégia principal aplicada à concessão da posse de bola ao Real Madrid foi: jogar pela esquerda, marcar pela direita. Se em um lado o treinador liberou Cissokho para apoiar, na direita Reveiller manteve-se fiel ao posicionamento original; Toulalan prestou especial atenção ao setor, deixando o centro para cobrir o lado direito defensivo; e Govou teve fôlego para recuar e marcar no campo do Lyon, pelo lado, sempre que preciso.

Com isso, o Lyon criou um triângulo de marcação sobre o centro da inteligência merengue: Kaká e Cristiano Ronaldo jogaram abertos pela esquerda ofensiva. Tiveram pela frente Reveiller, Toulalan e Govou. O Lyon lhes deva a bola, mas lhes tirava espaço. Do outro lado, Cissokho não precisou marcar ninguém em especial, e teve liberdade para empurrar a equipe ao lado de Delgado. O equilíbrio ofensivo, já que Reveillere não subiu, foi a queda de Pjanic para o lado direito, auxiliando Govou.

Depois das atualizações dos elencos das primeiras divisões de Inglaterra, Itália, Espanha e Alemanha, hoje o blog Preleção fala sobre a janela de transferências na França. Com destaque para o Lyon, que tenta recuperar a hegemonia nacional modificando sua linha ofensiva derrotada na última temporada.

Nos amistosos, o Lyon se manteve com seu 4-5-1 de meias-extremos em evidência. Juninho e Benzema foram embora, e nesta pré-temporada os antigos titulares Ederson, Kallstrom e Govou passaram para a reserva – não sei se provisoriamente, ou definitivamente. Os destaques são os reforços que ocupam as funções ofensivas.

Michel Bastos e Lisandro López ocupam as asas da última linha de meio-campo. E com os “pés invertidos”. O gaúcho Michel Bastos, canhoto, na direita; e o argentino Lisandro López, que jogava destro no Porto, passa para o lado esquerdo. Confesso-me um fã de ambos, Michel e López, nesta função. Acredito que terão sucesso.

Toulalan assumiu a organização, o primeiro passe – talvez Ederson possa se encaixar ali – enquanto Gomis deve ser confirmado como o centroavante de referência. Makoun é o volantão protetor, e o time ganha um excelente apoio na esquerda, com outro reforço do Porto: o lateral Cissokho.

O campeão Bordeaux mudou pouquíssimo. Quem fez uma grande reengenharia, em contrapartida, foi o Olympique – chegaram Heinze, Lucho González, Diawara, Morientes e Andrade. Jogadores veteranos, como Zenden e Wiltord, foram-se. Promete formar uma bela equipe.

O Monaco também fez boas contratações pontuais, e o PSG não apresenta nenhuma mudança significativa. Confiram as primeiras movimentações da janela de transferências na França:

Auxerre
Chegou: Martin (Clermont), Kallé (Auxerre B), Maeyens (Auxerre B), Contout (Amiens), Licata (Monaco), Traore (Stade Brest), António (PAOK), Birsa (Sochaux) e Andrianantenaina (Auxerre B)
Saiu: Kahlenberg, Fachan, Langil, Genest, Jasse, Kitambala, Petric e Ba

Bordeaux
Chegou: Carrasso (Toulouse), Lasne (Bordeaux B), Saunier (Bordeaux B), Sané (Bordeaux B), Plasil (Osasuna), Ciani (Lorient), Keita (Bordeaux B) e Krychowiak (Bordeaux B)
Saiu: Lavie, Olimpa, Diawara, Obertan, Ayite, Marange, Diabaté, Valverde e Moimbé

Boulogne
Chegou: Das Neves (Nantes), Agouazi (Metz), Da Rocha (Nantes), Borne (Rennes), Adefemi (Altach), Dembele (Rennes), Robert (Lorient), Valverde (Bordeaux) e Karuru (Masvingo)
Saiu: Mouyokolo, Kinkela, Jonas, Labbe, N`Kong e Devaux

Grenoble
Chegou: Matsui (St. Etienne), Ljuboja (Stuttgart), Juan (Chateauroux), Paillot (Lyon), Viviani (St. Etienne), Tadic (Dinamo Zagreb) e Dieuze (Le Havre)
Saiu: Moreira, Alphant, Dimitrijevic, El Moubarki, Cattier, Regragui, Yanev, N`Ganga, Flachez, Wimbée, Grandin, Touré, Baning e Gianni

Le Mans
Chegou: Loriot (Clermont), N`Kwelle (Le Mans B), Bayi (Le Mans B), Sylla (Le Mans B), Ekeng (Canon), Makaridze (Le Mans B), Ovono (Dinamo Tiflis), Corchia (Le Mans B), Wague (Le Mans B), Keita (Olympique Nimes), Zito (Laval) e João Paulo (Porto)
Saiu: Yohann Pelé, Gervinho, Ferrand, Adénon, Marcos Paulo, Dieye, El Bahri e Paulo André

Lens
Chegou: Akalé (Recreativo Huelva), Eduardo (Guingamp), Kasraoui (Esperance Tunis), El Adoua (Wydad) e Yahia (Nice)
Saiu: Roux, Pollet, Goeman e Brocard

Lille
Chegou: Butelle (Valencia), Touré (Grenoble), Franquart (Le Havre), Aubameyang (Milan), Gervinho (Le Mans), Landreau (PSG) e Mouko (Gueugnon)
Saiu: Tafforeau, Maric , Michel Bastos, Benzerga, Malicki, Obino, Makiese, Lebbihi, Taravel, Youla e Yanes

Lorient
Chegou: Nicolas Marin (Bastia), Peñalba (Argentinos Juniors), Diané (Lorient), Mendy (Lorient), Monterrubio (Sion), Diarra (Tours), Makengo (Portsmouth), Koscielny (Tours), Barthelme (Paris), Baca (Le Havre), Buron (Amiens) e Fanchone (Strasburg)
Saiu: Ayew, Ciani, Abriel, Sophie, Namouchi, Robert, Jallet, Ewolo, Pinard, Soro, Boutruche, Robert, Le Pen, Calvé e Cantareil

Lyon
Chegou: Lisandro López (Porto), Beynié (Tubize), Anderson (Cruzeiro), Abenzoar (Lyon B), Gonalons (Lyon B), Kolodzieczak (Lens B), Michel Bastos (Lille), Cissokho (Porto) e Gomis (St. Etienne)
Saiu: Juninho, Paillot, Pierrick Valdivia, Benzema, Keita e Pied

Monaco
Chegou: Sambou (Le Havre), Martin (Nimes), Nenê (Español), Traoré (Portsmouth), Puygrenier (Zenit), Bulot (Monaco B) e Kaita (Kuban Krasnodar)
Saiu: Freddy Adu, Diaz, Lescure, Bolívar, Vargas, Cufré, Joneleit, Meriem, Licata e Vallaurio

Montepellier
Chegou: Scribe (Cruz de Savóia), Jeunechamp (Nizza), Spahic (livre), Pitau (Sochaux), Dernis (St. Etienne), Cabella (Montpellier B) e Belhanda (Montpellier B)
Saiu: Bocaly, Lippini, Armand, Ouadah e Carotti

Nancy
Chegou: Lapeyre (Entente), Marange (Bordeaux), Ayite (Bordeaux), Pillot (Nancy B), Lemaitre (Caen), Traore (Amiens), Lotiès (Dijon), Bocundji Ca (Tours), Calvé (Lorient), Camerling (Clermont), Efoulou (Angers) e Diabaté (Bordeaux)
Saiu: Biancalani, Adjet, Fortuné, N`Guemo e Helder

Nice
Chegou: Gace (Rodez), Mabiala (PSG), Quartey (Kaizer Chiefs), Pote (Clermont), Paisley (Strasburg), Bagayoko (Nantes) e Cantareil (Lorient)
Saiu: Hognon, Ozokwo, Jeunechamp, Barul, Kanté, Yahia, Modeste e Rool

Olympique Marseille
Chegou: Bocaly (Montpellier), Abriel (Lorient), Andrade (Rapid Bucareste), Rool (Nice), Etoundi (Rennes), Fomen (Bangangté), Diawara (Bordeaux), Lucho González (Porto), Morientes (Valencia), Edouard Cissé (Besiktas), M`Bow (Cannes), Grandin (Grenoble), Krstic (Ajaccio), D`Ulivo (Olympique Marseille B), Ayew (Lorient) e Heinze (Real Madrid)
Saiu: Arrache, Sabo, Ziani, Zubar, Nepogodov, Deruda, Begeorgi, Givet, Djibril Cissé, Wiltord, Civelli, Zenden, M`Bami e Cana (Sunderland)

PSG
Chegou: Baning (Grenoble), Erding (Sochaux), Coupet (Atletico Madri), Grondin (Valenciennes), Barrada (PSG B), Kezman (Fenerbahce), Sankhare (Reims), N`Goyi (Clermont), Boli (Le Havre) e Jallet (Lorient)
Saiu: Charbonnier, Mabiala, Pancrate, Veron, Landreau, Mulumbu e Everton Santos

Rennes
Chegou: Badiane (Clermont), Lasimant (Rennes B), Camara (Rennes B), Le Marchand (Rennes B), Petit (Rennes B), Boye (Heart of Lions), Bangoura (Dynamo Kiev), Doumbia (Chateauroux B), Inamoto (Eintracht Frankfurt), Moukandjo (Entente), Moreira (Grenoble), Ondama (Creteil), Bru (Clermont) e Tettey (Rosenborg)
Saiu: Esteban, Borne, Sorlin, Brahimi, Katongo, Oniangue, Dembele, Etoundi, Le Marchand, Lasimant e Camara

Sochaux
Chegou: Josse (Angers), Peybernes (Sochaux B), Davies (Hammarby), Cros (Sochaux B), Stevanovic (Partizan), Bréchet (PSV), Poujol (Sochaux B), Perisic (Roeselare), Sène (Guingamp), Dramé (San Sebastian) e Souprayen (Sochaux B)
Saiu: Birsa, Mezague, Traoré, Previtali, Erding, Isabey, Pichot, Afolabi, Pitau, El Bounadi, Thomas, Santos, Gavanon, Daf e Mathis

Toulouse
Chegou: Dupuis (Rodez), Yohann Pelé (Le Mans), Devaux (Bologna), Luan (São Caetano), Nounkeu (FC Pau) e Paulo Machado (Porto)
Saiu: Carrasso, Ilunga, Ouasfane, Bergougnoux, Mathieu, Hamel e Fort

Valenciennes
Chegou: Martínez (Reims), Khiter (Vannes), Ben Khalfallah (Caen), Cohade (Strasburg), Gomis (Caen), Tae-Hee (liberado), Kadir (Amiens) e Bong (Metz)
Saiu: Darcheville, Belmadi, Jeovânio e Grondin

Postado por Eduardo Cecconi

A pedido de leitores do blog Preleção, ontem assisti à vitória do Lille sobre o Rennes por 1 a 0, para fazer uma análise do desempenho do pelotense Michel Bastos. E a primeira constatação é esta: Michel Bastos é mais um ex-lateral brasileiro jogando na Europa.

O camisa 8 do Lille segue os exemplos de Leonardo, Gilberto e Serginho (algumas vezes), laterais-esquerdos brasileiros que passaram ao meio-campo no decorrer da carreira. Na Europa, a ofensividade destes jogadores – e as suas virtudes técnicas (passe, drible, chute, visão de jogo) – são aproveitadas pelos treinadores no setor ofensivo. Michel Bastos é o Lille. O time inteiro joga exclusivamente em função dele. Com a camisa 8, aberto no lado esquerdo, o ex-lateral concentra toda a articulação da equipe francesa, que naturalmente pende ao seu setor, praticamente abandonando o lado direito.

O sistema tático é o 4-5-1, com uma estratégia bastante semelhante ao 4-1-4-1. Mas toda a organização se liga a Michel Bastos, permitindo que ele se preocupe apenas em jogar. A disposição dos jogadores em campo e a marcação é pensada para proteger o camisa 8 e permitir seus avanços, como um ponta-esquerda. A defesa é quase uma linha, com laterais que apoiam pouco.  À frente deles, um volante – Mavuba. Tanto ele como o lateral brasileiro Emerson têm como principal missão permanecer posicionados pelo lado esquerdo, dando cobertura e sobra a Michel Bastos.

À frente do volante Mavuba, aparece uma formação com três meio-campistas praticamente alinhados. Dois deles – Obraniak e Cabaye – atuam centralizados; e Balmont abre pela direita, mas sem a bola recua. Nenhum deles é um articulador nato, um pensador. O trio tem características bastante defensivas, e o avanço se dá com trocas de passes. Que terminam no lado esquerdo, com Michel Bastos.

O camisa 8 fecha a linha de meio-campo, adiantado em relação ao trio. Michel Bastos se posiciona sobre a linha lateral, entre a intermediária e a grande área, pronto para receber e disparar. Com a bola, são duas jogadas principais: buscar a diagonal e chamar o atacante Frau para a tabela; ou chegar à linha de fundo e cruzar. Michel Bastos cruza muito.

Na vitória sobre o Rennes, o Lille teve mais de 20 jogadas de bola aérea – e tenho certeza que o ex-lateral brasileiro foi responsável pela grande maioria. O Lille venceu, aliás, em jogada de Michel Bastos. Ele recebeu aberto na esquerda, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para o companheiro marcar, no final do jogo. Sem a bola, Michel apresenta ainda uma variação interessante: ele entra da esquerda para o meio, trazendo a marcação e abrindo espaço para um dos meias avançar pelo lado, enquanto ele aguarda o rebote na entrada da área. Em 20 partidas da temporada, o camisa 8 tem pelo Lille 9 gols e 7 assistências.

É uma análise importante para os clubes que incluem Michel Bastos em suas listas de contratações: ele não é mais um lateral. Pode vir a jogar na posição, mas agora sua boa produção deve-se ao posicionamento semelhante aos antigos pontas. Michel Bastos atua com a camisa 8 do Lille como um winger adiantado em relação à linha de meio-campo, em um sistema 4-5-1 (ou 4-1-4-1) pensado e articulado totalmente em função das suas arrancadas e cruzamentos. É o dono do time.

Postado por Eduardo Cecconi

Assisti no final de semana a uma partida bastante intensa do Campeonato Francês para conferir a organização do multicampeão Lyon. Entre as circunstâncias da partida, é bom ressaltar que o adversário era o reformulado PSG, em Paris, com estádio lotado, e o técnico poupou alguns titulares para a disputa da Liga dos Campeões. Mesmo assim, a base tática é clara.

O Lyon joga em um 4-5-1 com desenho totalmente diferente dos sistemas semelhantes já analisados aqui no Preleção. A equipe francesa tem apenas um volante – Makoun, que atua centralizado à frente da linha de quatro jogadores defensivos. Na intermediária de ataque, formam-se dois pares.

O primeiro par é de armadores. Juninho Pernambucano (Ederson iniciou a partida) pela direita, e o sueco canhoto Kallstrom pela esquerda. E o segundo par é de meias-atacantes, muito mais atacantes do que meias. A composição original é o 4-5-1 pelo posicionamento destes jogadores, mas na verdade o Lyon tem a vocação para o 4-3-3.

Benzema joga pela esquerda, e Govou pela direita. No ataque, Fred fica centralizado, fazendo o pivô de costas para a marcação. Benzema - principalmente – joga só na diagonal, procurando muito a frente da área e as tabelas com Juninho, Kallstrom e Fred. Govou ainda busca às vezes a linha de fundo, mas também prefere as diagonais.

Com isso, o Lyon centraliza demais as jogadas. Passa o jogo inteiro procurando espaço na frente da área adversária, tentando encaixar tabelas curtas. Os laterais apóiam muito pouco. Contra o PSG, fora de casa, essa estratégia não deu certo.

Em cruzamento do ex-colorado Ceará, Giuly marcou o gol da vitória do PSG – exatamente no grande problema do Lyon: as laterais. Além de centralizar as jogadas, os meias-atacantes e os armadores não abrem para marcar, dando campo para os laterais adversários. O Lyon foi atacado constantemente pelos lados do campo sem tentar bloquear a passagem de Ceará, Clément e Rothen.

A análise é sobre o Lyon, mas vale ressaltar que Ceará foi o melhor em campo. Marcou Benzema com muito vigor e precisão, e teve fôlego para apoiar o jogo inteiro, cruzamento para o gol e participando de diversos movimentos ofensivos pelo setor.

Postado por Eduardo Cecconi