Clube: Clube Centenário Pauferrense Fundação: 31/10/1956 (55 anos) Cidade: Pau dos Ferros (RN) Estádio: Nove de Janeiro (2 mil lugares) Site: Não tem Principal Título: 1x Campeão da Segunda Divisão Estadual (2009) Situação atual: Foi o último colocado no Campeonato Potiguar deste ano e acabou rebaixado para a segunda divisão. História
O Centenário é o segundo clube profissional da cidade de Pau dos Ferros, que fica na região Oeste do Rio Grande do Norte. O primeiro também tinha o gentílico Pauferrense no nome. O time vermelho e branco conseguiu o acesso para a Primeira Divisão em 2009, quando conquistou o único título da história, mas neste ano acabou rebaixado.
No vídeo abaixo, uma matéria do ano passado no Globo Esporte, que fala do Maradona potiguar.
Os jogadores campeões; em pé: Danilo Silva, Rogério Ceni, Breno, André Dias, Bosco, Jorge Wagner e Miranda; agachados: Hernanes, Júnior, Richarlyson, Diego Tardelli, Borges, Jadílson, Souza, Leandro, Fernando, Dagoberto e Aloísio.
Em 2007, a melhor campanha de um time campeão na história dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro. O São Paulo foi irretocável na Série A daquele ano. E, no dia 31 de outubro, conquistou o título com quatro rodadas de antecedência, ao vencer o América/RN por 3 a 0 no Morumbi. Os números são impressionantes. O tricolor ficou 16 partidas sem perder (da 13ª a 28ª rodada), nove jogos sem tomar gol, terminando a competição com 22 rodadas consecutivas na ponta da tabela.
A diferença para o segundo colocado, o Santos, foi de 15 pontos. A comemoração são-paulina foi maior ainda porque o rival Corinthians foi um dos rebaixados naquele ano. A campanha somou 77 pontos, 23 vitórias, oito empates e sete derrotas (duas delas depois de confirmar o título), com 55 gols marcados e apenas 19 sofridos, num total de 68% de aproveitamento.
O título, aliás, abriu uma polêmica. Foi o quinto título brasileiro do São Paulo, que iniciou uma disputa, nos bastidores, pela famigerada Taça das Bolinhas, prêmio oferecido pela Caixa Econômica Federal para o primeiro clube que conquistasse cinco vezes a competição. O Flamengo, que ganhou a Copa União de 1987, se considera o primeiro a chegar a este número. Mas esta discussão, que é muito chata por sinal, fica para um outro post.
Ficha do Jogo SÃO PAULO 3 x O AMÉRICA/RN Data: 31/10/2007 Local: Morumbi, São Paulo (SP) Público: 69.989 pagantes. Árbitro: Lourival Lima Dias Filho Gols: Hernanes, aos 38 minutos do primeiro tempo; Miranda, aos quatro, e Dagoberto, aos 31 do segundo. São Paulo:
Rogério Ceni, André Dias, Breno (Danilo Silva) e Miranda; Souza (Júnior), Hernanes, Richarlyson, Dagoberto e Jorge Wagner; Leandro e Aloísio (Borges).
Técnico: Muricy Ramalho. América-RN:
Sérvulo, Carlos Eduardo, Rogélio, Róbson e Marquinhos Mossoró; Tony, Joellan (Vasconcelos), Leandro Sena (Washington) (Léo Papel) e Berg; Geovane e Ney Santos.
Técnico: Técnico: Paulo Moroni
Veja os melhores momentos da partida que definiu o título.
O primeiro título estadual da Chapecoense, em 1977, completa 34 anos neste domingo. Mas conquistá-lo não foi nada fácil. Tanto dentro de campo, quanto fora. Dentro das quatro linhas, um belo jogo contra o Avaí, com vitória por 1 a 0 e gol saindo nos minutos finais da partida. Na garra, o Verdão do Oeste superou o time da Capital, que não teve uma recepção muito amistosa. Na arquibancada, estendeu-se uma faixa com a frase “Avaí: persona non grata”.
O jogo foi cerca de polêmicas extra-campo. Tudo começou quando o lateral Cosme foi expulso em um amistoso oficial contra o Joaçaba, no dia 16 de setembro de 1977. O Avaí disse que ele não poderia jogar a primeira partida da decisão em Florianópolis, que terminou 1 a 1. Os dirigentes da Capital disseram, na época, que o time do Oeste enviou uma outra súmula do jogo de Joaçaba e que nesta não constava a expulsão de Cosme. Já a Chapeconse alegou que o vermelho foi para Elói.
E o segundo jogo, em Chapecó, terminou 4 a 3 para os donos da casa, novamente com Cosme em campo. O Leão, que tinha pedido no tribunal a impugnação do primeiro jogo, solicitou o mesmo para o segundo. No tapetão, a decisão foi que houvesse um terceiro jogo, no Oeste, porque a Chapecoense tinha a melhor campanha. Na época, a própria Revista Placar falou do caso, na edição de 4 de novembro de 1977.
Certo ou não, o ue vale até hoje foi a grande festa realizada em Chapecó. A Associação Chapecoense de Futebol, criada dois anos antes, mostrava que chegava para figurar entre os grandes do futebol catarinense. Tanto que disputou a Série A do Brasileiro em 1978 e 1979.
Ficha do Jogo:
CHAPECOENSE 1 x 0 AVAÍ Local: Estádio Índio Condá, Chapecó (SC) Data: 30/10/1977 Gol: Jaime, aos 40 minutos do segundo tempo Árbitro: José Carlos Bezerra, auxiliado por Alan Giovani Abreu da Silva e Moacir de Oliveira. Chapecoense:
Luís Carlos; Cosme, Carlos Alberto, Décio e Zé Carlos; Janga, Valdir e Sérgio Santos; Vilsinho (Jaime), Jorge e Eluzardo.
Técnico: Edgar Ferreira. Avaí:
Zé Carlos; Orivaldo, Chico Botelho, Marcos e Cacá; Almir, Balduíno e Renato Sá; Ademir, Otacílio (Lourival) e Lico.
Técnico: Emílson Peçanha.
Fontes: Blog Memória Avaiana e Almanaque do Futebol Catarinense.
Clube: Club Sportivo Barracas Bolívar Fundação: 30/10/1913 (98 anos) Cidade: Buenos Aires (Argentina) Estádio: Municipal de Bolívar (6,5 mil lugares) Site: www.spbarracas.wordpress.com (não oficial) Principal Título: 1x Campeão da Primeira D Metropolitana (2004) Situação atual: Oitavo colocado na Primeira D Nacional (quarta divisão argentina) com 13 pontos, a seis do líder Argentino de Quilmes. Vem de derrota, fora de casa, por 2 a 1 para o Lugano e, neste fim de semana, enfrenta o Deportivo Paraguayo, também fora. História
Comandados por Antonio Albelleyra, um grupo de entusiastas do futebol se reuniu no salão Cavour para formar uma nova sociedade social e esportiva. Todos já tinham pelo menos um jogador para indicar, a maioria deles jogava no Club Riachuelo. Foi deste extinto clube também que o Sportivo Barracas adquiriu o campo de futebol, assumindo, inclusive, as dívidas do antigo proprietário.
O time sempre perambulou por divisões intermediárias do futebol argentino. É um time de bairro, assim como tantos outros na região de Buenos Aires. O estádio que joga hoje não é próprio.
Clube: Gota Ítróttarfelag Fundação: 29/10/1926 (85 anos) Cidade: Gota (Ilhas Faroe) Estádio: Serpugerdi Stadium (2 mil lugares) Site: Não tem Principais Títulos: 6x Campeão Nacional (1983/86/93/94/95/96) e 6x Campeão da Copa Nacional (1983/85/96/97/2000/05) Situação atual: Extinto História
O clube, da cidade de mesmo nome, era um dos principais das Ilhas Faroe, um arquipélago que fica ao norte da Inglaterra e tem apenas 50 mil habitantes. Está extinto desde 2008, quando se juntou ao Leirvik IF para formar o Víkingur.
No vídeo, a última conquista da Série A do campeonato nacional, em 1996. Se a música ao fundo é o hino, realmente não sei, afinal, faroês não é o meu forte.
Em 1975, a Conmebol vivia problemas financeiros e resolveu mudar o regulamento da Copa América. Dividiu nove seleções em três grupos e o Uruguai, que era o campão da edição anterior (1967), entrou apenas na semifinal. A grande surpresa daquela edição foi o Peru. Comandado por Cubillas e Sotil, os peruanos conquistaram o segundo título sul-americano da história (o primeiro foi em 1939).
Para chegar na final, o Peru eliminou o Brasil na semifinal de uma forma, no mínimo, inusitada. No jogo de ida, em Belo Horizonte, o time brasileiro, que na verdade era um combinado de atletas que jogavam em Minas Gerais, perdeu de 3 a 1. Para tentar reaver o resultado, a confederação brasileira resolveu reforçar o elenco. E quase deu certo. Em campo, o Brasil ganhou por 2 a 0 e a decisão da vaga foi para o cara ou coroa, onde os peruanos levaram a melhor.
Na final, a regra foi diferente. O primeiro jogo foi realizado no dia 16 de outubro e, em casa, a Colômbia venceu por 1 a 0. No dia 22, os peruanos devolveram a derrota e ganharam por 2 a 0. Um terceiro jogo, disputado em Caracas, deu o título para o Peru. A partida, disputada há exatamente 36 anos, no dia 28 de outubro de 1975, terminou 1 a 0, com gol de Sutil, na época jogador do Barcelona.
Ficha do Jogo:
PERU 1 x O COLÔMBIA Data: 28/10/1975 Local: Estadio Olimpico (Caracas, Venezuela) Árbitro: Ramón Barreto Ruiz (Uruguai) Gol: Hugo Sutil, aos 25min do primeiro tempo. Peru
Sartor; Soria, Meléndez, Chumpitaz e Díaz; Quesada, Ojeda e Rojas (Ramírez); Cubillas, Sotil e Oblitas.
Técnico: Marcos Calderón Colômbia
Zape; Segovia, Zárate, Escobar e Bolaño; Umaña (Retat), Calero e Ortiz; Arboleda, Díaz (Castro) e Campaz.
Técnico: Efraín Sánchez
Veja abaixo um vídeo com os melhores momentos das duas vitórias peruanas sobre os colombianos.
Clube: Real Club Deportivo Espanyol Fundação: 28/10/1900 (111 anos) Cidade: Barcelona (Espanha) Estádio: Cornellá-El Prat (40,5 mil lugares) Site: www.rcdespanyol.com Principais Títulos: 4x Campeão da Copa do Rei (1929/40/2000/06), 1x Campeão da Segunda Divisão (1994) Situação atual: Está em sexto lugar na Liga Espanhola com 15 pontos, a oito do líder Levante. Vem de vitória, em casa por 1 a 0 sobre o Real Bétis e no domingo viaja para enfrentar o Málaga. Na Copa do Rei, o adversário da quarta fase será o Celta de Vigo, em confrontos marcados para dezembro. História
O Espanyol nasceu nas salas da Universidade de Barcelona, em 28 de outubro de 1900, como Sociedad Española de Football, Angel Rodriguez, primeiro presidente do clube, sugeriu esse nome para diferenciá-lo dos outros formados na cidade, que tinham, em sua maioria, jogadores ingleses.
Apesar de hoje usar o branco e azul, a cor original do clube foi o amarelo. As cores atuais surgiram nove anos depois. Considera-se o principal rival do Barcelona, já que ambos são da mesma cidade.
Espanyol, nostre crit,
Espanyol, surt del pit.
Espanyol, Espanyol, Espanyol
A la grada i a la gespa
L’Espanyol ens ha unit
Esportiva la bandera
Blanc de cor i blau d’esperit.
Són colors forjats en la noblesa
Que amb honor portem per tot el món
Com un cant d’amor a nostra terra
la terra de l’Espanyol.
Jo t’estimo, Espanyol.
Ets l’orgull de l’esport i de Catalunya glòria.
Jo t’estimo, Espanyol.
Espanyol, nostre crit,
Espanyol, surt del pit.
Espanyol, Espanyol, Espanyol.
Sempre al teu rival respectes
fent ressó del nostre anhel,
però al damunt de la gespa
no hi ha cap de més valent.
D’avis a néts, en noble nissaga,
som una sola generació,
el cor encès i la ment molt clara
fidels sempre a l’Espanyol.
Jo t’estimo, Espanyol.
Ets l’orgull de l’esport
i de Catalunya glòria
Jo t’estimo, Espanyol.
Jo t’estimo, Espanyol.
Ets l’orgull de l’esport
i de Catalunya glòria.
Jo t’estimo, Espanyol.
Espanyol.
No vídeo, o último título do Espanyol, em 2006, em cima do Zaragoza. Reparem na empolgação do narrador catalão
Flamengo em 1956; em pé: Chamorro, Servilio, Pavão, Tomires, Dequinha e Jordan; agachados: Joel, Paulinho, Índio, Evaristo e Zagallo.
O Campeonato Carioca de 1956 foi vencido pelo Vasco. Mas um dos grandes feitos daquele campeonato entrou para a história do Maracanã. No dia 27 de outubro de 1956, aconteceu a maior goleada registrada até hoje no estádio. O Flamengo, comandado por Evaristo de Macedo (autor de cinco gols) aplicou 12 a 2 no São Cristóvão. O São Cristóvão, por sinal, fez a segunda pior campanha daquele ano, ficando à frente apenas da Portuguesa da Ilha do Governador.
No final, o clube da Cruz de Malta somou 36 pontos, quando a competição ainda era disputada em pontos corridos. O título veio com uma rodada de antecedência, em uma vitória por 2 a 1 sobre o Bangu. O Fluminense, segundo colocado, ficou com 33 pontos e Botafogo e Flamengo dividiram o terceiro lugar com 31.
Ficha do jogo
FLAMENGO 12 x 2 SÃO CRISTÓVÃO Data: 27/10/1956 Local: Maracanã, Rio de Janeiro Árbitro: Mário Vianna Gols: Índio (3min do 1º tempo, 7, 16 e 33 do 2º), Evaristo (18min e 37 do 1º tempo, 13, 18 e 38 do 2º), Luís Roberto (27min do 1º tempo), Paulinho (41min do 2º tempo) e Joel (45min do 2º tempo) para o Flamengo; Nonô (17min do 2º tempo) e Neca (32min do 2º tempo) para o São Cristovão. Flamengo:
Ari; Tomires e Pavão; Milton Copolillo, Luís Roberto e Jordan; Joel, Paulinho, Índio, Evaristo e Zagallo.
Técnico: Fleitas Solich São Cristóvão:
Sem registros.
Clube: Club Deportivo Magallanes Fundação: 27/10/1897 (114 anos) Cidade: Santiago (Chile) Estádio: Santiago Bueras (8 mil lugares) Site: www.clubmagallanes.cl Principais Títulos: 4x Campeão Chileno (1933/34/35/38), 1x Campeão da Copa da Apertura (1934), 2x Campeão da Terceira Divisão Chilena (1995/2010) Situação atual: É o vice-lanterna da Primeira B (a Série B chilena) com 13 pontos. Vem de derrota por 2 a 0 para o Copiapó e neste sábado recebe o líder Naval em casa. Mas pode conquistar a Copa do Chile. Está na final, contra a Universidad Católica, em jogos marcados para acontecer em novembro. História
Nasceu em 27 de outubro de 1897, quando 21 alunos, apoiados pelo diretor da escola, se reuniram para criar o então Atlético Escuela Normal. Dois anos depois, se juntou à Escuela de Artes y Oficios para enfrentar o Atlético Unión, um dos clubes mais fortes da época. Da fusão, surgiu o Britania FC, que foi ganhando cada vez mais força. Paralelamente, um grupo de 12 jovens decidiu formar um quadro B da Escuela Normal, chamado de Baquedano FC, em 1901, mas logo os dois grupos se juntaram.
Somente em 27 de outubro é que surgiu o nome Magallanes Atlético, em homenagem ao Estreito de Magalhães, que ficou com os chilenos depois de uma disputa com a Argentina. Com este nome, começou a ganhar vários títulos no futebol amador, até decidir se aventurar no profissional. E, tão logo fez isso, conquistou quatro títulos nacionais em seis temporadas. Foi a época de ouro da equipe, que agora disputa a Segunda Divisão do futebol chileno.
Veja uma matéria sobre o retorno do time ao profissionalissmo e o título da Terceirona em 2010
Clube: Baré Esporte Clube Fundação: 26/10/1946 (65 anos) Cidade: Boa Vista (RR) Estádio: Flamarion Vasconcelos (10 mil lugares) Site: Não tem Principais Títulos: 2x Campeão do Torneio de Integração da Amazônia (1983/85), 9x Campeão Roraimense (1982/84/86/88/96/97/99/2006/10) Situação atual: Se licenciou do futebol profissional no início do ano alegando problemas financeiros, logo depois de ser punido pelo STJD com a desclassificação na Copa do Brasil por problemas na documentação de TODOS os jogadores. História
O Baré foi o segundo clube do então Território Federal de Rio Branco, atual Estado de Roraima. Curiosamente, o fundador foi o mesmo do primeiro: Aquilino da Mota Duarte, ex-Atlético Roraima. O Índio, como é conhecido o Baré, foi fundado em 26 de outubro de 1946, três anos depois do Atlético. O time tem a maior torcida do Estado e conquistou o primeiro título em 1982, ainda na época do amadorismo. Campeonato profissional no Estado só a partir de 1994.
O futebol vai muito além das quatro linhas. Antes dos ingleses assumirem a paternidade e criarem as regras do futebol como conhecemos hoje, há registros de povos que chutavam bolas de couro no Japão, China e Grécia, antes de Cristo. Na América, por exemplo, os índios faziam bolas com o látex da seringueira e jogavam um esporte que era uma mistura de futebol e handebol. Há relatos também na França e Itália, no século 19.
A todas essas formas rudimentares, alguns especialistas chamam de protofutebol (proto, em grego, quer dizer primeiro, pré). O que o blog Protofutebol quer mostrar é a história dos aniversários dos clubes. Todos os dias, um clube novo. Todo dia, uma nova comemoração.
Perfil
Julimar Pivatto é jornalista há oito anos e faz pós-graduação em Jornalismo Esportivo. Apaixonado por futebol, adora perder tempo na internet procurando curiosidades de clubes de todo o mundo. Fã de Zico e Ronaldo, acha que um clube só se torna grande quando tem uma grande torcida e um grande passado. Entre em contato: julimar.pivatto@santa.com.br