
Não se trata de complexo de vira-lata, aquele eternizado por Nelson Rodrigues.
Isso acontece não só no Brasil, já tive essa sensação em outros lugares.
Mas é que às vezes há lugares que parecem deslocados de onde estão. Sem puxar muito pela memória, alguns no Rio Grande do Sul que eu já descrevi aqui:
São museus, livrarias, restaurantes que poderiam estar em qualquer lugar do mundo e fariam bonito.

Tive essa sensação ao entrar no restaurante CHU, em PELOTAS.
Fui lá no final do ano passado e falei tanto dele ao vivo que achei até que já tivesse escrito sobre ele. Não tinha.
Saí de Porto Alegre com essa intenção, de ir até Pelotas pra conhecer o restaurante (uma boa PARA IR NO FINAL DE SEMANA). Fiz a reserva com antecedência e deu tudo certo. Quando cheguei, estava lá uma boa mesa reservada.
A mesa, aliás, ficava bem à frente da cozinha, que fica visível para todo o salão. É legal observar o movimento e ver o próprio prato ser preparado…
Essa coisa da cozinha no centro das atenções, de novo, me remete à infância na colônia italiana. A peça mais importante da casa, onde se passava a maior parte do tempo.
E ela tem tudo a ver ali, naquele restaurante de inspiração italiana, um antigo prédio do século 19 que sofreu as intervenções contemporâneas do arquiteto Rudelger Leitzke.

Para o prato principal, escolhi o sorrentino de bacalhau ao molho de nata.
A entrada era ótima, a sobremesa um sorvete artesanal, que foi o único que eu fotografei (sim, apesar de fotografar os pratos, eventualmente, eu fico constrangida), ainda que tenha ficado sem foco.

O espumante que acompanhou a refeição foi sugerido pelo pessoal do Chu, onde a carta de vinhos e a adega são bem respeitáveis.
Valeram a pena as três horas de carro até lá.
O lugar, a comida, a atmosfera… gostei de tudo.
Serviço
- Funciona terça, quarta, quinta e domingo, das 18h30min às 24h
- Sexta e sábado das 18h30min à 1h
- Tem telentrega de pizzas a partir das 18h30min