Integrante da rede de hotéis de luxo Orient Express, o Reid’s Palace Hotel, na Ilha da Madeira, tem divulgado com insistência nas últimas semanas sua programação de final de ano (o Réveillon da ilha, mais especificamente em Funchal, é considerado um dos melhores da Europa)…
Me fez lembrar da (única) vez em que estive na ilha e conheci o hotel por obra de minha amiga Fernanda.
Nós estávamos hospedadas ali perto e um dia, na recepção de nosso hotel, Fernanda leu num jornal local que a neta do estadista britânico Winston Churchill estava na ilha pesquisando para escrever um livro sobre o avô.
Minha amiga achou que, ainda que eu estivesse de férias, seria interessante fazer uma entrevista com uma das biógrafas de Churchill e me sugeriu conversar com ela.
Descobrir onde ela estava hospedada foi barbada: na mesma suíte em que o avô sempre ficava quando ia à ilha e que hoje leva seu nome, no primeiro piso, à direita do lobby do Reid’s.
Não tão fácil foi convencê-la a interromper as pesquisas para conversar por alguns minutos com uma jornalista em férias e sem pauta.
Com a promessa de “no máximo 10 minutos”, fui lá.
Celia Sandys foi simpática e até posou para duas ou três fotos. Contou que estava ali porque era um dos lugares preferidos do avô para um de seus hobbies, a pintura. A ideia do livro era mostrar também esse lado viajante de Churchill.
Na Madeira, um dos lugares que ele gostava de retratar era a Câmera de Lobos, uma baía onde há muitas lembranças de sua passagem.
Ela ainda estava no início das pesquisas e o livro só seria publicado alguns anos depois.
Para mim, a conversa serviu também para conhecer o interior de umas suítes presidenciais do 5 estrelas (a outra leva o nome de George Bernard Shaw) e parte das instalações.
O hotel se vende pela presença de outros hóspedes ilustres como Churchill – a mítica imperatriz austríaca Sissi, o rei Eduardo VIII, os atores Roger Moore e Gregory Peck, entre muitos outros.
O nome do hotel é emprestado de William Reid, um escocês que queria fugir do frio do norte da Europa. Morto antes de concluir o Red’s, seus dois filhos levaram adiante o sonho do pai e o inauguraram em 1891.
Voltando à origem desse post, o hotel promete para as festas de final de ano passeios em Funchal, tratamentos especiais no spa, jantar gourmet nas ceias de Natal e Réveillon e um espetáculo de queima de fogos, na virada do dia 31, na baía da cidade.